“Ooh,
somebody stop me!”
Um dos
personagens mais icônicos dos anos 1990,
“O
Máskara” surgiu nos quadrinhos ainda na década de 1980 – publicado pela
Dark Horse Comics, o personagem e as histórias eram muito mais
sombrias e
sangrentas, bem diferente do que vemos no filme. Interpretado por
Jim Carrey, a versão do filme é fanfarrona e debochada, e é assim que o
personagem se imortalizou na mente do público, graças ao filme de 1994, e à
série animada do ano seguinte, que contou com 3 temporadas, e a minha geração
assistiu muito nos programas infantis que passavam de manhã… o filme é
divertido e ocasionalmente
sem-noção,
com piadas do estilo do Jim Carrey, uma pitadinha de uma pegada mais
sombria,
e fez um sucesso estrondoso! Acredito que pelo tom debochado e
diferente, ou pelos efeitos visuais, que são muito bons para a época, ou
algumas sequências que são realmente
hilárias.
Jim Carrey
interpreta Stanley Ipkiss, um homem com uma vida
bem menos que perfeita. Ele tem um trabalho medíocre em um banco,
sendo constantemente humilhado pelo filho do dono do banco, mora em uma pensão
com uma senhora rabugenta que adora pegar no seu pé, e tem uns mecânicos
idiotas que acabaram de inventar um monte de problema no seu carro, o que quer
dizer que
ele nem tem carro para um
grande evento daquela noite no Coco Bongo, onde ele quer assistir Tina
cantar –
Tina é a mulher bonita que
apareceu mais cedo no banco, que ele não sabe que é a namorada de um dos
maiores criminosos da cidade, e que estava no banco para estudar como
assaltá-lo… Stanley Ipkiss é novamente humilhado e coloca para fora do Coco
Bongo, e é então que
algo surpreendente
acontece e muda a sua vida para sempre: ELE ENCONTRA A MÁSCARA.
Como
criança, eu me lembro de achar isso um máximo – e qualquer história de
transformação meio que nos fascinava! Era por isso que amávamos tanto
“Power Rangers”, por exemplo, porque
queríamos ser como eles! E quem nunca sonhou em ter uma Máscara daquela? Embora
agora, como adulto, pensando nisso, eu ache mais
assustador e talvez eu ficasse receoso… de todo modo, Stanley acaba
encontrando uma misteriosa máscara de madeira no rio, a leva para casa, e
quando ele a coloca, ela se funde nele como uma espécie de simbionte,
transformando Stanley Ipkiss no MÁSKARA… um ser com a cara verde e roupas
extravagantes, com poderes inusitados, cheio de piadas. A presença do Máskara é
forte, e é esse carisma que o Jim Carrey deu ao personagem que consagrou o
filme, que tornou-o assim tão importante e tão grandioso.
Porque assistir
ao Máskara é divertido… mesmo agora, quase 30 anos depois! Na sua primeira
“transformação”, o Máskara atormenta algumas pessoas,
mas aquelas que sempre o atormentaram, então nós amamos. A dona da
pensão, os mecânicos safados, os criminosos da rua… e é toda uma demonstração
do tom debochado e sarcástico do personagem, cheio de piadas como aquela
sequência dos balões infláveis, por exemplo. Essa primeira transformação, no
entanto, não é tão
impactante quanto
a segunda, na qual ele assalta o banco em que trabalha (!) e consegue entrar no
Coco Bongo para assistir à Tina – mas, nessa história toda, O Máskara acaba se
metendo no caminho do perigoso Dorian Tyrell DUAS VEZES: roubando, antes, o
banco que ele pretendia roubar; e dançando com a sua namorada na frente de todo
mundo.
A cena do Máskara dançando no Coco
Bongo, amo!
