3,000 miles away…
Eu estou
MUITO FELIZ em poder vir aqui dizer que
eu
gostei muito do filme. Eu ainda acho que
“Para Todos os Garotos Que Já Amei” é o filme mais fofo dos três,
porque é o único momento em que eu consegui estar
realmente apaixonado pelo casal Lara Jean + Peter Kavinsky, mas
“Agora e Para Sempre” é uma linda e
emocionante conclusão para a trilogia, e eu não passei (muita) raiva assistindo
– isso aconteceu muito em
“P.S. Ainda Amo
Você” porque o filme mutilou a história do livro e porque eles cortaram e
mudaram o personagem do perfeito John Ambrose McClaren para endeusar Peter
Kavinsky quando, no livro, ele era um completo babaca… tudo bem que
“Agora e Para Sempre” continuou
atenuando as atitudes de Peter porque os roteiristas (e 97% dos fãs) são
apaixonados por Peter, mas, no todo, foi bem menos grave.
Então eu curti.
O filme
começa com Lara Jean na Coreia com a família, e foi bem gostoso acompanhar as
Irmãs Covey na Coreia, além de que eu me diverti muito com a Kitty e o seu
“romance” com Dae ao longo do filme, e foi o momento que o roteiro encontrou
para citar
“Harry Potter”, algo que
Jenny Han deve gostar muito e vive incluindo durante o livro, seja na
biblioteca da UVA (faculdade que nem é citada) ou com o namorado de Margot (que
também não aparece), só para citar dois exemplos. Kitty é um encanto, sempre
foi minha personagem favorita! Ela é ácida, divertida e Anna Cathcart pode ser
muito mais velha do que eu imagino a Kitty quando leio o livro, mas ela captura
o tom da personagem com perfeição e não tem como não amá-la! Algumas das
melhores cenas do filme são com ela, tanto em diversão (ela fugindo da Lara
Jean com o pau de macarrão, por exemplo) quanto em emoção (o “12”).
Se você leu
o livro, você vai entender o que eu vou dizer agora, mas isso não chega a ser
uma crítica ao filme, porque eu entendo que o roteiro precisa escolher uma
coisa e ter um guia e essa foi a escolha deles, porque é uma trilogia de
romance adolescente: diferente do filme, o livro é muito mais sobre a Lara
Jean, sobre ela se tornar independente e sobre a faculdade, e isso é algo que
eu adorei no livro; infelizmente, tudo no filme se torna sobre Peter Kavinsky; assim,
percebemos, por exemplo, a questão do casamento de Dan e Tri sendo puxado já
para as primeiras cenas do filme, com um pedido de casamento xoxo que não era o
que eu esperava (eu CHOREI lendo essa parte no livro!), para que o restante do
filme pudesse se dedicar de fato ao romance dos protagonistas.
E, é claro, aos dramas que a escolha da
faculdade representam a um romance adolescente.
Também por
isso, o filme excluiu as poucas cenas que John Ambrose McClaren tinha no livro,
mas tudo bem… isso só me lembraria como o Jordan Fisher é lindo e como o John
Ambrose é perfeito, e eu ficaria bravo. Ele tem momentos importantes
parabenizando a Lara Jean pela sua faculdade, por exemplo, algo que o Peter não
consegue fazer, e uma cena em que evidencia que
eles têm uma música, diferente de Lara Jean e Peter. Acho que a
ausência de John Ambrose me machucou mais porque estava esperando toda a parte
de Belleview e a morte de Stormy, que é uma sequência linda e que tem tudo a
ver com a sua escolha de faculdade, e isso é algo que eu queria ter assistido…
no filme, sem John Ambrose, Lara Jean parece muito mais
sonhadora e apaixonada, porque eu não imagino a mulher forte que
Lara Jean se tornou no terceiro livro sonhando com casamento naquele momento e
tudo o mais.
Mas não vamos
nos prolongar nisso…
O filme é
carismático, tanto que quase me faz esquecer o
ranço que tenho do Peter (o Noah está lindo e o Peter do filme
realmente nos faz esquecer, durante aqueles 115 minutos, que na verdade ele é
um completo babaca), e com um visual incrível! Pouco vemos da escola e das
aulas, algo que já foi explorado lá no primeiro filme, e esse é um filme de
viagens… temos a viagem à Coreia, a
viagem a Nova York (MEU DEUS, QUE VONTADE DE ESTUDAR NA NYU, NO MESMO PROGRAMA
DE LITERATURA DA LARA JEAN!) e o que não pode faltar em um filme sobre último
ano da escola:
o baile de formatura.
