Modo Avião (2020)



“Eu preferia Júpiter…”
Não é de hoje que eu adoro a atuação de Larissa Manoela… e ela está incrível em “Modo Avião”, o novo filme original da Netflix, lançado no dia 23/01. A história, que parece um filme da Disney (influências de “Bia” no primeiro ato, “Hannah Montana” no segundo e “As Visões da Raven” no último), é bacana e divertida, e o elenco afiado e carismático nos convence e nos conquista… fiquei até desejando uma sequência, de tanto que eu gostei! Bastante moderno, o filme traz a história de Ana, uma digital influencer que está presa demais à sua vida virtual, e que precisa “se desligar” um pouco disso tudo – ou “se colocar em modo avião”. Assim, ela viaja para a casa do avô, que mora em uma cidadezinha pequena, e precisa aprender a olhar mais para si mesma, a se conhecer, realizar seus sonhos… e é toda uma caminhada muito gostosa de se assistir!
Larissa Manoela é uma estrela! Eu gosto muito dela e há muito tempo, e eu adoro elogiar a sua atuação! Sinto que ela pode fazer muita coisa com o talento que tem! Sentíamos isso desde “Carrossel”, mas eu adorei acompanhar sua Manuela e Isabela em “Cúmplices de um Resgate”, cuja versão mexicana, com a Belinda, é a minha novela favorita da infância… e Larissa Manoela sempre mostrou maestria tanto em cenas de comédia quanto de drama – em “Fala Sério, Mãe!”, novamente, ela mostrou esse talento, e agora nós estamos ansiosos para ver muito mais de Larissa Manoela em filmes originais da Netflix. Eu estou MUITO FELIZ por ela e pelas decisões que ela tem tomado em sua carreira, porque esse contrato com a Netflix vai abrir portas para que ela faça novas coisas. O SBT a impulsionou, mas é bom abrir as asas e alçar novos voos, como ela está fazendo.
Afinal de contas, “As Aventuras de Poliana” deve chegar a 1.000 capítulos facinho!
O filme tem VIDA, Larissa Manoela tem muito carisma, e nos apaixonamos pela Ana desde o comecinho… eu gosto da vibe divertida do filme, mas que ainda traz uma mensagem séria, e a introdução é um pouco diferente do que eu esperava. Eu achei que, como digital influencer, Ana seria mais nojenta e fútil, mas a verdade é que ela está viciada nesse mundo, e o que lhe falta é olhar para a vida real – lhe falta responsabilidade. De maneira divertida (“De 5 a 30, 40 minutos”), ela bate o carro duas vezes no mesmo dia, porque estava falando no celular enquanto dirigia, e eu digo que é divertida porque EU RI MUITO da Ana tirando selfies com o carro batido, fazendo beicinho, postando, e ganhando um monte de likes, porque as pessoas a amam… infelizmente, o fato de as pessoas a amarem faz com que ela se torne um alvo, e é doloroso.
Ana está sendo usada por uma marca de moda porque ela tem poder nas redes. O filme expõe um pouco de como pessoas como a Carola não têm o mínimo respeito com a vida alheia, e eles jogam baixo ao armarem um plano no qual Ana vai anunciar aos seus seguidores que vai morar com seu namorado, ao mesmo tempo em que o namorado (que não pensa, apenas faz o que Carola manda) termina com ela. A cena é dolorosa, Ana fica como a vilã na internet, e ela está completamente mexida quando volta para casa dirigindo, e gritando no celular… naquela hora, ela bate o carro mais uma vez, mas não é uma batidinha de leve como as demais… o carro chega a capotar, e ela vai parar no hospital. Então, os pais percebem que é hora de uma INTERVENÇÃO. Talvez eles não a façam da maneira mais honesta possível, mas eles precisavam intervir.
