Anne with an E 2x01 – Youth is the Season of Hope
“Isn’t the world a remarkable place?”
COMO EU
ESTAVA COM SAUDADE DA ANNE! Mais de um ano depois do encerramento da primeira
temporada, nossa ruivinha favorita retorna para a segunda temporada de “Anne with an E”, tão apaixonante quanto
sempre… eu amo tudo na série: os personagens, os cenários, as histórias, a vida
que Anne tem e transmite – a maneira como ela contagia todos ao seu redor pela
maneira de falar, de sorrir, de sonhar, no ápice de sua juventude e
curiosidade. A estreia é um pouco diferente do que estávamos habituados, no
entanto, porque embora tenhamos aquelas cenas que sempre adoramos ver em “Anne with an E”, também estamos
lidando, pela primeira vez, com pessoas maldosas: os dois hóspedes de Green
Gables que querem enganar a cidade com a perspectiva de ouro, e eu ainda não sei o que acho disso. Gostava da proposta “sem
vilões” da série.
Mas não acho
que isso deva durar muito tempo.
Espero que
não.
A primeira
sequência da temporada, ainda antes da abertura, traz apenas Amybeth McNulty
sendo a nossa amada Anne, e é uma das sequências mais lindas da série… aqui, a
vemos andando por Green Gables, “em uma tarde maravilhosa”, tendo todo aquele
contato com a natureza, subindo em uma árvore, o que nos remete ao início da
primeira temporada, quando ela se encantou com isso tudo pela primeira vez,
como a Estrada Branca do Deleite, e ali começamos a enxergar o mundo com os
olhos de Anne… e isso é tão bonito!
Anne também tem outros momentos muito bonitos que nos levam de volta à primeira
temporada da série, como aquele momento em que ela, Diana e Ruby estão em
reunião sobre as histórias que elas escrevem, se perguntando que histórias elas
podem enviar para a Tia Josephine, que está ansiosa por lê-las.
Mas a cena
MAIS BONITA da estreia é, certamente, a cena de Anne com Matthew e Marilla na
praia… a maneira como ela fala animadamente sobre a praia e sobre eles nunca irem para lá, e então ela
consegue convencê-los, e os três compartilham um momento tão belo na praia, toda a cena é perfeita. A maneira como Anne
entra no mar, animada e curiosa; a maneira como Matthew (com aquela roupinha
hilária!) entra atrás dela, se permitindo divertir-se e viver aquele momento; e
aquele momento em que temos um pequeno ataque
porque Anne pode se afogar, mas o Matthew a resgata rapidamente, todo heroico,
e ela ainda tem aquele sorriso imenso, contagiante e inocente nos lábios,
dizendo que “estava tão empolgada que, por um segundo, esqueceu-se que não sabe
nada”. Ou ainda a Marilla, sentindo a areia com os pés… momentos tão singelos.
Eu ficaria
para sempre naquela cena perfeita.
Gilbert
Blythe, por sua vez, tem uma participação pequena no episódio, mas ele aparece
para sabermos onde e como ele está… faz oito meses que ele foi embora para
trabalhar em um barco, depois da morte do pai, e Ruby não deixou de sentir a
sua falta, nem um segundo; na verdade, Anne também pensa muito nele, embora
nunca vá admitir isso. E Gilbert está trabalhando pesado em um barco, onde ele
faz um novo amigo, e eu acho que esse pode ser o começo de uma história bem
bacana, dependendo de como a temporada escolher explorá-la, porque Gilbert
adora provocar e cantar para irritar a todos, mas seu novo amigo pede que ele
não faça isso – afinal de contas, ele não pode perder esse emprego. Ele
trabalha ali há anos, e Gilbert é um garoto branco, tem outras possibilidades,
mas ele, infelizmente, não pode dizer o mesmo.
Acho que um
dos personagens MAIS FOFOS dessa estreia foi o Jerry. Eu sempre amei o Jerry,
sempre… por isso sofri tanto no último episódio da primeira temporada, e
continuo sofrendo com a maneira como Nate o trata. Mas Jerry tem uns momentos
muito legais com Anne, que se propõe a ensiná-lo a ler (e ele disposto a
aprender, praticando, aquilo é tão lindo!), e também temos aquele momento em
que Marilla lhe dá uma cesta cheia de comida, e esse é o tipo de cena que
sempre me emociona… o Jerry me faz chorar
em cenas como essa, lembro-me da primeira temporada, quando ele passou aquela
noite na casa da Tia Josephine, por exemplo. Eu amo esse menino! Por isso
estou tão chateado com o sofrimento que Nate lhe impõe, porque os hóspedes de
Green Gables são os mesmos que roubaram o dinheiro de Jerry e bateram nele na
primeira temporada.
Mas ele
bloqueou essa memória.
Essa é a
parte, então, diferente do episódio –
e, como eu disse, espero que não dure tanto assim. Pela primeira vez, “Anne with an E” ganha verdadeiros
vilões, golpistas capazes de tudo que querem enganar as inocentes pessoas de
Avonlea, e Nate é estrategista e tem tudo bem arquitetado. O que ele não
esperava, é claro, é ter Anne toda curiosa ao seu redor… mas ele se apresenta
como geólogo e anda “fazendo pesquisas” pela região, tentando espalhar a ideia
de que “pode ter ouro em Avonlea”. Primeiro, ele consegue falar sobre isso com
o Sr. Barry, que imediatamente fica interessado
no assunto, embora Nate faça todo um discurso sobre como não sabe se deveria
contar isso à empresa para que trabalha, ou se deve contar ao povo da cidade… e
o pior é que ele parece ter todos na
palma da mão, inclusive a normalmente cética Marilla.
Mas eu,
infelizmente, não posso culpá-la.
Mas sinto
muito por Marilla…
Depositamos
todas esperanças em Anne e Jerry, embora Jerry esteja assustado demais para
fazer alguma coisa… talvez seja mais seguro confiar em Anne e em sua
curiosidade implacável. Anne faz exatamente o jogo de Nate, quando ele a deixa
ouvir um comentário sobre o ouro e, logo em seguida, Anne acaba contando tudo a
Rachel, o que quer dizer que logo a cidade inteira sabe sobre “ouro na região”.
Assim, Nate começa a colocar o seu plano em prática, para ludibriar e roubar
todos os inocentes e gananciosos de Avonlea, e apenas Anne pode detê-lo. Jerry
já lhe avisou que “Nate não presta”, e realmente Anne teve algumas visões de um
temperamento mais explosivo dele que a fez lembrar-se dos seus piores momentos
no orfanato, antes de vir a Green Gables, e ela também descobriu as anotações
de Nate no livro de geologia e o carimbo falso de Nova York quando foi procurar
nas coisas dele um papel, para que pudesse escrever uma carta a Gilbert.
Vai lá, Anne!
Confiamos em você!
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