The Twilight Zone 2x08 – A Small Town



“Mr. Jason Grant. A man looking to make a big difference in a small town. But being the change you wish to see in the world is a lot more complicated when you've got that whole world in your hands. It's all a matter of perspective, here, in The Twilight Zone

QUE IDEIA FENOMENAL! Eu não sei se o episódio conseguiu explorar ao máximo a ideia que teve, mas todo o conceito de “A Small Town” é interessantíssimo… o episódio começa com a morte de Trina Grant, a prefeita de uma cidadezinha que precisa lidar com a sua ausência depois de sua morte – Jason Grant, seu marido, se fechou em um mundo apenas dele, enquanto Conley, um sujeito bastante desonesto e interesseiro, assumiu a prefeitura da cidade e não tem feito nada desde então… a cidade está abandonada, nenhum dos pedidos dos moradores é atendido, e Jason acaba descobrindo, por acaso, uma maneira de ajudar. Mas até que ponto você pode ajudar uma cidade inteira e deixar que outra pessoa leve esses créditos? Uma pessoa desonesta que nunca se importou com ninguém a não ser consigo mesmo? Jason vai ter que enfrentar isso.
Jason descobre a miniatura da cidade (tipo o Doc Brown fez de Hill Valley), com detalhes perfeitos, e o que chama a sua atenção é o fato de os detalhes serem tão exatos que contam, inclusive, com ele dentro da torre da igreja, como ele realmente está, naquele momento – quando ele borrifa água sobre a maquete para poder enxergar melhor dentro do prédio, uma chuva passageira assola a cidade do lado de fora… parece loucura, mas essa é a estranheza que torna “The Twilight Zone” tão interessante: tudo o que ele faz com a miniatura realmente acontece na cidade de verdade? Jason faz testes com a água, causando uma chuva forte, rápida e localizada, e então ele percebe que ele pode usar isso para fazer outras coisas… ele pode, por exemplo, pintar o diner, que está esperando uma nova pintura há muito tempo, e fica muito legal!
Assim, Jason se torna uma espécie de “anjo da guarda” da cidade. Ele começa a fazer uma série de melhorias interessantes… ele começa tapando um perigoso buraco no chão, mas ele logo se volta para a caixa de sugestões ao prefeito e atende a cada pedido de cada cidadão da cidade – ele arranca uma árvore que estava há muito tempo esperando para ser arrancada, mas o Prefeito Conley dizia que “era muito caro”, e uma série de coisas assim. E isso lhe faz tão bem! É como se ele tivesse sua esposa de volta com ele, uma vez que ela se preocupava de verdade com a cidade. Além disso, cuidar dessa maquete/cidade faz com que Jason tenha mais um motivo para viver, e ele caminha pela cidade satisfeito, sorrindo, ouvindo as pessoas comentando sobre as coisas que estão finalmente acontecendo ao seu redor… até que tudo desanda.
Isso acontece porque Jason escuta as teorias de que seja o Prefeito Conley fazendo essas coisas. É ridículo, uma vez que ele é claramente egoísta demais para se importar com alguém que não seja ele mesmo, mas a cidade parece convicta de que ele está fazendo isso para conseguir os votos da cidade nas próximas eleições – e, mesmo sabendo disso, eles pretendem votar nele… afinal de contas, as coisas estão acontecendo, não? Conley, por sua vez, fica feliz com a atenção que recebe, e faz questão de deixar que todos acreditem que ele é mesmo o responsável por tudo. Revoltado, Jason tenta atacá-lo. Primeiro com uma pedrinha sobre o seu carro, na maquete, que se torna uma espécie de “meteoro” na cidade real, ou então aquela aranha que ele coloca para perseguir o prefeito, e se torna uma assustadora aranha gigante na cidade.
Mas nada disso é o suficiente.
Sinceramente, eu teria feito coisa pior com aquele prefeito. Ah, se teria. De qualquer maneira, Jason consegue desestabilizá-lo, e quando Jason faz uma placa para chamar a atenção das pessoas para a cidade, ele acaba usando muita energia, isso desestabiliza tudo, e a cidade fica sem luz, talvez pelas próximas semanas ou meses… e, então, a cidade toda se volta contra o Prefeito Conley, e agora o descarado tem a capacidade de dizer que “ele nunca disse que era El Ayudante”. Engraçado que enquanto lhe convinha ele estava muito feliz em deixar que todos acreditassem que era ele. Não é querendo incitar a violência, não, mas eu acho que teria ficado mais feliz se o episódio tivesse sido encerrado com o prefeito sendo linchado e expulso da cidade ali mesmo, porque ele tinha passado o episódio inteiro sendo um grandessíssimo filho da p*ta, então ele merecia.
Mas não.
Jason diz a verdade: diz que foi ele quem fez tudo, explica como fez isso, e então as coisas partem depressa para uma finalização quase apressurada – ele mostra a maquete, diz que pode “consertar as coisas”, mas, ambicioso e interesseiro, Conley imediatamente quer roubar a maquete dele, quer tê-la em seu poder para fazer o que quiser da cidade… transformá-la numa nova “Las Vegas”. Na confusão de Conley tentar roubar a maquete e Jason tentar protegê-la, eles acabam destruindo o modelo… o que, por sua vez, quase destrói toda a cidade. Agora, a pequena cidade de Littleton, terá que começar do zero, mas esperamos que da maneira certa, e com as pessoas certas… sem o Prefeito Conley, mas com Jason e outras pessoas que realmente se importam com o lugar – com a ajuda da aliança de Jason, que caiu na maquete e, consequentemente, na cidade.
Algo gigantesco, muito ouro, muito dinheiro…
Littleton vai ficar bem. Espero que Conley não.

“We can never calculate what change our actions will bring into the world, despite our best intentions, and whether they will be for good or ill. Yet without action, the stars themselves go cold. Jason Grant wanted to change the world for the better, but the power to do so got the best of him until he lost it all. But today, perhaps losing it all... both for Mr. Grant and for the town of Littleton... was the beginning of something new. Lonely hands find each other in the shadows, both in our imperfect world and in… The Twilight Zone


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