Dark 3x05 – Leben und Tod (Vida e Morte)
“Tudo nesse loop se repete. Vida… e
morte”
Certamente um
dos episódios mais PESADOS de “Dark”.
Tivemos três histórias centrais conduzindo o episódio, cada uma delas
resultando em uma morte horrível – cada uma à sua própria maneira, mas todas dolorosas. E, no fim do episódio, temos
algumas poucas respostas, e mais algumas novas
dúvidas que surgem: isso tudo
significa que o ciclo foi quebrado? Eu acredito que não, mas, sendo esse o
caso, como o ciclo se mantém depois
disso tudo? Em uma das histórias do episódio, acompanhamos Katharina em 1987, e
a personagem recebe um desfecho injusto e triste. Em outra história, estamos em
2020, no nosso mundo, depois do Apocalipse, e começamos a ver como a Elizabeth
que conhecemos se torna aquela Elizabeth do futuro. E, por fim, na última das
histórias, estamos no Mundo Alternativo, onde Jonas e Martha tentam quebrar o
ciclo seguindo ordens de Eva…
E, pela
primeira vez, Jonas questiona.
Sinceramente,
eu não sabia que podia sofrer tanto com a Katharina… não depois de tudo o que a
coitada já enfrentou nas temporadas anteriores! Mas as coisas podem piorar. Ela está determinada a ajudar Ulrich a
escapar do hospital psiquiátrico em que está (e pelo menos Katharina recebeu
aquele “Me desculpe. Por tudo”, que
não conserta nada, mas é o mínimo que ele podia fazer), e para isso ela precisa
roubar um cartão de acesso de Helena, sua
mãe. Tudo ali foi angustiante, porque A HELENE NÃO PRESTA. Katharina a
intercepta na floresta, com uma faca na mão, e quando as duas começam a brigar
e as coisas começam a ficar perigosas, Katharina solta um desesperado “Mamãe, pare com isso!” É DESESPERADOR,
e as coisas só pioram dali em diante… a maneira como ela corre atrás de Helene
até a beira do lado, e então a ataca pelo cartão…
Katharina quase consegue atingir seu objetivo, com
duas pedradas na mãe, mas Helene se levanta, se volta contra ela – em parte, no
início, a gente podia até dizer que a Helene “estava se defendendo”, mas as
coisas que ela diz, a crueldade em cada ato seu… é brutal, é de arrepiar. Ela diz que “não é sua mãe” e que “ela
veio do inferno”, e então Helene mata Katharina a pedradas. E a cada pedrada na cabeça da própria filha,
ela grita “Eu te abortei!” A CENA É HORRÍVEL DE SE ASSISTIR, CAUSA
MAL-ESTAR… e eu fiquei o tempo todo esperando que Katharina não tivesse
morrido, mas morreu. Helene coloca pedras na mochila nas suas costas e joga o
corpo no rio, antes de voltar para casa e encontrar a Katharina adolescente à
mesa, e então tudo fica um pouquinho mais
perverso e doentio, quando ela vê um chupão no pescoço da filha, bate nela
e diz que “devia tê-la abortado também”.
É simplesmente
horrível.
Em 2020, as
coisas são ainda piores de se
assistir. Peter insiste em buscar Charlotte e Franziska, mas Elizabeth se impõe
contra o pai, dizendo que não vai mais
fazer isso – elas estão mortas, porque se estivessem vivas já teriam vindo
atrás deles. É doloroso e triste, mas infelizmente parece real… ela tem razão. E é aqui que a vemos
começar a se tornar aquela Elizabeth que conhecemos no futuro, forte, líder e
fria, mas os eventos seguintes do episódio são o que determinam essa mudança. Aquela garota foi traumatizada de um jeito
além de qualquer recuperação. Elizabeth volta para casa sozinha, e descobre
um cara escondido lá dentro, usando suas coisas e comendo sua comida, e nós
sabíamos que aquilo não ia acabar bem. Toda a sequência nos deixa tensos e
horrorizados, e o invasor esteve a ponto de estuprá-la… felizmente, Peter chega
a tempo.
Por mais que
as cenas seguintes tenham sido bastante sangrentas e cruas, eu respirei
aliviado só de ver o Peter entrando por aquela porta. Mas tudo ali ainda
exalava desespero. Peter enfrenta o
cara que invadiu a casa e atacou Elizabeth, mas ele acaba sendo morto por ele com uma faca no pescoço… eu fiquei em choque
vendo o Peter morrer, e então Elizabeth vingou
a morte do pai. Não sabíamos que ela tinha aquela força dentro dela, mas, naquele momento, movida pela adrenalina e
pela raiva, ela fez o que tinha que fazer. Ela
atacou o estuprador com um extintor de incêndio e ela o matou a golpes, com as
próprias mãos. Víamos o sangue tomar conta da cena, víamos a Elizabeth se
transformando, víamos nascer a personagem do futuro… que angústia vê-la em choque, tremendo e chorando no chão, quando Noah
a encontra. No futuro, vemos um abraço de Elizabeth, Charlotte e Franziska.
Aquela cena foi linda.
