¿Quién mató a Sara? 1x08 – Donde los Sueños se Hacen Realidad

Jantar em família.

Os últimos 3 minutos do episódio me levaram a alma, mas, no mais: que angústia, que nervoso. “Donde los Sueños se Hacen Realidad” é, para mim, um dos episódios mais fortes e mais difíceis de se assistir de “¿Quién mató a Sara?”, porque as cenas de homofobia asquerosa são bastante pessoais, e cada momento parecia um golpe direto no estômago… o episódio me causou desconforto e, mais do que isso, nojo; quase não pude assistir, e a única coisa que me manteve firme até o final foi esperar que Chema fizesse exatamente o que ele fez, já que Clara tinha lhe dado aquela informação no último episódio (não gosto da Clara, mas finalmente ela fez alguma coisa boa, né?). Chema tem o que deve ser o seu melhor momento na série até o momento e, possivelmente, na primeira temporada toda – e Eugenio Siller ARRASOU na interpretação de toda aquela sequência.

Começamos o episódio de volta no passado, de volta para quando Sara descobre que está grávida e conta a César Lazcano que o filho é dele – e ele, é claro, se esquiva imediatamente. César é asqueroso, nojento e criminoso em todos os sentidos em que você pode pensar: assassino, homofóbico, machista, abusador, comanda um esquema de tráfico de mulheres… não sei nem o que esperar para o final de um personagem tão perverso. Depois de ser rejeitada por César, Sara pensa em fazer um aborto, mas acaba não tendo coragem, e então ela faz a única outra coisa que pode fazer: ela conta para Rodolfo que está grávida e diz que o filho é dele. E eu preciso dizer: o Rodolfo foi muito fofo recebendo essa informação. Ele não esboça nenhuma reação diferente de felicidade – ele está feliz porque a namorada está grávida, e a beija dizendo que a ama.

E eu acreditei nele.

O episódio também traz um novo suspeito para o assassinato de Sara, e eu acho que é um nome forte que pode realmente ter sido quem a matou: Sergio. O nojento homem que mata mulheres do subsolo do cassino e matou recentemente aquela que Bruno estava tentando salvar; no passado, depois de ser rejeitada por César, Sara foi “acolhida” por Sergio, e ela acabou descobrindo as fitas do homem com as mortes e torturas das mulheres… certamente aí está um motivo pelo qual ele a mataria, e ele estava lá na casa do lago no dia da morte de Sara. No presente, Álex e Elisa também estão no rastro de Sergio, porque eles estão investigando a morte de Flor (que foi morta há 21 anos), e Elisa acaba indo até Elroy, no hospital, porque sabe que ele pode saber alguma coisa, e ele lhe dá o nome de Sergio, além de lhe dizer alguma outra coisa que não ouvimos.

Grande parte do episódio é sobre Chema e Lorenzo – e eu preciso reforçar algo que eu já disse antes: ELES SÃO MUITO LINDOS, QUE CASAL GOSTOSO! Por isso, eu fico muito triste em pensar que Clara pode separá-los, ou que a obsessão de Chema por Álex também pode fazê-lo. Eu só queria que eles fossem felizes, vencessem os homofóbicos e criassem seu filho juntos. No início do episódio, eles vão até a clínica para a inseminação artificial, e aqui temos uma cena quente que, é claro, poderia ter sido explorada em mais detalhes (!), mas que é deliciosa de qualquer maneira… Chema e Lorenzo são colocados em salas separadas para a coleta de sêmen, mas Chema se esquiva para fora de sua sala para se juntar a Lorenzo: “Se vamos ter um filho, o mínimo que podemos fazer é concebê-lo com amor”. É sério, que delícia os beijos daqueles dois, não?

Depois de iniciado todo o processo para que Chema e Lorenzo finalmente se tornem pais, Lorenzo prepara um jantar e Chema convida toda sua família para “dar a notícia”, e nós sabemos como isso pode dar errado – em vários níveis. Afinal de contas, César é um velho preconceituoso asqueroso, mas essa não é a única coisa que pode atrapalhar o jantar… Rodolfo já estava furioso com o pai por causa da questão do tráfico de mulheres, que descobriu recentemente graças a Bruno, mas agora sua cabeça está fervilhando com a informação de que Sofía, sua esposa, está grávida, e por algum motivo César ficou sabendo a respeito disso antes dele. Bêbado, ele começa a soltar umas coisas antes mesmo do jantar ser servido, e eu adorei ver o Rodolfo provocando o pai, provocando Sofía, provocando até mesmo Elisa comentando sobre “o seu novo namorado”.

Mas é mais para a frente no jantar que as coisas ficam realmente tensas.

Primeiro, aquela angústia de que falei, aquelas cenas revoltantes que me fizeram tão mal. É muito triste pensar que Chema quer estar feliz porque vai realizar um sonho e vai ser pai, mas ele não pode compartilhar essa alegria com a família, que o despreza… os comentários de César são perturbadores, e me partiu o coração ouvi-lo chamar Chema de “aberração” de forma tão brutal e tão violenta; em paralelo, Marina faz uns comentários igualmente nojentos, e eu só queria que aquilo tudo acabasse. Felizmente, Chema faz o que todos esperávamos: E EXPÕE O PAI. Quando o pai tenta lhe dar lição de moral, tenta falar de como ele ter um filho é “asqueroso” e “abominável”, e a mãe fala de “pecado”, Chema joga na cara dele que ele está transando com a sua nora, e foi incrível ver toda a m*rda indo para o ventilador… MUITO OBRIGADO POR ISSO, CHEMA!

Chema não para, e é impressionante toda a força que ele reúne de toda a dor que César lhe fez passar durante anos – como eu disse, Eugenio Siller estava impecável ao transmitir a emoção e exasperação do personagem, e Chema articula tudo de forma coerente e pontual, e é perfeito. Ele fala sobre como ele está em uma casa com amor, dormindo todas as noites com o mesmo homem, enquanto César está transando com a nora e engravidando a esposa do próprio filho: isso sim é asqueroso, isso sim é um pecado. Com raiva, César bate em Chema, mas isso só torna Chema ainda mais forte, e eu adoro vê-lo de cabeça erguida enfrentando o pai, e o clima do jantar fica cada vez mais tenso. É um máximo ver Elisa se voltar a Sofía, ver a cara de Rodolfo e de Marina… É MUITA COISA EXPLODINDO, E ERA ISSO O QUE EU QUERIA. Pela primeira vez, César está em silêncio.

Eu só quero ver esse monstro pagar por tudo. Eu preciso da catarse que esse momento proporcionará, se só essa cena (perfeita) de Chema jogando essas coisas na cara dele já proporcionou.

 

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