Cuna de Lobos (2019) – O testamento de Carlos
“¡Déjame en
paz!”
GENTE, EU JÁ
TÔ VICIADO EM “CUNA DE LOBOS”. O segundo capítulo segue a mesma qualidade de
produção e de roteiro do primeiro, e é interessante que, por melhor que tenha
sido o primeiro capítulo, é aqui que a trama de “Cuna de Lobos” realmente se desenha: com a leitura do testamento de Carlos. E Catalina Creel vai fazer
de TUDO para conseguir ficar com a fortuna do marido, e ai de quem estiver em
seu caminho. A introdução é maravilhosa, e um tanto quanto macabra: Catalina
está se preparando para matar novamente,
e ela diz: “Cuando matas por primera vez,
sientes miedo. Debe aprender a despojarte de este temor cuando
es preciso. Después, ya no lo sientes”. A frieza com que ela fala
isso enquanto arruma a arma: QUE CENA MARAVILHOSA. E então passamos o capítulo
nos perguntando quem é a próxima vítima
de Catalina Creel.
Amo a maneira
como “Cuna de Lobos” institui esse
mistério no início do capítulo!
Um personagem
importantíssimo nesse segundo capítulo é Luis Guzmán, o jornalista que
perguntara sobre o tráfico de diamantes antes do desfile, e ele não prece
disposto a desistir. Ele tem
evidências sobre o tráfico (e realmente vemos, nesse capítulo, uma cena de
exploração em Serra Leoa, na África), e agora Ignacio Vasco, seu amigo que
trabalha no necrotério, ligou para falar sobre a causa da morte de Carlos
Larios: ele não morreu afogado, não há
água em seus pulmões; ele morreu por um golpe na cabeça. Luis tem
EVIDÊNCIAS de que Carlos foi ASSASSINADO, mas seu supervisor pouco se importa. Quando Luis pede uma
cópia da autópsia e vai até o trabalho de Vasco para buscá-la, Vasco está
completamente mudado, diz que “foi um erro” e que Carlos morreu afogado. Mas é claro que Luis sabe que ele foi
subornado ou ameaçado.
E se Luis não parar, Catalina vai vir atrás
dele.
Ou de seu ponto fraco: seu filho, Matías.
Enquanto
isso, TEMOS A LEITURA DO TESTAMENTO DE CARLOS, que reúne Catalina, Alejandro e
José Carlos, e Carlos fez um joguinho
filho da p*ta com eles: ele colocou uma cláusula, um “último desejo”, que é que
seus filhos se casem e formem um lar, e o
primeiro a lhe dar um neto vai ficar com toda a sua herança. José Carlos
surta, diz que “nem morto o pai os deixa em paz”, e Alejandro não reage
externamente, mas nós sabemos que ele é
gay, e tem um namorado gostoso do c*ralho e apaixonado por ele. Se as suas
exigências não forem atendidas num prazo de dois anos (!), todo o dinheiro será
doado para uma instituição beneficente, e agora AS COISAS VÃO PEGAR FOGO. É
claro que Catalina não quer perder essa fortuna para alguma instituição, tampouco
quer correr o risco de José Carlos se casar e ter um filho… tem que ser Alejandro.
Alejandro,
por isso, está com o seu relacionamento ameaçado. Tudo o que Miguel, seu
namorado, quer é que eles falem a verdade, que eles assumam o namoro, ele
cansou de ser o seu “melhor amigo” perante a família. Enquanto eles conversam
sobre isso, eles quase se beijam quando Catalina chega, invadindo a casa, e diz
que está ali para conversar com Alejandro e “decidir o que farão para atender
ao pedido de Carlos”, e ainda pede que Miguel também fique… de certo modo, isso interessa aos três.
Alejandro diz que não tem o que discutir,
o pai está o chantageando e o manipulando, como sempre, e ele não quer jogar
esse jogo. Mas Catalina não vai permitir isso… ela sabe sobre o namoro dele
e de Miguel (“Meu amor, sei desde sempre.
Nós, mães, somos cúmplices, não tontas”), e não se importa com isso, na
verdade, mas agora quer que ele foque em se casar e ter um filho.
É só isso o que importa.
