Os Rangers disfarçados!
Às vezes eu
sinto como se ainda estivesse assistindo “Mighty
Morphin” – e isso não é um elogio. Eu sei que vai ter gente que vai
defender a primeira temporada a todo
custo, e eu também a assisti na infância e sei o quanto ela representa para
a franquia, mas a verdade é que as pessoas gostam
muito de “Mighty Morphin” justamente
por causa de memória afetiva: é a primeira, foi onde tudo começou, a nostalgia
fala mais alto… mas é isso. “Power
Rangers” começou a se levar a sério em “In
Space”, talvez porque os produtores acreditavam que aquela seria a última
temporada e quiseram fazer algo maior e mais épico, e tentaram coisas que nunca
tinham tentado antes… o resultado foi tão
bom (EU AMO aquela temporada!), que a franquia se estabeleceu e começou a
se reinventar a cada ano, do mesmo modo como acontece no Super Sentai.
E “Lightspeed Rescue”, para mim, tinha
tudo para ser outra temporada no mesmo nível… a temática é diferente, não
envolve mais o espaço, mas é a primeira temporada realmente independente das anteriores, com Rangers que não precisam
esconder sua identidade e que não são “meros adolescentes corajosos”, mas às
vezes os episódios podem ser tão infantis
que parece que retrocedemos alguns anos na franquia… a “história” de Joel e da
Srta. Fairweather, por exemplo, é extremamente cansativa; ela é durona, ele é
infantil, e os “amigos” passam o tempo todo provocando e rindo dele, e eu não
sei porque as pessoas achavam tanta graça desse comportamento na época –
lembram-se que quase toda conclusão de episódio em “Mighty Morphin” era basicamente a mesma coisa? Mas não sei… a essa
altura, parece que já esperamos mais
da franquia.
“The Mighty Mega Battles”, exibido em
28 de outubro de 2000, traz algo interessante apesar de ser focado na história
chata de Joel e da Srta. Fairweather: AS ARMADURAS MEGA BATTLE. O episódio
começa com um ataque de Infinitor, um monstro “mais poderoso do que qualquer um
que eles já tenham enfrentado”, e nada no arsenal dos Rangers parece ser o
suficiente para destruí-lo… assim, a Lightspeed recebe uma ajuda de um novo
personagem: Clark. Clark é um homem charmoso, inteligente, educado, que traz
flores para a Srta. Fairweather, a chama de “Angela” e parece ter muita
intimidade com ela, o que deixa o Joel
morrendo
de ciúmes… não há nada de surpreendente na história, naturalmente, e nós já
imaginamos qual vai ser a conclusão de todo esse arco eventualmente –
e é exatamente o que pensamos.
O que não
impede Joel de bancar o infantiloide o episódio inteiro. Primeiro ele banca o
cientista para impressionar a Srta. F e acaba
estragando tudo, depois liga irrigadores para molhar Clark e Angela
e acabar com o “clima” entre eles no carro (sério, o pessoal em
“Carrossel” faria algo assim), e no fim
precisa salvar Clark de um carro quando um monstro ataca… e é a nova tecnologia
criado por Clark que permite que Chad e Joel vençam Infinitor no fim das contas
(a morfagem deles foi diferente e bem legal nesse episódio), e é inusitado
vermos o Azul e o Verde ganharam
power-ups
antes do Vermelho, mas eu gostei. As Armaduras Mega Battles são LINDAS e
poderosas, a batalha é legal, mas isso não me impede de ficar com aquela cara
de desgosto (o famoso
cringe) com a
“revelação” de que Clark não era namorado de Angela, mas sim seu
irmão…
Enquanto
todo mundo ri da cara do Joel.
Essa
história já deu, produção, por favor!
“The Great Egg Caper”, exibido em 03 de
novembro de 2000, não é um episódio
muito
melhor, na verdade – a história é batida e fantasiosa (e a maneira como a
abordaram parecia
“Mighty Morphin”),
e o foco está em Kelsey, que é, empatada com Joel, a Ranger de quem menos gosto
nessa temporada. Aqui, Olympius planeja atacar os Rangers com o monstro saído
de um ovo que tem que ser chocado dentro da água (?), e então o ovo acaba sendo
roubado por Artie, um ladrão que Kelsey conhecera mais cedo, roubando comida, e
que leva o ovo ao perceber que
muita
gente está interessada nele – ele pode conseguir uma boa grana! Assim,
Jinxer envia para Mariner Bay um monstro, Birdbane, para encontrar o ovo antes
que Olympius descubra que ele sumiu, enquanto os Rangers perseguem um ladrão
que os engana e despista com truques de palhaço e risadas forçadas…
A única
parte REALMENTE BOA desse episódio (e essa parte é MARAVILHOSA) é a dos Rangers
disfarçados para tentar interceptar a troca do ovo por dinheiro… eles estavam
incríveis nessa sequência. O Carter
estava todo certinho e bonitão, o Chad estava engraçado, a Dana estava
diferente e bonita, mas Joel e Kelsey estavam IMPAGÁVEIS – interessante eu
dizer isso, sendo que acabei de dizer que
eles
são os dois Rangers de que menos gosto na temporada, mas o disfarce deles
foi, de longe, O MELHOR. Me diverti bastante! No fim, Kelsey acaba tendo que
ajudar o ladrão, que sugere que “ela está errada sobre ele”, e ele acaba
ajudando os Rangers a distraírem Birdbane e derrotá-lo, mostrando que
ele não é tão mal quanto Kelsey pensa…
ela acaba até o agradecendo! No fim, descobrimos que Artie era uma espécie de
Robin Hood (ou o Jack de
“S.P.D.”),
roubando para dar aos pobres…
E, agora,
ele não vai mais fazer isso.
Ok.
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