“Pelo menos nunca mais teremos que ver aquela mulher”
Eu estou
totalmente apaixonado pela estreia de
“Madre
Sólo Hay Dos”. Quando o anúncio apareceu para mim na Netflix, de cara eu
achei um máximo – uma produção mexicana protagonizada por Ludwika Paleta e
Paulina Goto, dois nomes importantíssimos na teledramaturgia mexicana em épocas
diferentes, e é incrível como a Netflix está proporcionando encontros como
esses!
Meu coraçãozinho noveleiro
agradece. O primeiro episódio de
“Madre
Sólo Hay Dos” é tudo o que eu esperava e um pouquinho mais… com carisma e
leveza, Ludwika Paleta e Paulina Goto conduzem uma trama que pode ser divertida
e emocionante ao mesmo tempo, contando uma história que tem drama, que quase me
fez chorar
já no primeiro episódio,
mas que também sabe ser leve, também sabe deixar o nosso coração quentinho… e é
tudo o que eu precisava agora.
A trama
apresenta duas mulheres que não poderiam ser mais
diferentes uma da outra – a única coisa que elas têm em comum é que
estão grávidas e prestes a dar à luz no mesmo hospital. Ludwika Paleta
interpreta Ana, uma mulher de negócios extremamente dedicada ao trabalho (ao
ponto de ser exagerada!) e cheia de pompa e de regra;
rígida demais, mas o episódio também consegue mostrar que, apesar
de toda essa fachada, ela tem um coração bom. Paulina Goto interpreta Mariana,
que, por sua vez, é uma mulher adepta de uma
vibe mais natural (como o parto na água) e que luta por seus
direitos e é um espírito mais livre e intimista. Certamente cada uma pensa em
criar sua própria filha à sua maneira, e isso daria certo se, no fim das
contas, os caminhos delas não acabassem se cruzando da maneira mais inusitada e
desesperadora possível.
Ana não quer
dar à luz em um hospital que não seja o seu hospital de gente granfina no
centro; Mariana, a princípio, nem queria precisar ir ao hospital. De todo modo,
ambas acabam dividindo um mesmo quarto, separadas por uma cortina, enquanto dão
à luz a Regina e Valentina, duas garotas muito fofas… o desentendimento entre
Ana e Mariana é
imediato; elas se
provocam no quarto, antes do parto, ou no berçário, quando ambas vão visitar
suas filhas, Ana porque quer dar umas instruções para as enfermeiras, e Mariana
porque quer que a filha fique ao seu lado, dizendo que essas primeiras horas
são muito importantes e elas precisam estar juntas. Gosto muito da dinâmica das
duas, e as atrizes entregam interpretações brilhantes que nos jogam dentro da
história – queremos acompanhá-los, queremos saber o que será da vida dessas
duas mulheres…
As duas saem
do hospital comentando com as bebês que
felizmente
nunca mais precisarão encontrar a outra – até que elas tenham uma surpresa quatro
meses depois: as meninas foram trocadas na maternidade, e agora elas precisam
devolver o bebê para a sua família biológica. E É UMA SITUAÇÃO EXTREMAMENTE
DESCONFORTÁVEL E DIFÍCIL. As garotas são novas, e certamente é melhor descobrir
isso agora do que mais tarde, mas, ao mesmo tempo, foram 4 meses e Ana e
Mariana amam as bebês que criaram como suas próprias filhas… eu sofri tanto em
toda a sequência de troca de bebês, além de imaginar como seria difícil para
Regina se acostumar com Mariana e Valentina se acostumar com Ana,
tendo em vista como elas são diferentes…
Valentina acostumada a mamar no peito, por exemplo, e Regina acostumada a
regras cronometradas.
Uma cena é
bem marcante nesse primeiro episódio, enquanto Ana olha fotos de Regina e sente
sua falta, e parece não conseguir dar a Valentina a atenção que ela merece – e,
com o marido, ela fala sobre como a situação é difícil, porque
ela não é mãe da garota que ela achou que
era mãe, e tampouco é mãe de sua filha biológica, porque mal a conhece. É extremamente
doloroso, uma situação complicadíssima, e é impossível não se colocar no lugar
dessas mulheres e se perguntar o que faríamos nessa situação – a resposta é que
não sabemos e não queremos jamais descobrir. Ana e Mariana vão ter que
encontrar uma maneira, e talvez essa maneira seja suprimir as diferenças entre
elas para que possam estar ambas perto de suas filhas biológicas e das bebês
que criaram durante 4 meses…
e é claro
que isso tem tudo para gerar uma série de cenas divertidas e emocionantes.
Gostei muito
do primeiro episódio! Gostei da premissa, das atuações, do tom da série
equilibrando diversão e emoção… tem carisma, tem futuro, e estou feliz que ela
já tenha sido renovada para uma segunda temporada!
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