“Ainda bem que tudo voltou ao normal. Deus sabe até
quando”
Gosto
bastante da transição de
“A Dama dos Pés
de Cabra” para
“Aladim” – Emília,
Pedrinho e Narizinho recebem uma carta de Portugal, na qual Isabel e Argemiro
contam que tudo está bem e que tiveram uma filha à qual chamaram de “Emília”, e
a bonequinha de pano diz que um dia vai visitar sua “amadrinhada” em Portugal,
pouco antes de ver uma novidade do lado de fora do celeiro:
um tapete voador cruzando o céu. Assim,
uma nova aventura se inicia no
“Sítio do
Picapau Amarelo”, com a chegada de um personagem saído diretamente das
páginas das
“Mil e Uma Noites”.
“Aladim” tem um tom interessante que se
assemelha a algumas das histórias da primeira temporada do programa, quando
personagens fantásticos vinham visitar o Sítio de Dona Benta e Emília acaba se
metendo nas histórias deles… ao ver o tapete voador, ela corre para contar às crianças.
Mas ninguém acredita nela.
Acho
impressionante o ceticismo que move os personagens no
“Sítio do Picapau Amarelo”, mesmo depois de tudo o que eles já
viram por lá! Emília está certa do que viu, e Narizinho conversa com a vovó
sobre como
ela não para de falar sobre
isso, então Dona Benta acaba comentando a respeito dos seus próprios dias
“com tapetes voadores”, quando era uma garota e lia
“As Mil e Uma Noites”. Então, Narizinho pede que Dona Benta conte
umas histórias para eles, e corre para chamar a Emília, o Pedrinho e o
Visconde… temos, aqui, uma daquelas partes que eu adoro no
“Sítio do Picapau Amarelo”, com a Dona Benta explicando o que é
“As Mil e Uma Noites” enquanto ela e as
crianças procuram pelo livro na biblioteca… Emília não se mostra muito interessada,
porque ela diz que o que lhe interessa mesmo é ir atrás daquele tapete voador.
Dona Benta
decide começar a contar suas histórias, então, pela história do Aladim – quando
ela encontra o livro nas prateleiras, no entanto, ela percebe que
as páginas da história do Aladim estão todas
em branco – “A história fugiu do livro!” Das ilustrações, o personagem do
Aladim também desapareceu, e toda essa trama me lembra muito
“Reinações de Narizinho”, com o Pequeno
Polegar escapando da Dona Carochinha! Enquanto pensa no que pode ter
acontecido, Dona Benta aproveita para apresentar os personagens que continuam
nas ilustrações, como a Princesa Armina ou o seu pai, o Sultão Albadra. Agora,
no entanto, Emília está pensando em outra coisa:
se o Aladim fugiu das páginas da sua história, então só pode ter sido
ele que ela viu passando de tapete voador! E ele estava indo em direção ao
Arraial – que, por sua vez, acaba de receber uma Feira Árabe Itinerante.
Antes de
chegar ao Arraial, Aladim cai na mata, e se esconde do Pesadelo antes de ir
atrás da
lâmpada maravilhosa…
enquanto isso, o Mago Zazu envia uma carta para a Cuca, pedindo que ela
encontrasse um sujeito fujão que saiu de sua história:
um tal de Aladim. Conforme Zazu diz na carta, apenas o Aladim pode
abrir a porta para a “caverna dos incontáveis tesouros”, e os olhos da Cuca já
brilham:
ela vai encontrar esse tal de
Aladim, mas não para entregá-lo ao Mago Zazu… para ter o tesouro todo só para
ela. Sem saber do risco que corre, Aladim se esconde do Pesadelo e, depois,
acaba no meio da Feira no Arraial, em uma sequência que
é bem o começo de “Aladim” mesmo. Curioso e com fome, ele acaba
provando uma carambola da barraquinha do Seu Elias (justo essa!), mas como não
tem dinheiro para pagar, ele é chamado de ladrão por Margarida.
E começa um
auê aos gritos de “Pega ladrão! Pega
ladrão!”
Então,
Aladim tenta escapar, a Feira vira uma verdadeira confusão e alguém o ajuda o
tirando do meio da multidão e o beijando: a Princesa Armina! É nesse momento
que Emília e o pessoal do Sítio o veem, mas Aladim ainda está fugindo da
polícia, se escondendo em lugares nada inteligentes, como a pensão da Dona
Joaninha, e a Emília vai ter que fazer alguma coisa para defendê-lo… a polícia
o captura e o coloca na frente de Margarida e de Elias, e Emília se apresenta
como sua advogada:
“Quem tem fome tem que
comer, né? Logo, ele não tem culpa”. E, frente a essa explicação, o
delegado é obrigado a concordar, mas depende do Seu Elias prestar uma queixa
contra o Aladim ou não, e o velho interesseiro e pão-duro tenta conseguir o
tapete mágico do moço em troca de uma simples carambola que, como as crianças
dizem,
dá em todo lugar por ali!
