Sítio do Picapau Amarelo (2003) – O Gran Circo Mefistofélico: Parte 2

“Sim, mestre!”

COMEÇA O RAPTO DOS ANIMAIS DO SÍTIO! O “Gran Circo Mefistofélico”, que de “grande” no fim não tem nada, chegou ao Arraial dos Tucanos e é uma decepção para o pessoal do Sítio… no começo, o Zé Carijó e as crianças estavam fascinados com a magia do circo, mas quando eles receberam o convite e foram até lá, viram que o espetáculo era uma vergonha alheia. Agora, Emília está interessada em saber o que eles estão fazendo por ali – afinal de contas, o espetáculo é ruim demais, e isso só pode significar, na cabeça da bonequinha, que eles estão ali por algum outro motivo. De quebra, o Berloque está cada vez mais estranho, e Emília tem certeza que ele tem alguma coisa a ver com tudo o que está acontecendo desde a chegada do Gran Circo Mefistofélico na cidade… ela só precisa descobrir, ainda, como ele se encaixa nessa história.

Nabira continua sendo assustadoramente maltratada por Medeia. Ela dança e dança sem parar até ter calos nos pés, e Caçamba, o mágico do Circo, tenta convencê-la a fugir com ele, ir embora para muito longe, mas Nabira se recusa, dizendo que “não adiantaria, eles a achariam… eles acham todo mundo”. O possível romance entre os dois nunca pôde ir para frente, por causa de Medeia e Mefisto sempre por perto, atrapalhando tudo, e a bailarina ainda precisa escapar de Mefisto, que tenta a todo custo lhe roubar um beijo… em uma dessas fugas, enquanto se esconde, Nabira encontra a flor que Berloque enviara para o Circo através do Zé Carijó, mas que nunca chegou de fato às mãos da bailarina, e isso é o suficiente para que ela tenha esperanças… esperanças de que, um dia, tudo vai voltar a ser como era antes… tudo vai ficar bem.

E isso só depende do Berloque!

Mefisto e Medeia mandam Jasão e Caçamba até o Sítio do Picapau Amarelo para roubar o Rabicó, enquanto mandam o convite para a estreia e dizem que “fazem questão de todos lá”. Eles ficam um pouco receosos e se sentem culpados de roubar um leitãozinho da pobre Dona Benta, mas acabam obedecendo às ordens, porque sabem o que vai acontecer se não fizerem isso… enquanto isso, Emília não deixa de pensar no Circo e no espetáculo horroroso que assistiram, e ela é a única, porque os outros “não querem mais saber nada daquele Circo ruim”. Narizinho diz que o “Circo de Cavalinhos” que eles montaram é muito melhor do que esse “espetáculo”. Investigando sozinha, Emília já está pertíssimo de descobrir que a bailarina é a filha de Berloque, e ela provoca o misterioso velho, dizendo que sua filha está sozinha no Circo, e até caiu durante o espetáculo.

Emília tem certeza que Nabira é mesmo sua filha quando, embora ele fique negando conhecer alguém do circo, Zé diz que “ele conhece sim, porque ele mandou que ele entregasse a flor para a bailarina”. Enquanto as crianças tentam conseguir alguma informação do Berloque, o Rabicó é preso em uma jaula, vestido como palhaço, sem comida, e começa a ser treinado para andar na corda bamba na manhã seguinte. O porquinho está sendo maltratado no Circo, enquanto Tia Nastácia é a PRIMEIRA a descobrir a sua ausência no Sítio, porque ela coloca um bolo para esfriar na janela e fica esperando, sabendo que, a qualquer momento, o Rabicó vai aparecer para tentar roubá-lo… mas o leitão simplesmente não aparece. Quando ninguém consegue encontrá-lo, as crianças, acompanhadas do Tio Barnabé e do Zé Carijó, saem para procurar o Rabicó.

O Pesadelo, por sua vez, fascinado com o Circo, pede demissão para a Cuca e vai para o Circo. Rapidamente, ele percebe que as coisas ali não são melhores do que eram na caverna da jacaroa, mas ele já não tem mais tempo para escapar – ele acaba preso numa jaula. Ele e Rabicó são presos na mesma jaula, enquanto são humilhados e xingados o tempo todo. Rabicó até cai da corda bamba, coitado! Nem o Rabicó nem o Pesadelo parecem muito promissores para o Circo, então Mefisto muda de plano e decide usar o leitãozinho para roubar os demais animais do Sítio do Picapau Amarelo. Hipnotizando o Rabicó (que fica estranho, andando com as mãos na frente do corpo, só dizendo “Sim, mestre” para tudo), Mefisto manda que ele volte ao Sítio de Dona Benta e traga com ele o Quindim e o Conselheiro… e ele volta, todo estranho, para obedecer à ordem.

“Vamos para o Circo… é uma ordem!”

Quindim morre de medo de Circo, então Rabicó não consegue convencê-lo a acompanhá-lo, mas o Burro Falante, todo educado, resolve atender ao “pedido do amigo”, e vai com ele até o Circo, onde é amarrado e informado que trabalhará como palhaço… logo ele, todo erudito. Assim, a população de animais do Gran Circo Mefistofélico está crescendo depressa. Rabicó e Conselheiro já foram presos, e Mefisto vai pessoalmente ao Sítio do Picapau Amarelo para trazer o último dos animais, o que mais lhe interessa e o que mais lhe trará dinheiro: Quindim. E, com seus poderes de hipnose, ele consegue levá-lo também! E, por falar em dinheiro, já temos a confirmação de que o dinheiro que Medeia tanto tem (e ofereceu para Miloca como pagamento do aluguel) É DE MENTIRA, produzido por Caçamba, o mágico do Circo…

O que isso significa?

Uma das partes mais interessantes da semana é quando a mulher barbada, Gamba, apaixonada por Zé Carijó, vai até o Sítio atrás dele, mas o Zé foge dele… não é interessante por essa parte, porque o Zé é bastante preconceituoso, mas porque o Berloque é quem consegue salvar o Zé de Gamba, se escondendo com ele dentro do armário e, depois, tirando eles de dentro do armário e os levando lá para fora, com MÁGICA. Zé fica assustado, e as crianças ficam muito interessados ao ouvir o Zé contar o que aconteceu… todo mundo concorda que isso é, no mínimo, estranho, e que Berloque é muito misterioso. Além disso, o Zé se pergunta por que o Berloque também se escondeu da mulher barbada, se ele não tinha motivo nenhum. Mas Emília tem suas desconfianças… ela sabe que, por mais que ele sempre negue, Berloque tem alguma coisa a ver com o Circo.

Resta descobrir o quê.

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