Amei a cena do hospital, da Ana tentando pegar o celular enquanto dizia que “não era viciada”, e então um “promotor”, que na verdade é um ator contratado pelos pais, diz que ela está proibida de dirigir e de usar o celular – a mãe, então, resolve mandar Ana para a casa de seu avô, um lugar calmo, em contato com a natureza, e sem sinal de internet. Assim, talvez ela reaprenda algumas coisas… e, dali em diante, temos cenas muito boas! A chegada da Ana à cidade do avô já é maravilhosa, com ela tentando roubar o celular de uma garota, que é socorrida pelo irmão, o gato do João, que acaba lhe oferecendo uma carona até a casa do Seu Germano, o avô de Ana. Eu gosto da mudança de cenário, eu gosto da nova vida que a Ana está aos poucos descobrindo, e eu adoro a casa do Germano, que é um lugar fofo e totalmente acolhedor!
Dois personagens são importantíssimos nessa estadia de Ana na casa do avô: o próprio Germano e o João. Germano não é nada carinhoso, o que não quer dizer que ele não ama a neta, e eu gosto muito de como ele a coloca para trabalhar com ele na oficina, e como ela aos poucos vai pegando o jeito, e como, dia após dia, as roupas dela vão mudando, cada vez mais condizentes com o seu trabalho, até que Germano entre no seu quarto durante a noite, deixe uma pilha de roupas para ela usar no dia seguinte, e a cubra carinhosamente – e ela, fingindo que está dormindo, sorri logo que ele sai quarto. AMEI ver a Ana de macacão, toda fofa, como a Miley em “Hannah Montana”, ou quando ela consegue ajudar o avô, mas se suja toda no processo… é bom vê-la rindo, é bom vê-la se divertindo, abrindo para a verdade que não era feliz antes.
O que é difícil de assumir.
Mas ela precisa, aos poucos…
E, claro, O FOFO DO JOÃO. Nós adoramos um romance jovem, e Larissa Manoela e André Frambach tiveram muita química, nos fazendo TORCER pelo casal. Desde a primeiríssima cena, da estação, ou aquela divertida cena em que ela invade a venda da família dele atrás de papel higiênico, e ele acaba a levando embora… e todas as cenas depois. Como a cena do brownie, que é fofa, a cena do café-da-manhã na casa do Germano, e vemos os dois se aproximando, se divertindo juntos enquanto ajudam o avô de Ana a consertar carros, e algo bonito nasce entre eles… amei a cena do piquenique, amei a maneira como João pede que ela feche os olhos e então aproxima a sua mão da dela e, juntos, os dois seguram a mão um do outro. Eu sou um bobo romântico, sempre fui, mas cenas como essa fazem um sorriso tão sincero aparecer no meu rosto!
<3
Mais de uma vez, no entanto, as coisas desandam… mas estão todas ali para ensinar a Ana a crescer. Como quando ela volta a tentar pegar o celular de Julia e a chamam de “patricinha louca”, e ela percebe que o avô contou para todo mundo por que ela estava ali – ela fica brava, ela discute, mas isso faz, também, com que Ana e Germano conversem de verdade, talvez pela primeira vez, porque ela diz ao avô que ele duvidou dela sem nem lhe dar uma chance… e isso é importante para que eles se aproximem, para que ela comece a chamá-lo de “avô”, e para que ele se sinta à vontade o suficiente, também, para falar sobre a sua avó, que morreu há algum tempo… ele conta sobre a história deles, e finalmente abre o quarto com todas as recordações da avó… um quarto onde Ana encontra suas memórias, suas roupas e, mais importante, sua máquina de costura.
A paixão de Ana.
Ana acabou se tornando uma digital influencer porque “era mais fácil”, mas ela queria mesmo era ser estilista… a mãe dela comenta isso no início do filme, e vemos a Ana dando pitecos quando Carola sugere a nova coleção, mas é claro que ela não é levada a sério… assim, com acesso ao quarto e a máquina de costura da avó, Ana acaba liberando seu lado criativo – ela começa a costurar, fazendo um “presente de desculpas” para cada uma das pessoas (o aventalzinho que ela faz para o João É A COISA MAIS FOFA DO MUNDO!), e então ela se inspira na história da avó, sua paixão por viagens e lugares bonitos, para criar uma coleção, a “Meridiana”, uma junção do nome da avó, Mérida, e seu, Ana. E nós ficamos felizes pela Ana, finalmente fazendo o que os pais queriam que ela fizesse o tempo todo: descobrisse quem ela é e o que ama.

