Um pouquinho de Portugal…
MINHA
HISTÓRIA FAVORITA DE 2004. Eu sempre amei muito “A Dama dos Pés de Cabra” e, ao assisti-la novamente recentemente,
eu começo a entender os motivos pelos quais eu gostava tanto dessa história… é
uma grande aventura, os personagens estão divertidos, e temos um pouquinho de
Portugal, e isso tudo deixa a história incrível, mas esses não são os motivos
que a fazem ser tão marcante: é a
sensação de que estamos de volta no “Sítio do Picapau Amarelo” dos livros ou da
primeira temporada. A base da história é um livro português de Alexandre
Herculano e, inconformada com o fim da história, Emília acaba se metendo para salvar Isabel, a Dama dos Pés de Cabra. Temos
recontagem de literatura clássica do jeitinho do “Sítio” e com a interferência da boneca de pano e os netos de Dona
Benta, e isso tudo é tão mágico!
Além disso,
como, depois de
“D.A.N.C.E.”, a
temporada teve uma pausa em que reprisou uma história do ano anterior,
“A Dama dos Pés de Cabra” tem, mais uma
vez, cara de
início de temporada…
Emília está mexendo em sua canastrinha quando uma espécie de duende, o Velho
Querelas, aparece para ela e lhe entrega, sem mais explicações, um medalhão com
o nome de “Condado de Portugale”, que o Visconde explica que
era o antigo nome de Portugal… Emília
está convicta de que esse
é um pedido de
ajuda, e ela não vai descansar enquanto não descobrir de quem veio esse
pedido! Dentro do medalhão, as crianças descobrem um bilhete que,
eventualmente, os leva ao Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro
– as crianças, a Emília, o Zé Carijó e os dois apaixonados por leitura do Sítio
do Picapau Amarelo: Dona Benta e Visconde de Sabugosa.
A dupla fica
encantada ao entrar no Real Gabinete
Português de Leitura, um lugar recheado de verdadeiras preciosidades. Dona
Benta rapidamente encontra um exemplo de
“Os
Lusíadas”, e Pedrinho encontra um livro
com
o mesmo brasão do medalhão que Emília ganhou, e então ENTRAMOS NA HISTÓRIA.
Dona Benta explica que livro é aquele:
“É
a história da dama dos pés de cabra, de Alexandre Herculano, um dos meus
escritores preferidos”. A história é uma antiga lenda de Portugal registrada
pelo escritor no livro
“Lendas e
Narrativas”, e acreditando que é essa tal “dama dos pés de cabra” que está
precisando de ajuda, Emília pede que
Dona
Benta conte para eles a história… e eu sempre AMO quando a Dona Benta está
contando uma história para as crianças – como ela diz, “do seu jeito”.
Enquanto ela conta, vemos a história
acontecer…
“Era uma vez uma princesa chamada Isabel…”
Conforme
Dona Benta conta, Isabel e Argemiro se apaixonaram, mas aquele era um amor
proibido, porque ele não era fidalgo e, pior,
ele era filho de uma bruxa. Uma feiticeira terrível e ciumenta que
não queria que o filho se casasse – nem com Isabel, nem com mais ninguém. Os
dois jovens, que se amam tanto, resolvem, então, fugir para ficarem juntos… a
mãe de Argemiro, no entanto, descobre sobre a fuga dos dois e vem atrás deles…
os dois até pedem a ajuda do Velho Querelas, que esconde Isabel sob um capuz,
mas não é o suficiente para enganar a bruxa… Argemiro tenta dizer à mãe que
Isabel não veio com ele “porque teve medo”, mas a bruxa, enfurecida, diz que
eles vão se arrepender por terem tentado
enganá-la, assim que descobre que a figura por baixo do capuz é, de fato, a
própria Isabel.
Então, ela lança uma
maldição sobre ela:
TRANSFORMA SEUS PÉS EM PÉS DE CABRA.
Dali em diante,
todos passam a ter medo de Isabel, achando que “ela tem parte com o Diabo” ou
qualquer coisa assim, e a pobrezinha tem que viver sozinha, isolada de todos,
enquanto a bruxa leva Argemiro de volta para o castelo… segundo a informação de
Dona Benta, Argemiro foi lutar da guerra e isso é o último que sabemos a seu
respeito, e as crianças acham um absurdo que a história termine dessa maneira –
“Acabou uma vírgula, Dona Benta! Não é
possível!” Uma das melhores coisas de acompanhar a história enquanto Dona Benta
a conta é vermos todo esse cenário de castelos, princesas e bruxas, com um
delicioso sotaque português que eu adoro, e enquanto eu reassistia a essa
parte, eu mal podia esperar pelo momento em que
estaríamos mesmo em Portugal, para acompanhar os próximos passos
dessa história – o “Epílogo” que Emília está ajudando a escrever.
O pessoal
volta para o Sítio do Picapau Amarelo, mas Emília não deixa de pensar na Dama
dos Pés de Cabra:
tem que ser ela que o
Velho Querelas queria ajudar, e ele quer sua ajuda também! Então, o Velho
Querelas aparece novamente para a bonequinha, lhe deixa um presente, e então
vai embora, sem dizer nada –
ele
emprestou para a Emília a sua bolsinha de onde sai dinheiro sem fim, o que
vai ser muito útil na aventura. A Cuca, por sua vez, assiste a tudo de sua
antiga bola de cristal, e não fica muito feliz com a presença do Velho Querelas
por ali:
afinal de contas, ele é um
antigo inimigo das bruxas. De qualquer maneira, a Cuca pode se beneficiar
disso tudo, porque assim que as crianças não estejam mais ali para atormentá-la
e atrapalhá-la, ela pode
aproveitar para
invadir o Sítio do Picapau Amarelo… é isso o que ela planeja fazer.
Quando o
Velho Querelas
volta a aparecer,
Emília consegue “prendê-lo” embaixo de um pano para mostrá-lo para Pedrinho e
Narizinho, para que eles finalmente acreditem nela, e então ela conta o que ele
lhe “contou”: que aquela parte da história sobre o Argemiro ter ido para a
guerra é
mentira, e que na verdade
sua mãe o
levou de volta para o castelo
com ela. Agora, a missão dela e de todos eles é salvar o Argemiro das
garras da malvada bruxa e obrigá-la a
desfazer
a maldição que lançou sobre Isabel. Vemos o momento em que Argemiro desafia
a mãe e diz que
vai buscar a Isabel,
porque não planeja abandoná-la, e então a bruxa O PRENDE EM UMA PAREDE DO
CASTELO – agora, então, não depende mais dele. Depende de uma bonequinha de
pano de outro país, que já sabe exatamente o que ela precisa fazer:
ir para Portugal!
<3
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