Anne with an E 2x06 – I Protest Against Any Absolute Conclusion
A peça de
Natal…
Eu não sei
como, mas “Anne with an E” consegue
nos conquistar mais a cada episódio… “I
Protest Agains Any Absolute Conclusion” é, até o momento, o meu episódio
favorito na série, mas eu tenho a sensação de que ela continuará me
apresentando episódios que se superam – tudo na série funciona perfeitamente
bem, da história bem contada às atuações brilhantes e os personagens carismáticos.
Acredito que “Anne with an E” tem
muito coração – assim como Anne Shirley-Cuthbert é uma pessoa de alma boa e pura, a série replica esse
sentimento… é impossível terminar um episódio como esse sem um sorriso bobo e
feliz no rosto, uma sensação quentinha no peito e umas lágrimas nos olhos. Eu
me diverti, senti orgulho dos personagens, me emocionei… e a cada episódio o
meu amor por “Anne with an E”
aumenta. Não vou saber me despedir dessa série.
No episódio
passado, Anne tentou mudar a cor de seu cabelo, cansada do vermelho que ela
julga feio e, no fim, Marilla acabou
tendo que cortar o seu cabelo, porque era a única opção – assim, Anne
precisa enfrentar os comentários por causa de seu cabelo curtinho… foi triste
vê-la com medo de ir à escola, dizendo que “todos já a achavam estranha antes,
imagine agora”, mas Anne tem umas pessoas
tão especiais ao seu redor… quando ela chega na escola, Diana é a primeira
a vê-la, e ela é a melhor amiga do mundo,
colocando uma fita azul em seu cabelo e dizendo que “é só cabelo, e vai crescer
de novo”. Cole também a observa, embora em silêncio, mas a parceria está em seu
olhar… e o grande destaque para a cena é quando Gilbert Blythe sai do meio dos
meninos, mais lindo do que nunca, e podemos sentir o impacto do reencontro dos dois.
TÃO PERFEITO!
Toda a
história do cabelo curto de Anne e de ela “se sentir como um menino” esbarra em
outras histórias como a peça de Natal, que Avonlea faz a cada ano, e traumas
que Matthew carregou sua vida inteira por causa de sua timidez extrema. As
cenas que levam até a montagem da peça são excelentes, a começar pela reunião
de tecidos levados a Marilla para que ela produzisse os figurinos da peça – e,
naquela cena, Anne, Diana e Cole compartilham um momento muito interessante,
que me lembrou um pouquinho “A Garota
Dinamarquesa”. É aquele momento em que Diana prova um lindo vestido azul,
de princesa, e uma tiara na cabeça, e ela pergunta se Anne também quer
prová-la, mas ela se recusa; então, Cole, com um vestido colocado por cima da
roupa, diz que ele gostaria de provar…
a maneira como, com elas, ele pode ser ele mesmo, sem julgamentos.
AQUILO É TÃO
LINDO!
E os risos
felizes daqueles três <3
Cole
Mackenzie, como eu comentei em vários outros textos, é um personagem cativante.
Eu adoro ermos um personagem gay em “Anne with an E”, e me apaixonei por ele
desde suas primeiras cenas, mas agora esse amor só cresce a cada episódio – mal
posso esperar pelo próximo, no qual ele conhecerá a Tia Josephine! E,
infelizmente, Cole é hostilizado por outros garotos como o Billy, num bullying constante e insuportável, que
tem a ver não apenas com o fato de ele ser “diferente”, mas com o fato de ele
ser talentoso e de ele ganhar a atenção das garotas com seus desenhos, por
exemplo… Billy foi um garoto desprezível (como sempre, né?) ao derrubar o Cole
daquela escada, fazendo com que ele machucasse a mão – e se o Cole nunca mais
consegue desenhar? Amei que foi o Gilbert quem primeiro correu para ajudá-lo
(suspiro), e que todos que gostam de Cole, liderados por Anne, vieram para
ajudá-lo a terminar a pintura do mesmo jeito.
Aquilo foi
tão lindo.
