“Algo me diz que vai ser uma viagem e tanto!”
Depois de
receber algumas visitas do Velho Querelas e de ouvir a Dona Benta contar a
história da “Dama dos Pés de Cabra”, Emília está decidida que Isabel e Argemiro
estão precisando de sua ajuda, e ela
quer ir imediatamente para Portugal para poder ajudá-los. Depois de uma
introdução linda, está na hora de a aventura de
“A Dama dos Pés de Cabra” começar de verdade e, com a ajuda do pó
de pirlimpimpim, PARTIMOS PARA PORTUGAL! Como eu disse no último texto, essa é
a minha história favorita na temporada de 2004, e uma grande parte disso se
deve ao fato de estarmos visitando Portugal, com um sotaque eu adoro, vendo a
bonequinha de pano mais famosa do Brasil se intrometer na história de um
escritor português, Alexandre Herculano. Quando o grupo formado por Emília,
Narizinho, Pedrinho e Zé Carijó chega a Portugal,
eles não estão juntos.
Emília e
Narizinho chegam bem na Torre de Belém, e logo começam a andar pela cidade para
procurar o restante do grupo, passando, inclusive, pela réplica do
primeiro avião a cruzar o Atlântico Sul.
Pedrinho, por sua vez, chega em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, e é abordado
por uma figura misteriosa e de unhas imensas, que eventualmente ele descobre
ser uma bruxa – ela se voluntaria para comprar sorvete para ele, mas o garoto a
manda ficar longe e sai correndo quando percebe que
o reflexo da mulher não aparece no espelho, então ela só pode ser uma
bruxa. E o Zé, por fim, aparece sozinho no meio da rua, e procura por “uma
boneca que fala, uma menina do narizinho arrebitado e um menino com um
bodoque”, mas ele não entende muito bem o sotaque dos portugueses, e isso
atrapalha bastante… o Zé estava muito
divertido, como sempre!
Eventualmente,
o grupo se reúne e Emília salva o Zé Carijó com o saquinho de dinheiro infinito
que o Velho Querelas lhe deu, porque
ele
saiu por aí comprando comida, mas as pessoas não estão dispostas a aceitar o
seu real como pagamento… enquanto isso, Dona Benta fica feliz e orgulhosa
ao saber que os netos estão em Portugal, e como
sempre foi seu sonho ir para lá também, ela decide “gastar umas
economias suas”:
ela vai para Portugal
para se encontrar com os netos. Então, ela deixa o Quindim de guardião do
Sítio, se despede emocionada da Tia Nastácia (que lhe dá um
crucifixo de presente, para protegê-la
durante a viagem), e parte para Portugal, feliz da vida… e, logo que chega no
hotel, ela já recebe uma bruxa da
perversa
bruxa da história da Dama dos Pés de Cabra, que aparece como
camareira para ela, e ela a espanta com
o crucifixo de Tia Nastácia.
Bem que ela pensara que seria “uma viagem e
tanto”.
A Cuca, por
sua vez, está feliz em saber que o Sítio do Picapau Amarelo finalmente está
praticamente vazio – E ELA VAI INVADIR.
O seu plano é claro: ela pretende sequestrar o Visconde Sabugosa para que ele
a ensine a fórmula do pó de pirlimpimpim,
que só ele conhece. A trama por ali envolve a Cuca sequestrando o Visconde,
o Pesadelo fazendo a Tia Nastácia de prisioneira, enquanto a obriga a cozinhar
infinitos bolos para ele, e o Angico e o Zequinha, que escutam a Cuca falar
sobre
uns capacetes de invisibilidade
e acham que isso seria muito legal para poder zoar todo o Arraial dos Tucanos…
e eles ROUBAM MESMO os capacetes da Cuca, mas embora eles estejam rindo do povo
do arraial morrendo de medo dos “fantasmas”, eles não sabem que
estão mexendo com fogo… a Cuca não vai
deixar barato o que eles fizeram… ah, não!
E eu não vejo a hora de vê-la se vingar.
Em Portugal,
o pessoal pensa em como chegar até Isabel, agora que o grupo já se reuniu, e
então o Velho Querelas envia uma “mensagem para a Marquesa de Rabicó”, o que
leva as crianças e o Zé em uma espécie de “caça ao tesouro” muito legal. Primeiro,
eles procuram o “poeta do café” e chegam a uma estátua do Fernando Pessoa, onde
encontram uma outra pista, até que eles cheguem a três pedrinhas, as Três
Marias, que pode finalmente levá-los até o lugar
onde Isabel está morando, isolada e separada de todos… eu
sinceramente, não sei bem por que a Isabel resolveu aceitar a ajuda deles,
provavelmente porque
eles eram a única
esperança dela em anos, porque a verdade é que eles sabem ser bem
mal-educados. Eu achei horrível a Emília levantar o vestido dela para ver os
pés de cabra, e não gostei do Zé dizendo que “aquele é o pé do capeta”.
Sensibilidade zero.
Zé insiste,
falando sobre o pé, chamando de “coisa medonha, coisa horrível, coisa feia”, e
Isabel fica toda chorosa, mas a verdade é que
ela já está habituada a essa reação das pessoas – “Ai… ai que triste
sina a minha”. Emília e as crianças, no entanto, dizem para Isabel que
estão ali para ajudá-la e para obrigar a bruxa a desfazer sua maldição… para
isso, no entanto, Isabel teria que levá-los até o castelo da bruxa, e ela diz
que
não vai, de jeito nenhum, porque ela
tem medo. Para tentar convencê-la, Emília conta que Argemiro
ainda está vivo, e isso quase piora
tudo, porque Isabel rapidamente conclui que, se ele está vivo e nunca veio
procurá-la, então ele sente medo dela, assim como todos os outros… mas não é
essa a história:
Argemiro está
emparedado, ele não pôde vir atrás de sua amada. De qualquer maneira,
Isabel se recusa a se juntar a eles.
Ela indica a
direção do castelo da bruxa, e deixa que as crianças e o Zé Carijó vão sozinhos
para o castelo da bruxa… ela não vai com eles. Sozinha em seu isolamento, no
entanto, Isabel começa a se lembrar de como ela era feliz com Argemiro, tudo o
que eles viveram juntos, e de uma promessa que um dia fizeram um para o outro:
de que eles eram “para sempre”. Então,
ela pensa melhor e resolve se juntar à turminha: se seu amado também foi vítima
da bruxa, eles precisam ficar juntos para enfrentar, segundo suas palavras, “a
mais cruel das bruxas”. Zé está morrendo de medo, e realmente
não será nada fácil… quando a turma
chega no castelo da bruxa, ela abre os portões os “convidando” a entrar, mas
tudo fica escuro e eles são atacados por um
DRAGÃO, que aparece cuspindo fogo e tudo… Emília tenta afastá-lo com
maribondos, e Pedrinho consegue com uma pedrada no seu ponto fraco, indicado
por Isabel:
o seu terceiro olho.
Mas a bruxa
não vai ficar esperando ser destruída…
“Há muitas surpresas esperando por vocês
ainda”
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