Never Have I Ever 1x06 – …been the loneliest boy in the world



“Of course, we’re family!”
QUE EPISÓDIO PERFEITOOO! Lembra quando eu comentei que “estava dividido” em relação a Paxton e Ben? Bem, já não estou mais… tá, talvez a Devi nem mereça o Ben, no fim das contas, mas foi tão bom conhecer melhor o Ben… o Paxton continua sendo lindo, claro, mas esse episódio nos confirmou aquilo que sentimos no episódio passado: que Ben tinha potencial para ser uma pessoa extraordinária. E ele o é! Percebemos que o episódio vai ser diferente do usual quando não começa com a narração do tenista, mas a narração do Andy Samberg (crush universal), porque é ele quem vai narrar um episódio inteiramente do ponto de vista de Ben Gross. Assim, podemos acompanhar um dia inteirinho em sua vida, os seus pensamentos, suas angústias… como se ele fosse o protagonista de “Never Have I Ever”, e o resultado é um episódio excelente.
Ben Gross tem muito mais pose de seguro do que ele realmente é. Apesar de sua inteligência e de todo o dinheiro que a família tem, ele é um garoto tipicamente solitário… ele tem de tudo, no quesito material, como uma casa imensa, uma quadra de basquete, videogame de última geração, pôsteres nas paredes do quarto – é uma casa linda, mas, ao mesmo tempo, ele está o tempo todo sozinho. A mãe sai para “cuidar dela mesma” e desaparece… o pai, que parece que vai lhe dar atenção indo assistir a um jogo com ele no dia seguinte (o sorriso de Ben quando o pai confirma a presença!), acaba desmarcando tudo de última hora, dizendo que “não vai conseguir chegar”. É muito triste (e olhe como Ben responde à mensagem do pai!). E também temos Shira, a namorada fútil e chata de Ben que claramente só está com ele porque ele tem muito dinheiro.
Ridícula!
Sofri com o Ben, de verdade… sofri com a namorada que não tem nada a ver com ele (tirando fotos sem parar e falando dos seus “seguidores”), com o Ben não tendo com quem ir ao jogo, mesmo antes do pai cancelar, porque sua namorada não quer ir com eles, um dos ingressos está sobrando e ele não tem quem convidar. No fim, quando ninguém vai com ele, ele acaba dando o ingresso para Patty, a mulher que trabalha na casa dele, e é um momento muito bonitinho – mas sofri novamente com o Ben assistindo ao jogo pelo celular! Depois, ele recebe um convite de um cara que faz parte do mesmo fórum de fãs de “Rick and Morty” que ele, para ir comer uma pizza na cidade, e ele acaba indo, achando que vai ser legal fazer amizade com alguém da sua idade e que gosta das mesmas coisas que ele, e acaba que o cara é um esquisitão mais velho.
Sério, como esse menino sofreu.
A parte mais interessante do episódio começa quando Ben vai ao consultório para ver uma espinha gigantesca no seu queixo, e é atendido por Nalini, a mãe de Devi… ela comenta sobre como ele acaba motivando a Devi, porque toda noite ela tem que ouvir histórias a respeito da competição que existe entre eles durante o jantar, e ele fica se achando, num primeiro momento, mas fica triste quando percebe que isso quer dizer que Nalini sempre janta com Devi, todas as noites: “She’s obsessed with me. Wait, you guys have dinner together every night?” “Of course, we’re family”. Percebemos o momento em que cai a ficha de Ben, e então ele não resiste e acaba chorando… novamente, COMO EU FIQUEI TRISTE POR AQUELE MENINO! Então, Nalini fez a única coisa que fazia sentido fazer naquele momento: o convida para jantar em família com eles.
“Oh, hell no!”
Gente, é bizarro como “Never Have I Ever” pode ser cruel e engraçado ao mesmo tempo. Foi HILÁRIO ver a Devi reclamando com a mãe por ter trazido seu “arqui-inimigo” para a casa, mas, ao mesmo tempo, eu estava morrendo de dó do Ben! E a Kamala estava SENSACIONAL tentando impedi-lo de ouvir, tentando puxar conversa, derrubando tampa de panela no chão (“Achei que faria barulho por mais tempo”). Tudo é bizarro e divertido. E a Nalini, também, que defende o Ben mais ou menos como a Chiquinha defende o Seu Madruga: “Ele é um ser humano, também! Até chorou no meu consultório hoje! Chorou tanto que eu tive que secar a cadeira!” Eu acho que a prova definitiva do quanto Ben sofre e do quanto ele precisava daquele “jantar em família” está no fato de que, mesmo depois de ter ouvido tudo isso, ele não vai embora… ele fica ali.
E o jantar é um máximo! Ele até tem a chance de acabar com a Devi, contando sobre a viagem para a Simulação da ONU, mas ele escolhe não fazê-lo… e ele acaba sendo muito fofo – o sorriso de agradecimento da Devi! Não só Ben não conta nada, como ainda reconhece tudo o que ela fez e fica sendo meio que um elogio. No fim, eles se divertem, a narração é linda, Ben tem um jantar em família como não tinha há anos e, depois, Ben e Devi lavam e secam juntos a louça do jantar, e conversam… talvez conversem de verdade pela primeira vez na história, e esse deve ser O NASCIMENTO DE ALGO MUITO LEGAL! Estou animado! Amei a maneira como eles se abriram, como ele contou como se sente e como ela contou o motivo de Paxton estar bravo, sem mentiras, e os dois meio que brigam para ver quem é mais loser, o que foi EXTREMAMENTE BONITINHO.
Já estou amando esses dois.
Quero mais!

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