Os cenários e figurinos são perfeitos, destaco cenas como do sofá rosa no
metrô, da lanchonete de “desenho” que as Irmãs Covey foram quando estavam na
Coreia e, é claro, o casamento de Dan e Trina, porque aquilo estava LINDO
DEMAIS, nossa!
Lara Jean e
Peter Kavinsky têm um plano: ambos vão estudar em Stanford e então eles estarão
em uma parte do seu namoro em que “não precisarão dizer
boa noite”. Lara Jean estava feliz com isso (embora a mudança da
UVA para Stanford me incomode, e eu não posso deixar de falar disso, porque a
UVA, no livro, é a faculdade dos sonhos de Lara Jean, e sempre foi… tem a ver
com a sua mãe, com a sua família, com a proximidade de casa, não tem a ver
apenas com Peter. No filme, parece que Lara Jean só queria ir para Stanford por
causa do Peter), e provavelmente o plano deles teria funcionado
se Lara Jean tivesse sido aceita, mas
isso não acontece. Ela sofre por pouquíssimo tempo por Stanford, na verdade,
porque ela logo é aceita na Berkeley, que fica a apenas uma hora de distância,
e Peter lida bem com isso (melhor que no livro), dizendo que ela pode se
transferir depois do primeiro ano…
Fiquei muito
feliz de como o filme deu destaque a Chris, embora tenha tirado duas das minhas
cenas favoritas da Lara Jean com ela: a viagem para o
campus da faculdade e a despedida quando Chris está indo embora do
país. A primeira cena foi incorporada à cena de Nova York, com Gen ganhando um
destaque desnecessário, mas o filme, eventualmente, consegue passar a mesma
mensagem do livro… sem Peter Kavinsky, Lara Jean se apaixona pela NYU por estar
no meio da cidade, vai a uma festa na
qual a vemos dançar livre e feliz, como nunca a vimos antes, e ela ainda tem
todo aquele lance do sofá rosa que eu achei divertidíssimo e uma boa adição ao
filme.
Ali, ela se encanta pela cidade e
pela faculdade, e ela se inscreveu para a NYU… ela não sabe se foi aceita
ou não porque quem está responsável por cuidar disso é a Kitty, mas ela já
tomou uma decisão: vai a Berkeley.
Mas vai mesmo?
Eu achei a
Lara Jean mais receosa do que a determinada Lara Jean do livro que, quando
visita o campus da faculdade com Chris não pensa em Peter:
ela não tem dúvidas de que é ali que ela quer estudar. Claro que,
com a mudança das faculdades no filme, a distância também aumenta: se ela for
para NYU, ela estará a 1 dia e 18 horas de Peter Kavinsky –
mas ela pode deixar de seguir um sonho e de
viver intensamente uma faculdade pela qual ela se apaixonou só por causa de
Peter? A resposta claramente é NÃO. E Lara Jean precisa entender isso
consigo mesma (eu amei a cena da Kitty dizendo que, de 1 a 10, vai sentir sua
falta 12 se ela for pra NYU, foi LINDO DEMAIS!), e depois conversar com Peter…
aqui é o único momento em que conseguimos ver vagamente a babaquice que o Peter
exala continuamente nos dois últimos livros, porque ele acha que Lara Jean vai
se transferir no fim do primeiro ano, mas ela não quer isso, e não
precisa fazer isso porque é o que ele
quer.
LARA JEAN
MERECE NYU!
Eu não sei o
que será de Lara Jean e Peter Kavinsky no futuro… eles acham que vai dar tudo
certo, apesar da distância, e que eles são especiais – mas, até aí, que casal
não acha isso, né? E quantos eventualmente terminam em situações como essa?
Independente disso, o romance de Peter e Lara Jean foi bonito, sim, e
importante durante o tempo de escola, e tem uma conclusão linda, depois de eles
brigarem, terminarem e fazerem as pazes depois do casamento de Dan e Trina, com
um novo contrato no anuário de Lara Jean e um beijo apaixonado na tenda vazia
do casamento. Visualmente é incrível, a química de Noah e Lana nos convence, e
eu fiquei muito feliz, de verdade, apesar de todas as minhas ressalvas. Foi um
filme bonito, bem dirigido e bem atuado, que conseguiu concluir com muita
eficiência essa história que começou com
“Para
Todos os Garotos Que Já Amei”.
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