Infelizmente,
é triste como Catalina e Alejandro conversam sobre o namoro com Miguel e
Catalina reconhece que o pai
provavelmente também sabia disso, e por isso colocou essa cláusula ridícula em
seu testamento, mas agora eles vão ter que jogar seu jogo. É bonito como,
inicialmente, Alejandro está decidido: não vai terminar com Miguel, e vai viver
a vida como quiser vivê-la, mas o poder de manipulação de Catalina Creel sobre
ele é muito maior do que o de Carlos
jamais foi: ela manda ele terminar com o
Miguel e se concentrar em lhe dar um neto… depois, ele pode fazer o que quiser
da sua vida. Catalina está pedindo que ele sacrifique um amor verdadeiro,
que viva uma mentira e seja infeliz, e ainda tem a coragem de chamar o Alejandro de “egoísta”, dizendo que ele tem que
pensar neles, agora, e não pode “jogar fora tantos anos de trabalho”.
Catalina
também precisa lidar com Mora, a ex-namorada de Alejandro que está ameaçando ir à mídia naquela mesma
noite para contar a todos que Alejandro é gay. E nós achamos que finalmente
entendemos quem é a pessoa que
Catalina estava se preparando para matar
lá no início do capítulo: “Não é tão
terrível quanto parece. A sensação de tomar uma vida nas mãos não se pode
comparar com nada”. Mas não. Ainda não. E eu achei que foi muito bom o que ela fez com Mora: se Mora pode chantagear,
Catalina também pode – jamais brinque com
Catalina Creel. Então, ela chama Mora para conversar, e a mulher ainda está
determinada a falar com a imprensa naquela noite, mas então Catalina lhe mostra
um vídeo que descobrira de seu passado como atriz
pornô. “O que quer de mim, Catalina?” “Nada. Só quero te advertir que eu também
gosto de dar entrevistas”.
SENSACIONAL!
O assassinato
é de outro personagem… Catalina leva Matías, o filho de Luis, para “passear no
parque”, como uma ameaça assustadora para que ele pare de tentar derrubá-la. É assustador quando ela manda para
ele um vídeo de Matías no parque, e dali em diante Luis fica tenso. Ela devolve o Matías, que nem
percebe nada, mas é AMEAÇADORA, e a cena é TENSA. O nervosismo silencioso de
Luis, o medo por seu filho, e ele sabe que ela
é cruel e capaz de fazer qualquer coisa. Pouco depois, Vasco acaba lhe
mandando a autópsia verdadeira, que mostra que Carlos foi assassinado, mas agora Luis já não sabe se pode levar
isso adiante… e é TÃO TRISTE vê-lo estar com as provas na mão, mas hesitando,
porque ele não pode colocar seu filho em
risco. Por fim, Catalina comete um novo crime e mata, como já suspeitamos
quando não foi a Mora, Ignacio Vasco.
Se Luis não se calar, ele será o próximo.
Também vemos
um pouco de José Carlos, dirigindo drogado depois da leitura do testamento, e
ele tem uma visão do pai no banco do passageiro, o atormentando, dizendo que
“ele é um inútil” e coisas piores… ele quase sofre um acidente, mas,
felizmente, ele consegue parar o carro em segurança. Ele chega em casa
completamente bêbado, acaba caindo na piscina, e é Leonora quem o salva – ela
estava lá para conversar com Alejandro e interceder pelo emprego de Luis
Guzmán. Quando Leonora o salva de morrer afogado, José Carlos e Alejandro
acabam discutindo e saindo na porrada,
e é Catalina quem interrompe a briga, vendo em Leonora potencial para ser a
esposa de Alejandro… aquela que vai lhe
dar um neto e, de brinde, todo o dinheiro de Carlos Larios. Mas e se, por
acaso, o José Carlos se apaixonar de
verdade por Leonora?
No dia
seguinte, José Carlos vai até o trabalho de Leonora para falar com ela e
explicar-lhe que ele não é sempre assim,
e lhe dá uma flor de presente. Mas Catalina já pensou em tudo: ela não vai
correr o risco de deixar que José Carlos se aproxime de Leonora, porque ela
precisa ficar com Alejandro. Então, Catalina
dá um jeito de tirar José Carlos do caminho (!), e essa é outra cena impactante
que mostra do que ela é capaz. José Carlos já vive se drogando em boates,
então não é tão difícil assim. Depois
de mais uma noite, José Carlos acorda com
a polícia batendo na porta, e ele vê, desconcertado, que ele está sujo de sangue, assim como a cama
ao seu redor. Na banheira, uma mulher
agredida, quase morta… e ele foi praticamente pego em flagrante. Como ele pode
escapar de uma acusação dessas agora? GENTE, A CATALINA É MESMO PERIGOSA!
Estou amando “Cuna de Lobos”.
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