Love, Victor 2x05 – Gay Gay


“Please, tell me what’s the exact level of gay I should be. What is the perfect level of gay that will keep everyone happy? Because apparently, I’m too gay for the locker room, but I’m not gay enough for Benji and his friends. So… where do I belong?”

 

Esse episódio traz uma das partes do trailer que mais me chamou a atenção antes do início da temporada: quando Victor se questiona “quão gay ele tem que ser para agradar todo mundo”. Nós sabemos que a resposta para isso é simples: Victor tem que ser exatamente quão gay ele quiser ser, e ele não precisa agradar ninguém! Mas eu gosto da discussão levantada pelo episódio, gosto de como as pessoas conseguem se relacionar com essa história, e é triste ver o Victor sentindo-se tão deslocado, porque, aparentemente, ele é “gay demais” para o vestiário do time de basquete, mas ele não é “gay o suficiente” para o Benji e os amigos de banda dele… temos um episódio novamente centrado na realidade, depois do divertido “Sex Cabin”, e novamente “Love, Victor” conduz sua história com maestria, e não apenas na narrativa centrada em Victor…

Estou sofrendo bastante com toda a história da mãe de Felix, por exemplo, e esse episódio foi pesado de se assistir. Felix e Lake estão maravilhosos fazendo tarefas na casa dela quando a mãe de Lake pede que Felix saia porque ela precisa dormir 8 horas, e ele convida Lake para ir à casa dele, diz que a mãe está tomando um novo remédio, que as coisas estão indo bem e que ele acha que é hora de elas se conhecerem… foi tudo tão intenso e tão sofrido, porque Felix queria tanto que aquilo desse certo, e por um momento parecia realmente que estava dando, mas a situação escala, no fim a mãe dele está querendo que a Lake leve os pratos deles para casa, tem um pequeno surto, e é desesperador para todos: para a mãe de Felix, para o próprio Felix, desesperado e desiludido, para Lake, que não sabe como reagir… é profundamente triste, e vamos ver como a série vai abordar mais disso, mas eu não queria que o Felix sofresse.

Amo a Lake se envolvendo, fazendo pesquisas…

Outra trama que caminha brevemente é a de Mia. Quando Benji convida os amigos para um show de sua banda onde eles vão mostrar umas músicas novas ou qualquer coisa assim, Mia acaba ficando sozinha com Lucy, a nova namorada de Andrew, quando tanto o Andrew quanto o Victor vão embora, e as duas têm uma conversa sincera bem interessante. Lucy comenta que viu Mia e Andrew conversando na casa da família de Benji, no fim de semana, e pergunta se eles já tiveram alguma coisa, mas ela deixa claro que não se importa com isso – a única coisa que ela se pergunta, agora, é por que ela não sente nada em relação a isso, nem uma pitada de ciúme… e ela nem achou que ela e Andrew fossem acabar namorando, de qualquer maneira. Lucy acaba terminando com Andrew, e ele vai rapidamente falar com Mia, e eles acabam se beijando… será que tudo está suficientemente resolvido para que eles se entreguem um ao outro assim, tão rapidamente?

Veremos.

Gostei bastante do episódio no que diz respeito a Isabel e Armando, especialmente porque a trama não ficou apenas naquela coisa de eles “terem transado no último fim de semana”, mas demonstrou também muita maturidade… Armando está frequentando as reuniões da PFLAG e está disposto a mudar porque ama e aceita seu filho como ele é, e eu adoro como ele conversa com Isabel e fala sobre isso, como constantemente a convida para ir aos encontros com ele, como diz que ele está mudando e que se ela não está disposta a mudar com ele, ele não vê um futuro para eles. MEU DEUS, ARMANDO É MUITO SENSACIONAL! Em paralelo, Isabel procura o padre para conversar sobre o Victor, sobre o Armando, e ela se depara com um padre preconceituoso que é asqueroso de se ouvir, mas talvez fosse justamente o que Isabel precisasse ouvir para perceber que ela não necessariamente pensa do mesmo modo… que Victor é seu filho, que ela o ama e que esse é quem ele é, não tem como Deus não amá-lo só porque ele é gay!

Acho que agora Isabel começa a amadurecer.

Por fim, temos que falar sobre Victor, e eu senti a dor dele, de verdade! Andrew passa o episódio todo tentando convencê-lo a voltar para o time, mas ele sabe que na verdade é só porque ele é um grande jogador e eles precisam dele… Benji, por sua vez, parece quase feliz que ele tenha saído do time de basquete, como se isso fosse realmente algo em que Victor só entrou por causa do pai, mas Victor não tem razão de que é assim que ele se sente em relação ao basquete… para piorar toda a situação, Victor é convidado para esse show do Benji e quando o namorado o apresenta para os amigos, eles têm alguns comentários bem descabidos que eles parecem acreditar serem “piadas”, mas que são bastante insensíveis, chamando o Victor de “típico atleta” e “fantasia hetero do Benji”, e tudo aquilo é constrangedor e eu não culpo o Victor por se sentir mal.

Eventualmente, parece que as coisas se acertam, felizmente. Andrew tem uma conversa com o time (depois de uma conversa bem bacana com Victor na qual Victor coloca tudo o que sente para fora!), e seja pelos motivos que forem – nós sabemos que a maior parte dessa “aceitação” do time ao Victor é porque eles precisam dele como jogador –, Victor está de volta ao time, com cabelo rosa e “apoiado” pelos colegas. Eu acho que Andrew realmente o apoia, e acho que alguns outros caras dali também, e outros que o “aceitaram” no time porque precisam dele podem ter seus preconceitos desconstruídos também, esperamos por isso… Wyatt, por exemplo, é alguém que não pretende mudar, então ele é retirado do time. E Victor parece estar feliz em estar de volta ao time, e Benji também entende que se isso é algo que Victor quer fazer e algo que lhe faz bem, então ele é “um namorado do time de basquete”, com direito a dancinha “Go Grizzlies!” e tudo!

No fim, Benji foi fofo e Victor se sentiu amado…

Mas chegamos à metade da temporada. Medo do que vem pela frente!

 

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