O anel do poder…
A conclusão
da minha história favorita na quarta temporada.
“A Dama dos Pés de Cabra” é uma história com um visual incrível,
com bom encaminhamento da trama, e que sabe a hora de terminar. 20 episódios
muito bem conduzidos que nos empolgam, nos divertem e nos intrigam, até o
momento em que Isabel e Argemiro podem voltar para Portugal e viver
o seu grande amor. Nas últimas semanas,
Antera, a bruxa portuguesa, está tentando resgatar o seu filho e se vingar da
“bonequinha de trapo” que o está ajudando, além de todo o pessoal do
“Sítio do Picapau Amarelo”, como a
“velhota” Dona Benta, que já a atacou duas vezes com um crucifixo quando eles
ainda estavam em Portugal…
então, Antera
tenta fazer a Dona Benta regredir até desaparecer com um feitiço, mas
Emília novamente atrapalha os seus planos e salva a Dona Benta.
Agora,
Antera está FURIOSA. Com raiva, ela lança raios, relâmpagos e trovões que
atingem toda a região, e o pessoal acha estranha toda essa ventania e todos
esses raios e trovões
sendo que o céu
continua azul. Até o Pesadelo fica com medo! Quando os trovões finalmente
cessam, Emília resolve ir atrás de Isabel, porque ela não pode permitir que a
princesa se entregue para a bruxa, como ela planeja fazer… enquanto isso,
Antera é desafiada por Iara, na caverna da Cuca, e quando a própria Cuca
desperta, tudo vira uma tremenda confusão e a história toma novos rumos – novos
rumos em que Antera já não é mais
a mais
poderosa de todas, e em que o foco acaba sendo transferido, de certa
maneira, para O ANEL DO PODER, cobiçado por todos, por motivos diferentes: Cuca
pelo poder, Iara pela beleza, Emília para desfazer as maldições e a Dona
Joaninha pela juventude…
Cuca e
Antera se enfrentam na caverna da jacaroa, e quando Antera tenta usar o seu
anel do poder para
queimar a jacaroa viva,
Cuca se defende com uma mordida e
arranca
a mão da bruxa fora – a mão da bruxa, com anel e tudo, foge pelo capoeirão
no melhor estilo
“A Família Addams”.
Sem o anel, agora, Antera não é nada, e a qualquer momento vai voltar a ser uma
velha caquética, tendo em vista que
ela
tem dois mil anos de idade… agora, na reta final, a história da
“Dama dos Pés de Cabra” se torna uma
caçada pelo anel do poder, um anel que há muito tempo Antera roubou do Velho
Querelas.
“Maldita Caca! Maldita Iara! Eu
preciso recuperar o anel do poder”. A bruxa usa um restinho de poder que
ainda tem para “fazer uma nova mão para ela” (mas acaba com uma garra de
gavião), e parte para o Arraial atrás da sua mãozinha…
A mãozinha
entra e se esconde
na Pensão Pão Doce
e então Antera vai atrás dela… sinceramente, eu tenho uma dificuldade tremenda
para gostar da personagem da Dona Joaninha, assim como do Coronel Teodorico –
acho os dois insuportáveis, com “valores” extremamente duvidosos –
na verdade, nenhum dos dois tem caráter
nenhum. Nos lembramos como Joaninha hostilizou a Cecéu, a chamou de bruxa e
mandou o delegado prendê-la
só por causa
das roupas que ela estava usando, e agora que a bruxa de verdade aparece,
com aquelas mesmas roupas, ela não faz nada…
mas sabe por quê? Porque ela oferece pagar a estadia na pensão com
moedas de ouro, e então a velha mau-caráter a aceita de braços abertos… ela
até chega a dizer algo sobre como hospedaria até o demônio, pagando bem.
Percebem como ela não presta?
Emília
também quer o anel do poder, porque sabe que com ele pode desfazer as maldições
da bruxa, mas enquanto ela não os consegue (seu plano é usar a Iara), ela chama
o Dr. Caramujo na esperança de que eles possam resolver o problema dos pés de
Isabel e do rosto de Argemiro. Mas contra maldição de bruxa nem mesmo a
medicina milagrosa do Dr. Caramujo pode. Ele diz que vai fazer uma cirurgia
plástica neles, mas
as coisas só pioram.
Foi bem tristinho, na verdade, porque a Isabel se permitiu ter esperanças, e
então ver isso ser frustrado brutalmente é um tanto quanto cruel, a meu ver.
