A Dona Bentinha…
DE VOLTA AO
BRASIL!
“A Dama dos Pés de Cabra”, a
minha história favorita na quarta temporada do
“Sítio do Picapau Amarelo”, está bem dividida: são os 10 primeiros
capítulos em Portugal (nem que seja em
flashbacks,
no caso do primeiro capítulo) e os últimos 10 no Brasil. Em Portugal, as
crianças tiveram que enfrentar uma série de
armadilhas
da malvada bruxa da história para chegarem até Argemiro e libertá-lo da parede,
apenas para que, em um acidente, ele acabe enfeitiçado pela própria mãe e fuja
do castelo
com cara de burro… Emília
vai pensar em uma maneira de salvar tanto ele quanto a Isabel mais tarde, mas
agora eles precisam voltar logo para o Sítio e deixar essa bruxa para trás, e
eles podem finalmente fazer isso quando encontram Dona Benta.
O que eles não sabem é que estão dividindo o
avião com a bruxa em pessoa!
Minha
pergunta é: por que ela não voa de vassoura até o Brasil?
Ou podia
aparatar, sei lá.
De qualquer
maneira, a galerinha está de volta ao Sítio do Picapau Amarelo, e o retorno
deles é acompanhado de muita felicidade e abraços, enquanto Tia Nastácia e
Visconde contam tudo o que aconteceu por ali durante a sua ausência… na
terceira semana de
“A Dama dos Pés de
Cabra”, é impossível não ficar com a sensação de que Isabel e Argemiro
foram reduzidos a personagens secundários, enquanto outras tramas se
desenvolvem e, principalmente, a bruxa ganha o protagonismo de uma vez por
todas – as cenas da bruxa roxa de Portugal são divertidas, e a sua parceria com
a “Caca” não poderia ter sido mais engraçada! Tia Nastácia, sentindo que “algo
ruim está rondando o sítio”, vai até o Arraial dos Tucanos para pedir um
pouquinho de água benta para o padre… e nós sabemos que
isso vai ser útil – afinal de contas, a bruxa já teve medo do
crucifixo, lá em Portugal!
Também
ganhamos uma nova personagem regular – se na história passada a Dona Joaninha e
os netos do Coronel Teodorico se juntaram ao elenco fixo da temporada, nessa
história conhecemos Cecéu, a afilhada da Dona Joaninha… ela está meio perdida,
tentando chegar até a pensão da madrinha, e para no meio do caminho para pedir
informação
justamente para a bruxa.
Então, a bruxa percebe que
aquele pode
ser o seu disfarce perfeito… com um feitiço, ela troca de roupa com a
inocente garota, que fica desmaiada de susto em roupas de bruxa, enquanto a
bruxa ostenta as roupas de Cecéu, para ir até o “Sítio do ‘Papagaio’ Amarelo” –
mas isso não a protegerá de
água benta.
Quando ela bate palmas na casa do Tio Barnabé e ele acidentalmente derruba a
água benta sobre ela, a bruxa VIRA FUMAÇA E DESAPARECE, e Emília vê tudo.
E isso só
pode significar uma coisa…
“É a bruxa! Ela tá aqui!”
Emília corre
para contar para todo mundo o que viu, e eles arrumam um “kit anti-bruxa”, com
direito a crucifixo, água benta, alho… enquanto isso, a pobrezinha da Cecéu
chega até a pensão da Dona Joaninha e é tratada
como uma bruxa por causa de suas roupas – e a velha ainda a acusa
de ser quem estava mandando aquelas
assombrações
para o arraial. A Dona Joaninha é tão INJUSTA. Eu acho que a personagem era
para ser “divertida”, e eu entendo a pão-durice e tal, mas ela extrapola… a
maneira como ela trata a Cecéu é abusiva e nojenta, eu fiquei tão bravo! A
velha injusta e cruel manda o delegado levar aquela moça
presa, e a Cecéu chora desesperadamente enquanto é arrastada até a
delegacia, e toda a cidade grita coisas horríveis para ela… aquela cena foi
muito ruim de assistir, me causou uma angústia tremenda – e cabe à Dona Benta
salvá-la.
Zé Carijó vê
a moça com as roupas da bruxa e conta para todos no Sítio, e eles resolvem ir
averiguar, mas logo descobrem que
aquela
não pode ser a bruxa disfarçada – mesmo que estivesse disfarçada, ela nunca
aceitaria ser humilhada daquela maneira. Então, sensata e MARAVILHOSA, Dona
Benta se mete no meio da confusão e da multidão para impedir que essa injustiça
se prolongue. Ela intercede por Cecéu, enquanto a moça chora desesperada, e
então usa o “kit anti-bruxa” para provar que a moça é inocente…
nada daquilo a afeta, nem o crucifixo, nem a
água benta, nem o alho… o discurso de Dona Benta ARRASA, dizendo que eles
não podem simplesmente prender alguém porque uma pessoa achou que havia algo de
errado com ela… ela pede que o delegado a solte, sob sua responsabilidade.
