“Please, tell me what’s the exact level of gay I
should be. What is the perfect level of gay that will keep everyone happy?
Because apparently, I’m too gay for the locker room, but I’m not gay enough for
Benji and his friends. So… where do I belong?”
Esse
episódio traz uma das partes do trailer que mais me chamou a atenção antes do
início da temporada: quando Victor se questiona “quão gay ele tem que ser para
agradar todo mundo”. Nós sabemos que a resposta para isso é simples:
Victor tem que ser exatamente quão gay ele
quiser ser, e ele não precisa agradar ninguém! Mas eu gosto da discussão
levantada pelo episódio, gosto de como as pessoas conseguem se relacionar com
essa história, e é triste ver o Victor sentindo-se tão deslocado, porque,
aparentemente, ele é “gay demais” para o vestiário do time de basquete, mas ele
não é “gay o suficiente” para o Benji e os amigos de banda dele… temos um
episódio novamente centrado na realidade, depois do divertido
“Sex Cabin”, e novamente
“Love, Victor” conduz sua história com
maestria, e não apenas na narrativa centrada em Victor…
Estou
sofrendo bastante com toda a história da mãe de Felix, por exemplo, e esse
episódio foi pesado de se assistir. Felix e Lake estão
maravilhosos fazendo tarefas na casa dela quando a mãe de Lake pede
que Felix saia porque
ela precisa dormir
8 horas, e ele convida Lake para ir à casa dele, diz que a mãe está tomando
um novo remédio, que as coisas estão indo bem e que ele acha que é hora de elas
se conhecerem… foi tudo tão intenso e tão sofrido, porque Felix queria tanto
que aquilo desse certo, e por um momento parecia
realmente que estava dando, mas a situação escala, no fim a mãe
dele está querendo que a Lake leve os pratos deles para casa, tem um pequeno
surto, e é desesperador para todos: para a mãe de Felix, para o próprio Felix,
desesperado e desiludido, para Lake, que não sabe como reagir…
é profundamente triste, e vamos ver como a
série vai abordar mais disso, mas eu não queria que o Felix sofresse.
Amo a Lake
se envolvendo, fazendo pesquisas…
Outra trama
que caminha brevemente é a de Mia. Quando Benji convida os amigos para um show
de sua banda onde eles vão mostrar umas músicas novas ou qualquer coisa assim,
Mia acaba ficando sozinha com Lucy, a nova namorada de Andrew, quando tanto o
Andrew quanto o Victor vão embora, e as duas têm uma conversa sincera bem
interessante. Lucy comenta que viu Mia e Andrew conversando na casa da família
de Benji, no fim de semana, e pergunta se eles já tiveram alguma coisa, mas ela
deixa claro que não se importa com isso – a única coisa que ela se pergunta,
agora, é por que ela não sente nada em relação a isso, nem uma pitada de ciúme…
e ela nem achou que ela e Andrew fossem acabar namorando, de qualquer maneira.
Lucy acaba terminando com Andrew, e ele vai rapidamente falar com Mia, e eles
acabam se beijando…
será que tudo está
suficientemente resolvido para que eles se entreguem um ao outro assim, tão
rapidamente?
Veremos.
Gostei
bastante do episódio no que diz respeito a Isabel e Armando, especialmente
porque a trama não ficou apenas naquela coisa de eles “terem transado no último
fim de semana”, mas demonstrou também muita maturidade… Armando está
frequentando as reuniões da PFLAG e está disposto a mudar porque ama e aceita
seu filho como ele é, e eu adoro como ele conversa com Isabel e fala sobre
isso, como constantemente a convida para ir aos encontros com ele, como diz que
ele está mudando e que se ela não está disposta a mudar com ele, ele não vê um
futuro para eles. MEU DEUS, ARMANDO É MUITO SENSACIONAL! Em paralelo, Isabel
procura o padre para conversar sobre o Victor, sobre o Armando, e ela se depara
com um padre
preconceituoso que é
asqueroso de se ouvir, mas talvez fosse justamente o que Isabel precisasse
ouvir para perceber que ela não necessariamente pensa do mesmo modo… que Victor
é seu filho, que ela o ama e que esse é quem ele é, não tem como Deus não
amá-lo só porque ele é gay!
Acho que
agora Isabel começa a amadurecer.
Por fim,
temos que falar sobre Victor, e eu senti a dor dele, de verdade! Andrew passa o
episódio todo tentando convencê-lo a voltar para o time, mas ele sabe que na
verdade é só porque ele é um grande jogador e eles precisam dele… Benji, por
sua vez, parece quase
feliz que ele
tenha saído do time de basquete, como se isso fosse realmente algo em que
Victor só entrou por causa do pai, mas Victor não tem razão de que é assim que
ele se sente em relação ao basquete… para piorar toda a situação, Victor é
convidado para esse show do Benji e quando o namorado o apresenta para os
amigos, eles têm alguns comentários bem descabidos que eles parecem acreditar
serem “piadas”, mas que são bastante insensíveis, chamando o Victor de “típico
atleta” e “fantasia hetero do Benji”, e tudo aquilo é constrangedor e eu não
culpo o Victor por se sentir mal.
Eventualmente,
parece que as coisas se acertam, felizmente. Andrew tem uma conversa com o time
(depois de uma conversa bem bacana com Victor na qual Victor coloca tudo o que
sente para fora!), e seja pelos motivos que forem – nós sabemos que a maior
parte dessa “aceitação” do time ao Victor é porque eles precisam dele como
jogador –, Victor está de volta ao time, com cabelo rosa e “apoiado” pelos
colegas. Eu acho que Andrew realmente o apoia, e acho que alguns outros caras
dali também, e outros que o “aceitaram” no time porque precisam dele podem ter
seus preconceitos desconstruídos também, esperamos por isso… Wyatt, por
exemplo, é alguém que não pretende mudar, então ele é retirado do time. E
Victor parece estar feliz em estar de volta ao time, e Benji também entende que
se isso é algo que Victor quer fazer e algo que lhe faz bem, então ele é “um
namorado do time de basquete”, com direito a dancinha
“Go Grizzlies!” e tudo!
No fim,
Benji foi fofo e Victor se sentiu amado…
Mas chegamos à metade da temporada. Medo do
que vem pela frente!
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