Também vemos
um pouquinho de Charlotte no passado, se perguntando se era possível viajar no
tempo e, mais do que isso, se era
possível mudar as coisas no passado – e, sinceramente, são duas respostas completamente diferentes para essas
perguntas, né? Tannhaus conta o que sabe de sua história, a maneira como ele perdeu tudo e ganhou tudo na mesma noite, mas diz a Charlotte que, infelizmente,
ele não sabe quem são seus pais. Também vemos uma cena simples, mas bem
bonitinha, na qual Charlotte conhece aquele que viria a ser seu marido: Peter. É estranho, e doloroso, vê-lo chegar a
Winden em busca do pai que nunca viu, até então, e vê-lo conhecer Charlotte
naquela cena fofa do ponto de ônibus, justamente no episódio em que vimos o que
acontece com ele em 2020… a maneira como ele acabou morto para defender a filha.
No Mundo
Alternativo, Charlotte confronta Peter sobre os crimes de Helge…
E, por fim,
falamos o tempo todo de ciclos – e,
ao que tudo indica, o Mundo Alternativo SEMPRE FEZ PARTE DO CICLO. Por isso eu acho que nada do que acontece o
está quebrando. Claudia-2 aparece para a Claudia-1 para informar-lhe de sua
“missão”: ela tem que garantir que tudo
aconteça sempre da mesma maneira. Claudia-2 faz todo um discurso sobre “luz
e trevas”, sobre como Adam é a treva e Eva é a luz, e como Eva está tentando salvar ambos os mundos – o que já
sabemos que é mentira, de todo modo. A cena traz uma explicação sobre como as
passagens nas cavernas se abriram (resíduos de matéria escura deixadas por
Jonas quando ele abriu e fechou as passagens, que se expandiram no infinito), e
de onde vem o caderno que Claudia-1 usa para fazer suas viagens e colocar todos no caminho… e é isso o que deve
fazer agora, guiar cada um deles… Jonas, Noah, Elizabeth…
Guiá-los pelo mesmo caminho, de novo e de
novo. “Manter o nó”.
Jonas começa
o episódio seguindo as ordens de Eva – mas eu não acho que, em nenhum momento,
ele deixou de ser manipulado de fato. No dia seguinte ao que conceberam “a
origem”, Jonas e Martha partem, a um dia do Apocalipse, para a usina nuclear,
para impedir que os barris sejam abertos… as
coisas, no entanto, finalmente parecem assustar Jonas. Quando eles estão
invadindo a usina, Martha corta o rosto, como a Martha que o trouxe ali: então isso não é diferente do que aconteceu
antes. “O corte… ela também tinha. A Martha que me trouxe aqui. Tudo se repete.
Ela queria mudar isso, mas, se você se tornar ela, tudo ficará igual. Por que a
Eva mentiu?” Jonas percebe, então, que isso não está mudando nada, que talvez “eles sejam a causa”, e estejam garantindo
que tudo se repita ao invés de evitar que aconteça… então, ele volta atrás.
Mas e se Eva sempre quis que ele voltasse?
Ela nunca quis que ele impedisse os barris
de serem abertos… isso é claro.
De qualquer
maneira, Jonas decide que não vai ser manipulado dessa vez, que está cansado, e
volta atrás de Eva, pela verdade. Aqui, temos aquela cena de Martha e Jonas na
frente das cavernas de Winden, como vimos no trailer da temporada. Martha o
julga por escolher seu mundo se ele só
puder salvar um, mas a verdade é que É O SEU MUNDO, o que ela queria que
ele fizesse? Jonas está pronto para ir embora, ele diz que isso é errado, que ele está errado, e então Martha o beija – que é
quase exatamente o que aconteceu lá na primeira temporada, e é sempre
interessante acompanhar esses paralelos, agora que um novo mundo foi adicionado
à trama de “Dark”. Eles se beijam,
Martha pergunta se “ele acha que isso é errado”, mas Jonas quer respostas, e
agora ele não vai poder parar… e leva
Martha até o escritório de Eva.
“E, assim, tudo começa de novo”
AQUELA
SEQUÊNCIA FINAL É ANGUSTIANTE E SURPREENDENTE. Jonas e Martha confrontam Eva, e
Eva se torna aquela figura tão ameaçadora e cruel quanto Adam – ele diz a Jonas
que ele cumpriu sua missão nesse mundo
e que “sua vida termina aqui e agora”. Então, a Martha adulta entra por uma
porta e, por fim, uma Martha jovem, aquela que trouxe Jonas para esse mundo: o trio está ali, pronto para matar Jonas,
exatamente como o Desconhecido faz: com suas três versões presentes. Eu
tremi de nervoso e de choque, e parte de mim pedia calma, dizendo que “o Jonas
não podia morrer, porque o conhecíamos adulto e conhecíamos o Adam”, mas no fundo eu sabia… então, é a própria
Martha jovem (não a de amarelo que acabou de beijar o Jonas, no entanto) que, tremendo
e chorando, pega a arma, diz que “sente muito” e atira em Jonas.
O episódio
acaba com a morte de Jonas, e Martha chorando sobre seu corpo.
Sinceramente,
não sei o que vai acontecer agora.
O QUE ISSO
TUDO SIGNIFICA, AFINAL?!
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Caraca fiquei triste com a morte da Katarina e do Jonas. Será então que o Adam é na verdade o filho da Martha? Mais uma vez parabéns pela Review Jefferson! Até a próxima!
ResponderExcluirJá está acabando a série! Espero que goste dos últimos textos!!! :)
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