Mas a primeira tentativa do Dr. Caramujo deixa a Isabel com pés de coelho, e o
Argemiro fica combinando com ela,
com
cabeça de coelho. Uma segunda cirurgia devolve a cabeça de burro para o
Argemiro, mas deixa Isabel
com pés de
pato… um desastre.
Enquanto
isso, o plano de Emília leva Iara atrás da Cuca para se juntarem e conseguirem
o anel – o plano da Emília é que, de algum modo, Antera seja destruída,
esperando que todos os seus feitiços sejam desfeitos quando isso acontecer.
Assim, Iara, Cuca e Pesadelo vão para o Arraial dos Tucanos fantasiados de
gente, em busca da mãozinha com o anel do poder, e acabam
chegando tarde demais… eles capturam Antera e a levam de volta para
a caverna da Cuca, dessa vez como
prisioneira,
mas o anel não está com ela – o anel ficou na pensão e é encontrado justamente
pela Dona Joaninha que, ao colocá-lo, fica jovem e bonita.
Então, ela pode finalmente realizar o seu sonho de se casar com o
Coronel Teodorico, porque o Coronel é um irritante velho babão (sério, isso
era nojento), que fica se assanhando para qualquer moça bonita e jovem que
aparece na cidade…
Então, ele a pede em casamento.
Nem sentido
faz, mas enfim…
Sinceramente,
se não fosse porque precisamos do anel para salvar a Isabel e o Argemiro, eu
teria deixado o Coronel se casar, ele merecia…
“O Fuxico e a Fuxiqueira. Até que combinam”. Mas Emília ajuda a
desmascarar a Dona Joaninha… todo mundo acha estranha aquela história de
casamento do Coronel Teodorico de uma hora para outra, e a Dona Benta comenta
sobre como a noiva é parecida com a Dona Joaninha quando moça, e quando o Saci
conta da mão com o anel do poder, eles acabam juntando todas as informações e
percebendo que
a noiva do coronel só pode
ser a própria Dona Joaninha, usando o anel do poder. Por isso, eles fazem
questão de ir ao casamento. Emília interrompe a cerimônia bem na hora do
“fale agora ou cale-se para sempre”, e
arranca da mão da Dona Joaninha o anel, fazendo ela voltar ao normal… e o
coronel a chama de “mentirosa e impostora”.
Sério, não
gosto do Coronel Teodorico… é um personagem cheio de defeitos.
Mas amo
você, Ary Fontoura! Fica bravo, não!
Com o anel
em seu poder, Emília provoca Iara, Cuca e Antera, para que elas brigam, e então
joga o anel para cima em direção ao riacho… na confusão, Antera empurra a Cuca
e Iara transforma a Antera em pedra… quando Iara a empurra para dentro do lago
para ir buscar o anel, Antera acaba
desaparecendo
por causa do contato com a água, e com a bruxa sendo derrotada, as coisas
acontecem exatamente como Emília previra:
as
maldições são desfeitas. Isabel e Argemiro voltam para Portugal, ele com o
rosto de volta e ela com pés de gente, A MALDIÇÃO FINALMENTE CHEGOU AO FIM e a
bonequinha cumpriu o que prometera:
mudou
o final da história da Dama dos Pés de Cabra. Agora, Argemiro e Isabel
estão livres para viver o seu amor em Portugal, e o anel do poder foi
encontrado pelo Velho Querelas –
a quem o
anel sempre pertencera, de todo o modo.
A história
ainda conta com um
epílogo bem
bonitinho que (eu estava bem emotivo nos dias em que assisti novamente a essa
história) quase me fez chorar… alguns meses depois, vemos Argemiro e Isabel em
Portugal, bem e felizes e, mais do que isso, ESPERANDO UM BEBÊ.
A cena é muito bonita, e eles conversam
sobre os nomes que vão dar para a criança… Isabel diz que, se for um menino, o
bebê vai se chamar Argemiro, como o pai. Argemiro, então, pergunta se, se for
menina, ela vai se chamar Isabel, como a mãe, mas ela diz que não:
“Vai ser Emília… como a bonequinha de trapo,
nossa amiga”. UM FINAL TÃO FOFINHO PARA UMA HISTÓRIA TÃO LINDA! Toda vez
que penso na temporada de 2004 do
“Sítio
do Picapau Amarelo”, penso em
“A Dama
dos Pés de Cabra”, e desde que comecei a reassistir, estava esperando pelo
momento de revê-la e comentá-la…
Agora, vamos
para “Aladim”!
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