Turma da Mônica Jovem (2ª Fase, Edição Nº 34) – O Cecê do DC

Ah, o quanto eu fiquei bravo com essa edição…

Eu gostava mais quando a “Turma da Mônica Jovem” trazia histórias repletas de fantasia e aventura, e realmente se inspirava no estilo mangá para contar histórias como “Quatro Dimensões Mágicas” – a estreia da revista e, até hoje, uma das melhores histórias –, ou as revistas da “Super Saga do Fim do Mundo”, como as aclamadas “Umbra” ou “A Torre Inversa”, e até mesmo edições dessa segunda fase (muito inferior à primeira), como “O Portal das Trevas”, que foram duas edições excelentes… embora essa edição tenha um final bonitinho, afinal de contas, foi uma edição sofrível. Eu sempre amei a Mônica com o DC (achava que fugia do tradicional, os dois podiam ser felizes, e o Cebola estava mesmo um chato), mas no meio de tanta edição tão melosa da Mônica e do Cebola, trazer de volta uma história da época em que ela namorava o DC não parece fazer assim tanto sentido… e o pior é que ela está aí só pra estragar a imagem do DC.

Eu amo o DC. Amo de verdade. Amo o DC desde a turminha, e amo o DC que nos foi apresentado na “Turma da Mônica Jovem”. Acho que ele foi querido, atencioso e verdadeiramente apaixonado pela Mônica em uma época em que o Cebola só a fazia sofrer, e o namoro dos dois foi muito fofo… para que colocar essa história do DC ter cecê para estragar toda a beleza do namoro deles – até porque a edição deixa muito claro que isso está acontecendo TRÊS MESES depois de eles terem começado a namorar, o que quer dizer que a Mônica teria passado esse tempo todo sofrendo com isso? Não sei, eu achei uma edição desrespeitosa – sim, ela traz um assunto bem adolescente e, muitas vezes, necessário, mas não precisava ser dessa maneira. Está ali apenas para desmerecer esse momento que devia ser tão importante para a Mônica, porque ela e o DC passaram por vários momentos juntos, e vários momentos que foram lindos!

Sem contar que ficou extremamente forçada a maneira como a história foi introduzida. Não importa o quanto eles tenham “amadurecido”, a verdade é que essa história jamais aconteceria da maneira como aconteceu… Cebola está com problema, DC oferece para ele um desodorante, que “agora ele sempre traz consigo na mochila”, e ele e a Mônica ficam rindo por causa de algo que aconteceu enquanto eles namoravam, e o Cebola fica todo curioso querendo saber qual é a história, sem ciúme, apenas curioso… é artificial, é forçado, e parece que foi criado para encher linguiça porque a edição do mês precisava ser liberada e eles não sabiam bem o que fazer. Então, Mônica e DC acabam contando para o Cebola toda a história de quando o DC tinha cecê e a Mônica tinha que encontrar uma maneira de conversar com ele e dizer que isso a incomodava, ao mesmo tempo em que o convencia a usar desodorante. Toda a situação é meio patética.

Mas aqui estamos… voltamos no tempo para uma época em que Mônica e DC eram namorados, em que todo mundo os via como “o casal perfeito”, e Mônica lidava sozinha com o problema do cheirinho do namorado até resolver envolver as amigas. Mas vocês entendem minha reclamação? O fato é que, na maneira como a edição nos mostrou, é como se cada momento da Mônica ao lado do DC, durante três meses inteiros, tivesse sido um pesadelo traumático por causa do cheiro – como ela poderia estar tão feliz então? Eles acabaram com tudo, e eu detestei. E o pior de tudo foram os “comentários” do Cebola. Mônica faz de tudo para tentar alertar o DC sobre o seu cheiro, e começa lhe dando um desodorante de presente pelos três meses de namoro e termina tentando colocar “mensagens subliminares” numa sessão de cinema organizada pela Magali, que acaba em um momento de humilhação para o DC e a primeira briga do casal.

Eu DETESTEI a edição. A ideia é péssima, o desenvolvimento também, e a maneira como macula a imagem do relacionamento deles para todos nós que gostávamos dos dois juntos… péssimo. A única coisa fofa da edição foi a maneira como Mônica e DC fizeram as pazes na época, naquela conversa no parque enquanto o DC tocava o ukulele e os dois têm uma DR num estilo alternativo. Ali foi o único momento em que podemos ver o quanto eles foram felizes, e é isso o que eu quero de lembrança do relacionamento desses dois, se vamos ter que aturar a Mônica com o Cebola para sempre! Cantando, os dois falam numa boa sobre as coisas que o outro faz e que os incomoda, para que não precisem brigar novamente por algo assim, e essa é uma atitude madura e inteligente de ambos, e os dois acabam se divertindo… um casal sempre vai ter essas coisinhas que incomodam o outro, mas é importante saber amar-se independente disso.

E, aparentemente, eles sabiam.

Ufa.

 

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Comentários

  1. Eu concordo com você! Eu não li essa edição, mas assisti o episódio da Cartoon Network e achei péssimo. Desnecessário colocar uma coisa dessas. Acabou com todo o romantismo do relacionamento deles. Eu gosto de Mônica e Cebola, mas também achei legal ela ficar um tempo com o DC. Vou fazer de conta que essa edição nem existe kkk

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