Sandman, Volume 2 – Casa de Bonecas (Prólogo e Parte 1)
Rose Walker…
O Prólogo de “Casa de Bonecas” acontece em uma tribo e fala sobre histórias… histórias que são contadas
por mulheres, histórias que são contadas apenas
uma vez na vida, e a edição é inteligente e intrigante. Acompanhamos a
história com curiosidade, querendo saber aonde ela vai chegar e,
principalmente, como ela vai dar origem a um novo arco dentro de “Sandman”. Trata-se de uma tribo em
algum lugar há muito tempo, e de um velho levando um jovem a algum lugar
desértico para contar-lhe uma história,
uma única vez em sua vida – a história de como o Senhor dos Sonhos se
apaixonou por uma rainha mortal, e como isso deu errado. É uma história
incompleta, sem final, mas repleta de simbolismo, do tipo de lendas que se
contam para explicar coisas como “o porquê de determinado pássaro ser marrom”,
e nós nos pegamos ansiosos por mais.
Quando eles
passam a noite juntos e fazem amor em suas vestes de ébano, a desgraça que ela
tanto temia recai sobre seu povo, e toda a cidade de vidro é completamente
destruída, deixando apenas o deserto em seu lugar – o deserto onde aquela tribo habita, onde aquela história é contada de
geração a geração. Sentindo-se culpada e querendo afastar-se de Morfeus,
Nada escolhe o Reino da Morte, e Morfeus a segue até os domínios de sua irmã mais uma vez, a convidando novamente
para ser sua noiva, mas ela sabe que não pode aceitar isso, tendo em vista tudo o que já aconteceu por causa de uma
noite de amor entre eles… a história termina sem que saibamos o que aconteceu quando
Nada nega o pedido de Morfeus pela
terceira vez. Não é algo que os homens da aldeia saibam… talvez as mulheres
sim, mas elas nunca contariam para eles.
“Há apenas
uma coisa a ser vista nos domínios crepusculares de Desejo. Chama-se Limiar, a fortaleza de Desejo. Desejo
sempre viveu no limite. O Limiar é maior do que se pode imaginar. É uma estátua
do(da) própria(a) Desejo. (Desejo nunca se satisfez com apenas um sexo. Ou com
apenas uma de qualquer coisa que fosse, exceto talvez o próprio Limiar.) O
Limiar é um retrato completo e detalhado de Desejo, erguido a partir do anseio
de Desejo por ter carne e osso, sangue e pele. E, como toda verdadeira
cidadela, desde os primórdios do tempo, o Limiar é habitado. Há apenas um
ocupante neste momento: Desejo dos Perpétuos. O Limiar é demasiadamente amplo
para apenas uma pessoa. Contém dois tímpanos maiores do que uma dúzia de salões
de baile revestidos de mármore. E veias vazias que ecoam feito túneis. É possível
caminhar por elas até envelhecer e morrer sem ter repetido um único trajeto.
Dado o temperamento de Desejo, no entanto, apenas um único lugar na catedral de
seu corpo pareceu apropriado para lhe servir de lar. Desejo vive no coração”
Eles chegaram.
Gostei de
como tudo está conectado, de alguma maneira, porque estamos na casa de Unity
Kinkaid, uma das pessoas que sucumbiram à “Doença do Sono” durante o período em
que Sandman esteve sequestrado e trancado naquela jaula de vidro, e ela está em
busca do bebê que teve enquanto estava dormindo,
e do qual se lembra vagamente quando desperta, quase como se fosse um sonho
distante… e descobrimos que Unity Kinkaid, a mulher que, quando criança,
sonhava com uma criatura estranha e que caiu num sono longuíssimo ainda na
infância, é a mãe de Miranda Walker e, consequentemente, avó de Rose Walker.
Por isso ela as chamou ali, porque queria vê-las, conhecê-las, contar sua
história, e agora não sei mais o que ela quer… mas Morfeus parece assistir com
fascinação à história de Rose Walker, aquela garota que pode vê-lo nos sonhos…
Parece coisa
do Desejo.
O que ele/ela está armando contra o irmão?
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