Sítio do Picapau Amarelo (2004) – A Dama dos Pés de Cabra: Parte 2

“Dessa vez, a gente se livrou daquela bruxa para sempre!”

CHEGOU A HORA DE ENTRAR NO CASTELO DA BRUXA E LIBERTAR O ARGEMIRO… Emília recebeu do Velho Querelas uma missão: ir para Portugal para ajudar a Dama dos Pés de Cabra, Isabel, e ela não vai descansar enquanto a sua maldição não estiver quebrada e enquanto Argemiro não esteja livre para viver ao lado do amor de sua vida! Conseguir chegar até a Bruxa, no entanto, não é a coisa mais fácil do mundo – ela tem uma série de armadilhas espalhadas pelo castelo antes que as crianças possam de fato enfrentá-la, a começar pelo lado de fora mesmo, onde as crianças precisam enfrentar, antes de qualquer coisa, UM DRAGÃO. Quando o dragão é derrotado, então, eles entram no pátio do castelo e descobrem uma série de armaduras vazias enfeitiçadas, que estão preparadas para enfrentá-los e impedi-los de entrar no castelo.

É Emília quem resolve esse problema, usando o seu Faz-de-Conta – usando o seu “superpoder”, a bonequinha de pano faz chover, e então as armaduras enferrujam. Mas, naturalmente, esse não é o último desafio que as crianças, Isabel e o Zé precisam enfrentar… uma vez dentro do castelo, eles são atacados por uma aranha gigante, que prende o Pedrinho em suas teias. Isabel tenta afastá-la do garoto usando uma espada, mas é novamente a Emília quem resolve o problema, porque ela tem um inseticida da Tia Nastácia dentro da sua canastrinha… tem um pouquinho de tudo lá. Quando eles são atacados por escorpiões, Emília usa um pouquinho de pó de pirlimpimpim para fazê-los flutuar, e cada uma dessas coisas deixa a feiticeira cada vez mais furiosa… nada do que ela faz parece ser o suficiente para mantê-los longe.

Também tem uma guilhotina que quase corta a cabeça de Isabel, e “segredos nas pedras do chão” para que consigam entrar, até que eles FINALMENTE cheguem até a bruxa! Emília quer obrigá-la a soltar Argemiro e desfazer a maldição contra Isabel, mas a bruxa não está com paciência para essas crianças insolentes, e apenas os manda por um buraco no chão até uma masmorra – a bruxa é MARAVILHOSA, provavelmente a melhor personagem dessa história. Ela é realmente má, mas, ao mesmo tempo, é engraçada de um jeito natural, e o seu sotaque é maravilhoso! Em uma cena bem interessante, ela vai “visitar” o pessoal na masmorra e diz o que vai acontecer com cada um deles… Zé vai virar seu bobo da corte; Isabel vai se acostumar a viver ali para sempre; as crianças ela pretende engordar para fazer um ensopado à portuguesa; e Emília vai embolorar.

Enquanto isso, no Brasil, o Pesadelo continua obrigando a Tia Nastácia a cozinhar, e o Visconde continua enrolando a Cuca com aquela história de “receita do pó de pirlimpimpim”, e as coisas aos poucos começam a se resolver… Rabicó solta os demais animais, que colocam o Pesadelo para correr, e o Visconde engana a Cuca e faz um trato com ela para ser solto. Enquanto isso, Iara é a próxima vítima de Angico e Zequinha com seus capacetes de invisibilidade roubados da Cuca – mas eles não sabem que tentar “pescar” a mãe d’água é pedir por confusão. Iara os transforma em pedra e, assim, a Cuca nem tem tempo de fazer a sua própria vingança contra os netos do Coronel Teodorico por terem a roubado… então, através do Pesadelo, a jacaroa manda uma poção para “os meninos voltarem ao normal”, e o burro do Coronel Teodorico cai direitinho…

Assim, Angico e Zequinha voltam ao normal por uns minutos…

até virarem TARTARUGAS!

Em Portugal, as crianças não ficam presas na masmorra por muito tempo. Emília manda o Zé comer toda a comida que foi trazida, e então ela e as crianças chamam o ogro que trabalha para a bruxa, para dizerem que querem mais comida… quando o bobo abre a porta da cela, eles o atacam, pegam as chaves e fogem – direto para a parede onde o Argemiro está preso há tanto tempo. É um reencontro bonito de Argemiro e Isabel, mesmo à distância, mesmo que não possam se abraçar, e é Argemiro quem dá a solução para tirá-lo daquela parede: eles precisam entrar no quarto da bruxa e pegar um medalhão que encaixa naquela parede e o libera… as crianças discutem um pouco sobre quem vai entrar no quarto da bruxa, mas fica decidido que quem vai é a Emília… afinal de contas, sendo feita de pano, Emília é quem vai entrar fazendo menos barulho.

E ela não pode despertar a bruxa.

Tudo aqui é bem rapidinho, na verdade… ela consegue entrar no quarto da bruxa adormecida, pegar o medalhão e libertar o Argemiro, mas quando eles estão celebrando a liberdade e o reencontro, Argemiro e Isabel finalmente podendo se beijar e se abraçar depois de tanto tempo, a bruxa aparece – e, na briga contra Emília, ela acaba lançando um feitiço do qual a bonequinha de pano desvia, e o feitiço acerta Argemiro, seu próprio filho, O TRANSFORMANDO EM UM BURRO. Depois eles lidarão com o fato de Argemiro ter sido transformado em um burro – agora, eles precisam encontrar uma maneira de escapar daquele lugar, e então as crianças fogem da bruxa, em busca de um lugar seguro onde possam pensar nos seus próximos passos… enquanto isso, Dona Benta continua procurando seus netos pela cidade inteira.

Sem as crianças, o filho e Isabel, a bruxa vai atrás de Dona Benta, que felizmente consegue expulsá-la mais uma vez com o crucifixo que ganhou de Tia Nastácia. No fim, as Três Marias levam as crianças para um lugar seguro em Portugal mesmo, enquanto o Velho Querelas dá a Dona Benta uma pista de onde encontrar os seus netos, e todos acabam no OCEANÁRIO DE LISBOA. A cena é legal, faz um pouquinho de turismo, e então as crianças e Dona Benta FINALMENTE se reencontram, e agora eles precisam voltar correndo para o Sítio do Picapau Amarelo, antes que a bruxa os alcance… mas é claro que a bruxa não vai desistir deles e de sua vingança assim tão fácil. Uma vez no avião que ruma ao Brasil, o pessoal celebra que, dessa vez, “eles se livraram daquela bruxa para sempre”. Mas, ao contrário do que pensam, a bruxa está ali…

No mesmo avião que eles…

 

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