Da lealdade ao sacrifício estúpido…
Depois de
ser descoberta por Sebastián e Angélica Hinojosa, os pais de Raúl, Amy achou
que eles a entregariam para a polícia ou para o Conselho Tutelar, e então ela
seria imediatamente enviada para San Felipe, mas toda a sequência emocionante
acabou tocando o coração dos dois, que aceitaram ajudar a Amy e escondê-la na
casa
até que eles pensassem em algo para
impedir que ela fosse levada. E foi muito fofo ver a Amy poder
brincar que era parte dessa família
durante o curto tempo que passou ali com eles… antes de ser descoberta, ela
observava os momentos de mãe e filha que Angélica e Carolina compartilhavam, se
perguntando
qual seria a sensação de ter
uma mãe, e agora, nem que por pouco tempo, ela pode finalmente
experimentar. Fiquei muito feliz por Sebastián e Angélica terem um bom coração,
no fim, e não a entregarem!
Amei as
cenas de Amy com a família de Raúl, como aquele momento em que Angélica a
convida para cozinhar com ela, com Raúl e com Carolina…
foi um momento bem emotivo. Depois, Angélica também ajudou Amy a
ficar irreconhecível para que ela pudesse ir à festa de Mary Loly, como as
demais crianças do povoado – afinal de contas, Mary Loly decidiu que queria uma
festa grande e “à fantasia”, o que vem bem a calhar para que Amy possa ir sem
ser reconhecida. Assim, Amy acaba vestida de palhacinho (o que é inusitado,
pensando que ela é filha de Octávio Betancourt, o Palhaço Cuqui), enquanto Raúl
vai vestido de Zorro…
afinal de contas,
ele é o “herói” de Amy, não é? E, nessa festa, ele está determinado a fazer
algo:
terminar com Mary Loly. Ela, no
entanto, quer obrigar Raúl a “se casar” com ela, de mentira, durante a festa,
para lhe entregar o mapa.
E agora?
Enquanto Amy
caminha pela festa, fala com Cuqui e é perseguida por Minerva, que aparece
vestida de bruxa, Raúl conversa com os amigos e os meninos da turma concordam
que
quem deu a palavra a Mary Loly foi o
Gato, e não ele, e agora que o Gato os traiu e não é mais parte da turma, ele
não precisa continuar com isso – por isso, estão todos do seu lado, ele pode
terminar o namoro com a chata da Mary Loly. Além disso, eles eventualmente
conseguem o mapa com Mary Pily, que não é tão má quanto a irmã e só quer
ser parte de alguma turma, e então Raúl
está completamente livre: durante o “casamento”, ele vê os amigos com o mapa,
sorri e responde que
não vai se casar com
Mary Loly… além disso, diz que eles não são namorados e que a única de quem ele
gosta de verdade é a Amy. É um rápido momento de felicidade, mas foi
importante!
O problema é
que Mary Loly descobre que Amy é a menina fantasiada de palhaço e conta para a
Minerva, e então Minerva vem buscá-la, pronta para levá-la a San Felipe, sem
nem um pingo de piedade. Minerva está se sentindo um máximo, e senti uma raiva
muito grande dela em toda essa
sequência, mesmo que ela já tenha querido levar a Amy em várias outras
ocasiões. Aqui, tudo é mais sério, e ela está se achando “a dona da verdade”,
carregando a polícia para cima e para baixo, e mandando ela invadir e revistar
a casa da Professora Alma, onde Amy
realmente
estava escondida. Sebastián tenta impedir a polícia de entrar, dizendo que eles
não podem fazer isso sem um mandato, mas a polícia acaba chegando a Amy
eventualmente… felizmente, ela tem a oportunidade de reencontrar o pai depois
de dias sem vê-lo, e os dois se abraçam, com saudade.
Quando
encontra a garota, Minerva a segura e não há nada que vá impedi-la de levar Amy
dessa vez – agora, o destino de Amy é San Felipe. E toda essa sequência ainda
enfatiza a maneira como TUDO É CULPA DO GATO… é sério, eu não consigo gostar
daquele menino! Porque Minerva está com uma irritante expressão de satisfação
no rosto, Amy e Matías estão de coração partido, e Benigno explica a Amy que,
ao fugir, ela perdeu a oportunidade de que acreditassem em sua palavra –
e quem foi que a fez fugir? O Gato! O
mesmo, inclusive, que colocou a lanterna roubada em sua mochila, para começo de
conversa! Tudo é injusto e muito triste, e Benigno tenta fazer com que Amy diga
a verdade… ela diz que não foi ela quem roubou a lanterna, então Benigno diz
que ela estará automaticamente livre se
disser
quem foi que roubou a lanterna e colocou em sua mochila.
Mas ela não
tem coragem.
Fiquei muito
chateado com toda essa parte. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, Minerva
levaria Amy a San Felipe, mas fiquei muito triste com como isso aconteceu,
sendo tudo culpa de Gato – e Amy poderia ter contado a verdade, poderia ter
dito que foi ele, mas ela não o faz, pela promessa que fez a ele. Acontece que
Amy é muito jovem e inocente, mas o que ela fez não foi uma demonstração de
lealdade, mas uma demonstração de
burrice…
Gato a manipulou, movido por seu próprio egoísmo e medo, deixando que Amy
pagasse pelos atos que ele teve medo de assumir. E o pior é que Amy acha que
está fazendo o certo mantendo esse segredo, mas não foi justa com os amigos,
com ela mesma e com o pai… Matías implora para que ela diga quem foi que roubou
a lanterna, e embora ela saiba que, se não disser, vai ser separada do pai e
vai perder sua casa, ela não diz.
O Gato não
merecia essa lealdade… o Gato foi egoísta, foi cruel, e eu fiquei decepcionado
com Amy também. Matías estava de coração partido, chorando e implorando para
que ela dissesse a verdade para que Minerva não os separasse, com a garantia de
que, se ela dissesse a verdade, não seria levada a San Felipe, e ainda assim
ela não acusa o Gato… ela até chega a dizer que
foi ela quem roubou a lanterna. Agora, não há mais escapatória. Ela
é colocada em um barco, rumo a San Felipe, e a despedida é cheia de lágrimas e
sofrimento. Raúl se aproxima (sob as ameaças de Minerva de que, se chegasse
mais perto, também o levaria a San Felipe – AH, POR FAVOR!) e entrega para Amy
um telescópio, para que ela possa olhar as estrelas como faziam quando ela
esteve escondida na casa dele, e Carolina se aproxima para entregar-lhe a
mochila azul, e então Amy parte.
Agora, ela
tem uma missão a cumprir em San Felipe.
Mas,
sinceramente, não acho que Minerva merecesse sua ajuda.
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