“Guys… where are we?”
Deixando
Jack Shephard em segundo plano, a segunda parte de
“Pilot” é ainda melhor do que a primeira, e com um gancho, na minha
opinião, ainda mais interessante – é muito gostoso estar de volta ao universo
de
“Lost” e cada minuto de episódio
me lembrar
o porquê de eu amar tanto essa
série. Nesse segundo episódio, a série consegue nos mostrar um pouquinho de
vários personagens, dando dicas do que veremos nos próximos
flashbacks, e já nos colocando em busca
de respostas… vemos um segredo recente de Kate, por exemplo, mas não sabemos o
que a colocou naquela situação no avião, e essa é uma pergunta que queremos ver
em breve, por exemplo. Em paralelo, também acompanhamos um pouco dos
sobreviventes na ilha enquanto
o resgate
não aparece, e eles começam a se dar conta de que talvez
eles fiquem ali mais tempo do que gostariam.
Há simplesmente
TANTO a se explorar em
“Pilot: Part 2”
que eu sinto que poderia ficar horas falando sobre isso… sobre Jin e Sun, por
exemplo, e aquela relação esquisita que ainda queremos entender melhor; sobre
Claire e o bebê que não mexia desde o dia anterior, mas que felizmente volta a
mexer quando ela come a comida preparada e oferecida por Jin; sobre Walt
procurando por Vincent, enquanto seu pai parece
não ter a mínima ideia de como lidar com ele; sobre Locke, ainda
muito misterioso e quieto, mas já começando a dar sinais do que se tornará
adiante na série, com destaque à sua breve explicação sobre o gamão; sobre a
relação entre os irmãos Shannon e Boone, o que acaba
empurrando Shannon junto em uma missão importante do episódio;
enfim, são tantos personagens com tantas histórias incríveis para contar, e é
isso que faz
“Lost” o que é.
Assim como
na estreia da série, ainda temos
pouco
flashback nesse episódio, e são apenas dois novos pontos de vista da queda
do avião. Primeiro, vemos Charlie naquele momento em que ele passa por Jack e
Rose no avião, indo para o banheiro, e descobrimos
o seu vício em drogas, algo que o motivou a se juntar a Kate e
Jack, no episódio passado, na “excursão” até a parte da frente do avião, mas
embora ele tenha conseguido suas drogas de volta, ele não fala com ninguém
sobre isso. Depois, o segundo
flashback
aparece para responder a um mistério recorrente do episódio:
quem é o prisioneiro? Já no início do
episódio, Walt encontra algemas no chão, o que quer dizer que
alguém estava algemado no voo, e Sawyer
está com uma arma que ele supostamente tirou
de um oficial da justiça… as desconfianças são muitas, até que o
flashback nos diga quem usava as
algemas: Kate.
Amo que o
episódio joga isso e não explica mais nada. Eles são ótimos no suspense!
É
interessante, também, como isso, de alguma maneira, se junta à história
paralela de Jack, que continua cuidando de alguém na praia. Jack e Hurley
interagem bastante nesse episódio (e é impossível não gostar do Hurley desde as
suas primeiras cenas, porque ele é carismático, fofo e extremamente engraçado,
mesmo quando está passando mal sobre o corpo ensanguentado que o Jack está
tentando salvar), e meio que sentimos o Hurley tentando se encaixar… quando ele
é chamado de “gordo” pelo Sawyer, por exemplo, ele acaba, de certa maneira,
criando um vínculo com Sayid, que também estava tendo problemas com o Sawyer, e
eu gosto de ver o Hurley criando esses laços – mal posso esperar para ver o
episódio focado nele! No fim do episódio, depois do
flashback de Kate, finalmente descobrimos quem é que Jack está
tentando salvar:
o policial que a prendia.
Eita.
Um embate
interessante do episódio é o de Sawyer e Sayid. Os dois são vistos em uma briga
acalorada na praia depois de Sawyer ter acusado Sayid de ser um terrorista e,
portanto, o responsável pela queda do avião; mais tarde, Sayid o acusa de ser o
prisioneiro que estava sendo transportado, já que ele está portando a arma que
era do policial. Os dois acabam juntos, no entanto, em uma missão rumo a um
lugar mais alto da ilha onde talvez eles consigam sinal para o transmissor que
Jack, Kate e Charlie trouxeram da cabine do piloto no episódio anterior – gosto
de ver o Sayid sendo quem toma a frente para consertar o transmissor, e gosto
de ver vários personagens assumindo uma posição de protagonismo, o que é muito
importante para a dinâmica de
“Lost”:
como eu sempre falo, a história principal de
“Lost” é sobre esses sobreviventes.
A expedição
do episódio, então, traz Sayid, Sawyer, Kate, Shannon e Boone, e certamente já
levanta algumas novas perguntas, como quando eles são atacados
por um urso polar. Inicialmente, eles
pensam que é a mesma coisa que estava na floresta na noite anterior ou que
atacou o piloto, mas acho que é ainda mais
intrigante
que seja um urso polar – tudo bem, Sawyer revela que está em posse da arma do
policial e consegue
matar o animal,
mas o que um urso polar estava fazendo ali,
no meio da floresta em uma ilha tropical? E EU ADORO ESSE MISTÉRIO, QUE VAI
DEMORAR MUITO A SER EXPLICADO. Por fim, o grupo
finalmente consegue um pouco de sinal para fazer o transmissor
funcionar, mas veem que já existe uma mensagem sendo transmitida… uma mensagem
em francês, de uma mulher sozinha na ilha pedindo socorro… uma mensagem que, se
Sayid estiver correto,
está sendo
transmitida há 16 anos.
Eu adoro ver
o desespero e a confusão tomando conta de cada rosto no fim desse episódio.
Agora, “Lost” começou de vez. QUE SÉRIE, MEUS
AMIGOS!
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