“Você faz ideia de como é a minha vida? Milhares de pessoas me seguem todos os dias, veem tudo que eu faço, mas não fazem a menor ideia de quem eu sou. Eu quero achar o meu caminho… fazer algo mais interessante… me conhecer melhor, sabe?”

Uma das cenas MAIS FOFAS do filme é quando a Ana e o João vão a uma festa de interior juntos, e ela também descobre um pouquinho mais sobre ele – João adora cozinhar, ela já provou isso, e ele conseguiu uma bolsa integral para fazer um curso em São Paulo, mas ele não está nem cogitando se mudar para a cidade, porque ele não quer deixar a mãe e as irmãs sozinhas, e Ana também o ajuda, como João tanto a ajudou, e diz que ele é muito bom nisso, que elas vão saber se virar, e que ele precisa seguir seu sonho. Depois de toda uma cena LINDA, OS DOIS ACABAM SE BEIJANDO PELA PRIMEIRA VEZ. E é tão apaixonante! Mas sabemos que alguma coisa vai dar errado, porque Julia, a irmã mais nova de João, filma o beijo do casal… e sabemos que isso vai acabar na internet, que Carola vai acabar vendo e que será toda uma imensa confusão a seguir.
Ana ainda descobre que o seu ex-namorado está com sua melhor amiga, algo que é doloroso demais para ela, e ela acaba brigando com todo mundo, roubando um celular e um carro, mas, felizmente, João a impede de fazer uma loucura – e sofrer outro acidente. Eventualmente, ela acaba se desligando completamente de Carola e da cidade grande. Ela percebe o quanto está bem ali, o quanto o lugar e o João lhe fazem bem, e quando o vídeo do seu beijo sai na internet e Carola fica furiosa, “porque ela está usando outra marca”, Ana tem uma atitude extremamente madura… Carola vem atrás dela, para discutir, mas Ana não está nem aí para ela, e a dispensa. E ainda explica que “não é outra marca”, que as roupas são todas criações suas… infelizmente, ela mostra os seus desenhos para a Carola, que dá um jeito de roubar sua coleção.
Parecia que faltava tão pouco tempo de filme para tanta coisa acontecer!
Ana também consegue fazer com que o pai e o avô se reconciliem, e tudo parece que está indo maravilhosamente bem, até que, em uma corrida de carros, quando Ana está tirando uma foto com o João (!), ela veja uma propaganda com o mesmo ator que os pais contrataram para se fazer passar por “promotor”, no hospital, lá no início do filme… e ela fica decepcionada. Eu a entendo completamente. Ela precisava daquele detox, sim, mas não daquela maneira, e a mentira dói… o pior é quando João diz que também sabia, mas Ana não precisava ter ficado tão brava com ele: ele descobriu por acaso, mas nunca foi um cúmplice realmente. De todo modo, ela fica muito brava, resolve ir embora e volta para a cidade grande, para a sua vida antiga, em que precisa pensar em novas estratégias, como trabalhar para uma linha de “moda animal”, a única coisa que seu contrato permite…
Por ora.
Um tempo passa, Ana está evitando a família e o João, está trabalhando com cachorros, e o João está na cidade, porque veio fazer o curso de culinária (ELE FICOU TÃO FOFO DE DÓLMÃ, MINHA NOSSA!), o que se mostra muito importante quando ele, por acaso, vê o anúncio da nova coleção da Carola… a coleção que ela roubara de Ana. Tendo os perdoado pela mentira ou não, Ana se junta a João e à família para que possam desmascarar Carola, e é todo um plano bacana que termina com a Carola exposta no meio do desfile de apresentação de sua coleção, um impulso maravilhoso na carreira de estilista de Ana, porque a internet só vai falar sobre isso agora, e assim nasce uma nova Ana… uma Ana que é ela mesma. E, de quebra, ela ainda encontrou o amor de sua vida – tão LINDO ver a Ana e o João se beijando apaixonados no fim do filme.
EU AMEI!
Já quero mais!
<3

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