Elias é
irredutível:
se não paga, ele vai prestar
queixas e Aladim vai para a cadeia. Como aparentemente não tem acordo,
porque o Seu Elias nunca vai mudar de opinião, Emília pede um tempo para “falar
com o seu cliente”, e então manda o Aladim fugir, encontrar o Zé Carijó e pedir
que ele o leve para o Sítio do Picapau Amarelo… seria um bom plano, mas o
Aladim acaba confundindo as coisas e cai nas garras do Pesadelo, achando que
ele é o Zé Carijó, e o Pesadelo deixa que ele acredite nisso assim que descobre
que ele é o Aladim…
afinal de contas, ele
precisa levá-lo para a Cuca Horrorosa. Emília e as crianças veem Aladim
indo embora no tapete voador, mas também veem que ele está acompanhado de
alguém que
não é o Zé Carijó…
assim, ele vai cair nas garras da jacaroa a
qualquer momento. Pesadelo cai do tapete antes de chegarem, mas o Aladim
entra na caverna da Cuca por vontade própria…
…achando que
é a entrada da caverna dos incontáveis tesouros.
O mais
curioso é que, de alguma forma, é mesmo… a Cuca encontra um alçapão que nunca
esteve ali, e ela mesma se pergunta se aquela seria a entrada para a tal
caverna dos tesouros da qual o Zazu falou e, se for, apenas o Aladim pode
abri-la –
mas como ela vai encontrar esse
tal de Aladim? Então, como se tivesse caído do céu (o que é meio verdade),
o Aladim aparece e, passado o susto inicial de ver aquela jacaroa assustadora,
ele é obrigado a fazer o que a Cuca está mandando:
abrir a porta para a caverna. Aladim a abre com facilidade, e Cuca
envia ele e Pesadelo escada abaixo, em busca dos tesouros e ELES CHEGAM MESMO
ATÉ A CAVERNA.
Afinal de contas, a
entrada na caverna dos tesouros é algo que acontece razoavelmente cedo na
história do “Aladim”. Mas, dessa vez, ele não vai entrar nessa caverna
sozinho…
e existem outras entradas.
As crianças
planejam sair novamente em busca do Aladim, mas um acidente faz com que o
Rabicó caia no poço e, enquanto tentam tirá-lo, o Pedrinho e o Zé Carijó caem
também… o mais inusitado é que nenhum deles
fica
no fundo do poço… eles começam a caminhar descobrindo passagens e túneis lá
embaixo…
túneis que os levam diretamente
até a caverna dos incontáveis tesouros também! Logo, Pedrinho, Zé Carijó,
Rabicó, Aladim e Pesadelo estão na caverna, e o Aladim fica desesperado achando
que o Rabicó é um “espírito de porco” e acaba saindo correndo… o Rabicó também
desaparece. Na caverna principal, ficam o Pesadelo, o Zé e o Pedrinho, que
encontram uma árvore cujo fruto são imensos rubis – Pedrinho reconhece porque,
segundo ele, é
igualzinho ao anel de
noivado da vovó. A caverna está cheia de pedras preciosas.
Por fim, a
primeira semana da história termina com o Aladim
encontrando a lâmpada maravilhosa por mero acaso: ele tropeça nela
e a pega… e, quando a esfrega para limpá-la, o Gênio faz sua estreia, chamando
o Aladim de mestre e lhe oferecendo três pedidos…
ele pode pedir o que ele quiser e o Gênio atenderá. O problema é
que o Aladim dessa história não é lá muito inteligente, nem tampouco tão
corajoso, então, desesperado, ele pede que o Gênio “desapareça da sua frente”
ou qualquer coisa assim, e o Gênio entende isso como o seu
primeiro pedido e some. Um verdadeiro desperdício e, assim, Aladim
já perdeu o seu primeiro desejo… vamos ver se ele consegue usar os demais
pedidos com um pouco mais de sabedoria, ou se todos serão desperdiçados desse
jeito. Talvez a Emília ainda possa ajudar o Aladim a fazer uns pedidos melhores?
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