E ainda ajuda Cecéu a provar para a Dona
Joaninha que é quem diz ser: sua afilhada.
Agora, no
entanto, a velha cruel vai tratá-la como a Gata Borralheira…
Pobre Cecéu.
Enquanto
isso, na mata, AS BRUXAS ESTÃO PRESTES A SE REUNIR. Cuca está com raiva do
Visconde por tê-la enganado em toda a história da “receita do pó de
pirlimpimpim”, e a bruxa portuguesa está com raiva da Emília por tudo o que ela
fez…
quando a bruxa esbraveja em raios e
trovões, Isabel sabe imediatamente que é ela, e a Cuca fica intrigada –
quem é que anda por essas matas? E eu estava ANSIOSO para ver a bruxa
portuguesa chegar à caverna da Cuca, e é dali que saem algumas das melhores
cenas de
“A Dama dos Pés de Cabra”. A
bruxa transforma o Pesadelo em uma miniatura, enquanto conversa com a Cuca e as
duas
começam a tomar um chazinho como se
fossem melhores amigas há anos… então, a bruxa e “Caca” (que é como ela
chama a Cuca) resolvem se juntar para dar uma lição naquela bonequinha de pano
de uma vez por todas.
Enquanto as
bruxas confabulam ou brigam – eu amei vê-las se desentendendo, também, sobre
quem tem o direito de mandar o estrupício calar a boca, ou aquele momento
HILÁRIO em que a bruxa portuguesa diz que é má e se corrige:
“Aliás, eu sou má, perversa e ruim!”, o
que deixa a Cuca furiosa –, o Saci corre para contar para o pessoal do Sítio o
que viu na caverna da prima:
a Cuca
tomando chá animada com uma moça. Bem, e como a Cuca nunca trata ninguém
bem, então aquela “moça” só pode ser uma pessoa: A BRUXA DE PORTUGAL.
Agora, eles precisam encontrar uma maneira
de se livrar das duas bruxas ao mesmo tempo… mas como? Emília tem uma
ideia: colocar a Iara contra elas. Emília manda o Saci lhe dizer que “chegou
uma bruxa
bonitona na mata” e que a
Cuca roubou uma escama de sua cauda para fazer um feitiço para deixá-la feia.
Vaidosa e
inocente, como sempre, a Iara cai.
E está furiosa.
Enquanto
isso, a bruxa só se preocupa em conseguir o seu filho de volta, e ela até
invade o Sítio do Picapau Amarelo e enfeitiça o Zé para que ele traga o
Argemiro, mas a Emília vê que ele está “popotizado” e acaba conseguindo
salvá-lo – o que só deixa
a bruxa ainda
mais brava. Então, ela resolve se vingar e lança um feitiço contra a Dona
Benta: ELA VAI REGREDIR, ATÉ VIRAR SEMENTINHA E, EVENTUALMENTE, DESAPARECER.
Agora, Dona Benta é uma criança de aproximadamente uns cinco anos, pedindo doce
e cocada para o almoço, antes de virar um bebê chorão que não deixa ninguém em
paz (o Visconde com o chocalho e as crianças tapando os ouvidos!) e,
eventualmente, uma semente…
uma semente
que está diminuindo de tamanho rapidamente e vai sumir, a não ser que eles
façam algo. Então, cabe à Emília ter uma ideia genial…
Emília
decide
plantar a Dona Benta e fazer
crescer uma “Benteira”. A cena do Zé plantando a Dona Benta consegue ser
incrivelmente bonita – ela é melancólica, triste e emocionante, enquanto as
crianças esperam que funcione, mas não têm certeza de que vai funcionar…
eles estão preocupados, Narizinho até derruba
umas lágrimas. Mas o Rabicó traz o regador para regar a “Benteira”, e então
a plantinha brota e dá frutos: a Dona Benta como a conhecemos, a vovó que
amamos. É uma cena bem legal! Enquanto isso, Isabel se sente mal e culpada por
tudo o que está acontecendo e toma uma decisão: se é ela que a bruxa quer,
então ela vai se entregar e acabar logo com isso – sua presença no Sítio já
trouxe muitos problemas. Então, Isabel pega Argemiro, o seu namorado em forma
de burro, e parte para a mata, atrás da bruxa…
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