O plot do cabelo de Anne se prolonga, e
temos uma sequência maravilhosa na qual ela é forçada por Marilla a ir até a
cidade para comprar umas coisas, e ela vai acompanhada de Jerry – que é outra
fofura! As cenas dos dois são incríveis, e eu adorei a Anne se passando por
menino na cidade, tendo algumas experiências diferentes como usar calça e brincar de bolinha de gude na rua. E é ali que ela acaba ganhando novamente o vestido da primeira
temporada, aquele que Matthew comprou para ela e, eventualmente, ela teve
que vender… a cena com Jeannie é linda. Mas nada
é tão lindo quanto a cena de Anne e Jerry depois
de toda essa parte na cidade, quando Jerry chega correndo e ela diz que “é Véspera
de Natal e ele não trabalha hoje”, mas ele diz que só está ali para
entregar-lhe algo… e então lhe entrega um
cartão de Natal QUE ELE MESMO ESCREVEU.
PORQUE ELA O ENSINOU A LER E ESCREVER.
Chorei. Meu
coração se derreteu todinho, que cena linda!
Outra parte
interessante do episódio vem com Gilbert Blythe… eu devo dizer que sou completamente apaixonado por Gilbert
Blythe, desde a primeira temporada – ele é um garoto tão bom! E eu estou
amando essa amizade dele e Sebastian. Depois do episódio do cabelo curto na
escola, Anne conta para Marilla sobre como “Gilbert escolheu justo aquele dia
para retornar, entre tantos outros”, inconformada, e Marilla vai até a casa
dele para convidá-lo para a ceia de Natal com os Cuthbert em Green Gables. A
Marilla é muito fofa, e o Gilbert é um poço de educação, mas o destaque da cena
vai para a reação de Marilla a Sebastian, pelo fato de ele ser negro… “Anne with an E” se passa em uma época
muito diferente da nossa, e Marilla não soube muito bem como reagir, mas acabou
fazendo a coisa certa, sendo educada e o convidando para jantar.
O Sebastian
levando curry de presente para
Marilla e sendo todo educado mesmo quando a Anne faz uns comentários impensados
(mas não ofensivos – acontece que Anne sempre
fala demais) é incrível – dá para ver por
que Sebastian e Gilbert se tornariam amigos mesmo… foram feitos um para o outro. AMO, também, como Gilbert se levanta,
encantado, ao ver Anne chegar com o seu vestido, ou a fofura da cena de Gilbert
lhe dando um presente de Natal, ou
aquele momento ÉPICO em que eles estão apagando as velas da árvore de Natal e
sopram juntos a última vela, e podemos ver a química e a tensão entre eles – Gilbert chega a engolir em seco naquele
momento, e é de arrepiar! ESSES DOIS SÃO TÃO PERFEITOS E TÃO FOFOS! Mais
tarde, Anne abre o presente, e é um pequeno dicionário, ainda com uma
dedicatória que tem tudo a ver com eles.
Como não
amar?
Por fim, o
episódio mostra a montagem da peça de Natal, repleta de momentos INCRÍVEIS.
Primeiro, a chata da Josie Pye faria o papel do “garoto” na peça, mas quando
ela perde a voz, Rachel a substitui por Anne – e é perfeito. Anne sabe todas as
falas, estão empolgadíssima com isso, e entrega uma interpretação incrível que
arranca risadas e aplausos! De quebra, a peça ainda proporciona um momento de retribuição do destino a Billy (!), e um
momento importante para Matthew… Matthew é o responsável por sair e conseguir
uma enxada para que Anne use na parte final da peça, e quando ele chega com ela
(ainda trazendo consigo um velhinho em cadeira de rodas que queria muito ver a apresentação – o Matthew é precioso demais), Rachel acaba o
colocando para substituir o Billy como a coruja nevada no epílogo da peça…
Por um
momento, achamos que talvez ele não fosse conseguir dizer a única frase que
precisava ser dita (“E eles viveram
felizes para sempre”), mas esse era o momento que ele tinha para superar um
grande trauma e medo da infância – e tudo, de alguma maneira, graças a Anne. É
lindo como Matthew diz aquelas palavras, como aceita os aplausos do público, e
como aquilo parece libertá-lo de alguma forma… as lágrimas de Marilla
assistindo o irmão com orgulho refletem muito bem as nossas lágrimas enquanto
assistimos “Anne with an E”. Essa
série continua se superando, continua sendo mais incrível a cada episódio, com
esses personagens que amamos de todo o
coração… são muitas pessoas preciosas que queremos proteger a qualquer
custo: Matthew, Marilla, Anne, Jerry, Diana, Gilbert, Sebastian, Cole… eu amo essa série.
É uma das melhores séries que eu v na vida.
E faz tão bem
assisti-la! Faz bem para o coração e para a alma.
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