Doctor Who 12x08 – The Haunting of Villa Diodati



“Save the poet, save the universe”
UM EPISÓDIO MARAVILHOSO! Eu estava tão triste de vir, semana após semana, comentar um episódio que eu tinha achado fraco, e então “The Haunting of Villa Diodati” quebra esse ciclo, nos encaminhando para a reta final da temporada de maneira inteligente e intrigante – estamos ansiosos para ver os Cybermen de toda a história de “Doctor Who” se unirem contra a Doctor nas próximas semanas… o oitavo episódio dessa temporada nos leva ao Lago Genebra, em 1816, na noite em que Mary Shelley concebeu “Frankenstein”, E O RESULTADO É MUITO BOM. Eu gosto de quando “Doctor Who” brinca com esse lado mais sombrio, e a série fez isso incrivelmente bem, com cenários e figurinos incríveis, acompanhados de insistentes trovões e relâmpagos, enquanto fantasmas de verdade parecem assombrar o encontro de autores no Século XIX.
Os companions da Doctor? Completamente apagados.
Como quase sempre.
Mas o episódio é SENSACIONAL. Encontramos Mary Shelley e vários outros autores durante uma noite de tempestade, enquanto escutam alguma coisa espreitando do lado de fora – é assim que Doc e seus companheiros se juntam à “festa”, em belas roupas de época, e temos ótimas cenas que misturam, como só “Doctor Who” sabe fazer, o cômico e o bizarro de forma muito inteligente. Amei a dança, e a trama do episódio, porque alguma coisa estava errada naquela situação toda: devia ser a noite em que Mary Shelley se inspiraria para escrever “Frankenstein”, mas as coisas não estavam acontecendo conforme o esperado… e então, coisas estranhas começam a acontecer, como jarros sendo arremessados, quadros caindo da parede, Graham andando em círculos sem motivo aparente, e uma mão esquelética digna da “Família Addams”.
É bizarro.
A Doctor também percebe a falta de Percy Bysshe Shelley, e tudo o que lhe dizem é que “ele está indisposto”, mas é algo mais do que isso. Quando “o tempo muda”, Mr. Shelley parece mais propenso a ter visões, e ele recentemente viu uma aparição que ninguém foi capaz de explicar. Enquanto a casa se volta contra eles, a Doctor tenta encontrar Percy Shelley, sem sucesso. Todos começam a andar em círculos e a ficarem presos em cômodos, em diferentes andares, e por mais que isso pareça impossível, é mais ou menos como se eles estivessem em um sonho… e é justamente Polidori quem ajuda a Doctor a entender o que está acontecendo, porque, andando sonâmbulo pela casa, ele é capaz de atravessar paredes, mas não por nenhum “poder sobrenatural” nem nada… mas porque ele não está preso na ilusão em que todos estão presos.
Aquilo não é real de fato…
Mesmo encontrando a porta através da ilusão, eles não conseguem deixar a casa, e as pessoas estão desaparecendo, por isso a Doctor precisa pensar em algo, e rápido. E então ela vê, do lado de fora, o responsável por tudo. Aquele é o ano de 1816, “o ano sem verão”, mas e se o motivo não forem cinzas de ações vulcânicas como se acredita? Assim, ganhamos um viajante através do tempo, sozinho, que É UM CYBERMAN. Mas não um Cyberman qualquer, o Lone Cyberman – um Cyberman novo, diferente de tudo o que já vimos até então, um Cyberman que não foi terminado. Por isso, ele ainda é parte robô e parte humano, em aparência e em emoções, e é legal como os Cybermen despertam um outro lado da Thirteenth Doctor, que se torna emocional, enquanto diz: “I will not lose anyone else to that!” E, imediatamente, pensamos em Bill.
O problema é que um Cyberman incompleto como esse pode ser ainda mais perigoso que os demais, porque ele é fortemente afetado pelo seu lado humano, e é intensa a batalha dele e da Doctor, enquanto ele busca pelo “guardião”, e pelo Cyberium. O guardião, como era de se esperar, é Percy Shelley, que está escondido na casa, tentando proteger o Cyberium, enquanto projeta a ilusão e “muda” a casa, para manter o Cyberman afastado. Percy Shelley encontrou o Cyberium, que parecia apenas um pouco de mercúrio, em um riacho, e então ele entrou em suas veias, o permitindo ver números e símbolos que ele não entendeu: toda a história e conhecimento dos Cybermen do futuro. É isso que o Lone Cyberman quer de volta, para garantir o avanço dos Cybermen, e é isso o que Percy Bysshe Shelley está tentando impedir que ele consiga de volta…
Mary Shelley tem uma cena MARAVILHOSA com o Lone Cyberman, de onde, em parte, lhe surge a ideia para Frankenstein – quando ela pergunta seu nome, se ele é “a junção de partes de vários homens”, quando o compara com um “Prometheus moderno”, mas o Cyberman não se rende a ela. Ele já não é mais Ashad, o homem que fora antes de se transformar nisso, então a Doctor interfere, conseguindo tirar o Cyberium de Percy e, consequentemente, o salvando… para que o Cyberman não o consiga de volta, Doc o guarda dentro de si, e parecia ótimo, mas não é. Furioso, o Lone Cyberman começa a chamar as naves Cybermen para atacarem, antecipando o “fim do mundo” para 1816, a não ser que a Doctor o entregue o Cyberium… ela não quer fazê-lo, mas ela também não pode permitir que o mundo acabe naquele momento por sua culpa.
Então ela entrega o Cyberium.
E, agora, o futuro está condenado.
Os Shelley estão bem, 1816 está bem, e o mundo está à salvo, naquela ocasião, mas não no futuro. Os Cybermen têm controle do Cyberium novamente, com toda sua tecnologia, conhecimento e história, o que quer dizer que, no futuro, eles se levantarão… a série já nos prometeu colocar lado a lado as várias gerações de Cybermen que vimos ao longo de “Doctor Who”, e eu estou gostando muito de vê-los de volta, depois dos papéis que eles desempenharam em episódios com o Twelfth Doctor, especialmente naquela dolorosa despedida de Bill. A Doctor tem uma batalha intensa pela frente, e é assim que começamos a caminhar para o fim dessa temporada,e acho que podemos esperar dois episódios bons agora! A Doctor até pergunta se os companions querem ficar em 2020 e deixar que ela continue sozinha…
Cybermen e humanos não deviam se misturar.
Será que perderemos mais um companions para eles?

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