Anne with an E 2x02 – Signs are Small Measurable Things, but Interpretations are Illimitable
Eu já amei o Cole!
Daí eu
descubro que AINDA DÁ PARA AMAR MAIS ESSA SÉRIE! “Anne with an E” é uma das minhas séries favoritas… com um visual
belíssimo, a série tem personagens carismáticos que contam histórias sempre
maravilhosas. Na última reviews, eu
comentei sobre a minha preocupação com a chegada dessa “caçada do ouro”, porque
é diferente do que a série nos
apresentava e nós amamos a série sem
vilões, mas isso ficou totalmente em segundo plano nesse episódio, e
percebemos que a essência de “Anne with
an E” continua ali, e não vai se perder… digo isso porque temos histórias novas começando, e são
histórias pertinentes que tem tudo a ver com o que a série já construiu ao
longo da primeira temporada: de um lado, temos a história de Gilbert Blythe,
descobrindo um mundo que ele não conhece,
e de outro temos a chegada de Cole Mackenzie.
Mal posso esperar
por mais!
O episódio
começa com Gilbert e Bash chegando a Trinidad – a casa de Bash, o novo amigo de
Gilbert, de onde ele está distante há 2 anos. O cenário é lindo, com aquele mar
azul e tudo o mais, mas a história contada é sofrida, e importante para que
Gilbert abra os olhos em relação a
algumas coisas. Bash (ou Sebastian, como descobrimos, eventualmente, que é seu
nome) é um homem negro que ainda é
tratado como escravo, mesmo que a escravidão tenha oficialmente terminado há 50 anos. É chocante para Gilbert, porque
ele nunca viu isso acontecer, mas ele presencia alguns momentos fortes, como o
cara que acha que ele é seu servente só por causa de sua cor, ou a maneira como
a mãe de Sebastian precisa tratá-lo como um desconhecido, quando eles vão visitá-la,
ou mesmo aquele garotinho perguntando se “ele está roubando”.
As conclusões
a que ele chega, mesmo tão jovem, porque colocaram isso nele.
Gilbert ainda
está fugindo. Ele saiu de Avonlea
porque ele queria fazer coisas diferentes, porque ele não queria “se sentir
preso”, e porque talvez ele precisasse mesmo dessa “mudança de ares”, mas a
verdade é que ele tem muito mais do que
qualquer um que está trabalhando jogando carvão naquele navio – ele tem uma
casa para qual voltar, se quiser. É muito mais do que qualquer um deles
tem! E acho que Gilbert precisava desse amadurecimento, e mal posso esperar
para vê-lo retornar a Avonlea, porque, pela primeira vez, ele fala sobre isso.
Ele fala sobre o medo de “se sentir preso” e “nunca mais conseguir sair” se ele
voltar, mas ele também fala de Anne e se pergunta se um dia vai voltar a vê-la… enquanto ela, em Green Gables, ensaia a
escrita de uma carta para contar-lhe sobre a possibilidade de ouro na ilha –
assim, talvez ele volte.
Porque a
história do ouro continua. Nate continua em Green Gables, iludindo Marilla (ver
o coraçãozinho dela se partir durante a festa na casa dos Barry foi horrível), enganando Anne e ludibriando
toda a cidade, para que possa fugir com o dinheiro de todos na região para a
“testagem do solo” – 150 dólares de cada fazenda. Continuamos apostando nossas
fichas em Anne, mas também é muito bom ver a maneira como Matthew está
desconfiando disso tudo… afinal de contas, Matthew é uma das pessoas mais
inteligentes nessa série, pelo fato de falar tão pouco, mas ser tão observador… ele vê tudo
o que está acontecendo ao seu redor – e eu amo isso no personagem, por sinal!
Tanto é que ele e Marilla tomaram uma decisão muito acertada no fim do
episódio: eles não vão correr o risco com
toda essa corrida pelo ouro… eles prometeram uma casa para Anne e é isso o que
darão.
<3
Falando em
Matthew e na maneira como ele observa tudo ao seu redor, eu tenho que
aproveitar para falar sobre ele e Jerry – como eu comentei no último episódio:
EU AMO O JERRY. Ele me faz chorar com tanta facilidade… na estreia da
temporada, Anne descobriu que ele não
sabia ler, e então resolveu começar a ensiná-lo, e Jerry fica todo
animadinho, escrevendo nas paredes do celeiro, ou no chão, e ele estava tão empolgado mostrando para o Matthew
que escreveu “CAT” no chão! Como Matthew fica em silêncio, olhando para todos
os sinais ao seu redor, Jerry acredita que ele o está repreendendo por deixar
de lado seu trabalho, e se põe a mexer o feno, mas nós sabemos que Matthew nunca o repreenderia por isso… e,
depois, Matthew resgata a lousa quebrada de Anne (aquela que ela quebrou na
cabeça do Gilbert) e dá de presente ao Jerry.
GENTE, QUE
CENA MAIS LINDA! A carinha do Matthew, a reação do Jerry…
Como essa
série me faz bem!
Também me
diverti demais com a imaginação de Anne e as histórias que ela inventa…
caminhando pela floresta que caminham diariamente no caminho para a escola,
Anne é “agarrada” por um galho de árvore, que rapidamente ela transforma no
primeiro personagem de seu “Vale Assombrado”, e então ela começa a escrever a
sua primeira história de terror. Anne
é divertida e inteligente, com uma imaginação fértil, e eu me diverti com a
maneira como ela assustou Ruby e Diana (que acabam saindo quase correndo da
reunião, preferindo ouvir a história outro dia, menos perto do anoitecer), ou como isso ficou tão preso em sua
mente que ela começou a ver ventos sinistros e eventos sobrenaturais por todo lado – tanto que ela mal consegue
dormir à noite, ainda mais quando é deixada sozinha. Por isso foi tão lindo o
Matthew vindo colocá-la para dormir, dizendo
que ela estava segura ali… ele prometia.
Por fim,
tenho que comentar Cole Mackenzie, que eu já achei apaixonante, desde a sua primeira cena. Cole é um dos garotos da
escola, mas que “não se encaixa nos padrões” dos outros garotos da escola e,
por isso, ele é excluído e, ocasionalmente, maltratado. Mais sensível e com o
talento para o desenho, Cole sofre com pessoas destruindo o seu desenho (nossa,
aquilo me deu uma raiva!), ou o professor ridículo que o manda para o quadro (a
letra dele no quadro, o cúmulo do deboche, adorei!), mas eu gosto de como Anne
percebe isso tudo, entende como Cole se sente, e não quer que ele continue se sentindo assim… por isso, ela
recolhe as coisas que ele derruba no chão antes de ir para o quadro, e se senta
com ele na hora do intervalo (levando consigo Diana e as outras meninas), e
isso SIGNIFICA TANTO, é tão lindo! Já estou ansioso por mais de Cole!
O Cole usando as manchas de tinta para
transformar nas sardas de Anne ao desenhá-la…
GENTE, QUE PERFEITO!
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