Agora,
Stanley Ipkiss está sendo caçado
pela
cidade inteira… os criminosos da cidade estão atrás do Máskara, enquanto a
polícia parece desconfiar que
o Máskara
seja o Stanley, porque uma parte da roupa do Máskara cortada e derrubada no
Coco Bongo
volta a ser o pijama de
Stanley… Stanley está desesperado, busca ajuda, e eu adoro a separação que
existe entre Stanley e o Máskara, porque eles são, eventualmente, muito
diferentes um do outro. Amo o Máskara encontrando Tina no parque (A MELHOR CENA
DO FILME É, CERTAMENTE, AQUELA EM QUE O MÁSKARA FOGE DOS POLICIAIS CANTANDO E
OS COLOCANDO PARA DANÇAR!), mas também amo ver a maneira como o Stanley pode
ser
fofo naquela cena com Peggy… na
qual ele acaba traído e é entregue para Dorian Tyrell…
então, Dorian acaba roubando a máscara de Stanley!
E se torna
uma nova versão da “criatura verde”.
Muito mais
cruel e maléfica.
Stanley
acaba indo preso, porque a polícia já acredita que ele seja o Máskara, e Dorian
Tyrell faz questão de entregá-lo à polícia com uma máscara verde de borracha no
bolso, e então Stanley só conta com uma ajuda para fugir da prisão: MILO, O SEU
CACHORRO. A sequência é muito bonitinha (Milo é um cachorro muito
inteligente!), e Stanley demonstra toda uma faceta heroica, mesmo quando não
está usando a máscara, porque ele quer ir pessoalmente ao Coco Bongo para deter
Dorian… por mais arriscado e sem-noção que isso seja. E ali as coisas saem de
controle… Tina engana Dorian para ele tirar a máscara e a chuta para longe, e
na confusão pela máscara, quem a pega é o Milo, e o Milo transformado com a
máscara é
uma das coisas mais engraçadas
do filme, até que o próprio Stanley possa pôr a máscara novamente e se
tornar o Máskara que todos conhecemos e amamos.
O filme é
muito legal! Tem uma história interessante (toda a trama de poderosos e
criminosos na qual o Máskara inadvertidamente se envolve apenas porque
acha a Tina bonita), um tom de novidade
que nos prende e uma interpretação cativante de Jim Carrey, tanto como o
Máskara quanto como Stanley Ipkiss. No fim do filme, as acusações contra
Stanley são retiradas e Dorian fica como o único portador da
máscara (e, portanto, quem roubou o banco no outro dia), e Stanley e Tina se livram
da máscara a jogando novamente no rio onde Stanley a encontrou no início do
filme… é legal que o filme deixe um final aberto, com o Charlie, melhor amigo
de Stanley, pulando no rio para tentar pegar a máscara, que já está sendo
carregada pelo Milo, deixando o caminho aberto para uma possível sequência ou,
como é o caso,
uma série animada
derivada…
Que é muito boa, por sinal!
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Adoro demais esse filme. Uma pena que Jim Carrey não aceitou fazer uma sequência. A cena dos policiais dançando é a minha favorita. Teve um pequeno erro na sua resenha: O Dorian não foi preso no final. O Máskara fez ele ser sugado pelo ralo da fonte do clube que nem uma descarga de privada. Só uma curiosidade: Porque as resenhas desse filme nunca começam ou mencionam a cena inicial onde um mergulhador encontra o baú com a máscara no fundo de um rio e sempre mencionam a máscara pela primeira vez, mencionando a cena em que o Stanley encontra ela, como se essa fosse a primeira vez que a máscara aparece no filme? Você já pensou em fazer uma resenha da série animada do Máskara?
ResponderExcluirJim Carrey só abriu uma exceção na sua regra de "não fazer sequências" recentemente, com Sonic, mas até então ele nunca gostou mesmo. Obrigado pelo aviso, vou consertar no texto.
ExcluirPretendo fazer reviews da série animada sim, eu assistia muito quando era criança... mas ainda não sei quando. Não consegui começar a minha parte dedicada aos desenhos animados no Cantinho de Luz, que é onde eu pretendo comentar esse e outros que você mencionou, como O Espetacular Homem-Aranha.
Valeu. Esse desenho do Espetacular Homem-Aranha é o melhor de todos.
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