Cal no melhor estilo “Dark”.
Terminamos a
terceira temporada de
“Manifest” sem
saber muito sobre o futuro da série – e se uma quarta temporada estiver a
caminho, o que podemos esperar dela? A terceira temporada da série mudou um
pouco o rumo da narrativa, introduzindo temas bem místicos e religiosos à
trama, deixando de lado, finalmente, os famosos “casos semanais”, mas talvez
esperávamos que isso significasse um desenvolvimento maior à trama, e não foi
exatamente o que aconteceu, porque continuamos sem muitas informações e, pior,
sem muito material para
fazer teorias.
Eu não me importo com a ausência de respostas, e eu adoro
“Lost” até hoje pela maneira como ela nos permitia
teorizar a cada semana, mas
“Manifest” não nos entrega muita coisa
suficientemente concreta para isso, e eu prefiro não me empolgar muito com as
cenas finais desse episódio…
Podem não significar muita coisa no retorno
da série.
Parte do
episódio é sobre salvar Cal que, depois de ter ido escondido e sozinho para a
Eureka e de não conseguir impedir que os experimentos continuassem, tocou a
cauda do avião e
desapareceu. Não é a
primeira vez que a ação final da temporada tem a ver com
salvar a vida de Cal, mas o movimento que isso faz com os
personagens acaba entregando um bom episódio. Vemos a Dra. Gupta parecendo
humana pela primeira vez e falando sobre
a morte de sua avó, vemos o Vance se dispondo a ajudar Ben, mesmo que isso seja
contra as ordens que ele está respondendo, e vemos Grace e Olive trabalhando
juntas, e isso é sensacional – fico muito orgulhoso do personagem que Olive se
tornou durante essa temporada. O grupo precisa desvendar um quebra-cabeças para
descobrir
onde a cauda do avião deve ser
devolvido no oceano, e Ben e Saanvi precisam fazer isso.
Em paralelo,
o filho de Vance acaba correndo perigo quando Eagan e outros passageiros que
foram presos recentemente vão atrás dele, e essa até seria uma trama
interessante paralela à de Ben tentando salvar seu próprio filho, mas é
deprimente como
“Manifest” tenta
transformar isso tudo em “uma história de Michaela e Jared”. Eu realmente não
sei o que os fãs em geral pensam em relação a esse “casal”, mas eu,
particularmente,
acho essa história
insuportável – eu acho que o personagem de Jared já está expirado, e ele
estava bastante
chato durante esse
Season Finale, fazendo cobranças,
dizendo que está cansado e, pior, falando a Michaela sobre como “o Zeke devia
estar morto, e foi só porque acreditava que ele morreria naquele dia que
conseguiu ficar assistindo enquanto ele se casava com o amor da sua vida”.
Impossível não revirar os olhos, que cara
chato, que história chata.
Mil vezes o
Zeke. Mas ele também merece uma trama independente!
Com o Cal
ainda desaparecido, Ben e Saanvi tomam a iniciativa para devolver a cauda do
avião ao fundo do mar – mais ou menos como Saanvi fez sozinha ao colocar o
pedaço da Arca de Noé na rachadura do chão. É claro que Ben acredita que isso
vai imediatamente trazer o Cal de volta, e é claro que eles enfrentam várias
dificuldades para conseguirem cumprir a missão, mas quando parece que o barco
vai dar meia-volta e eles não vão devolver a cauda do avião ao mar, Saanvi toma
a iniciativa e por mais que isso quase custe a sua vida, ela consegue cortar o
que prende a cauda do avião, cumprindo, enfim, a missão que os Callings
mandaram… isso, infelizmente, não traz o Cal de volta, mas quando Ben tem um
novo Calling, de volta ao avião onde tudo começou, Saanvi está com ele dessa
vez – o que quer dizer que, de certa maneira, ela está redimida.
Feliz por Saanvi voltar a ter Callings!
O Calling
final da temporada, no entanto, é desesperador… vemos Ben, Saanvi e Michaela no
avião, e eles encontram um livro religioso ensanguentado na poltrona que fora
ocupada por Angelina – na “vida real”, ela está agindo loucamente
e é desesperador. Há muito tempo que
sabemos que Angelina não presta e que ela traria algum tipo de desgraça à
família Stone ou até mesmo a todos os passageiros do voo 828, mas ainda assim é
revoltante vê-la em ação – e eu não sei qual era a proposta da personagem, na
verdade, porque ela acaba parecendo uma personagem bastante forçada e sem carisma,
o que é um perigo para alguém tão
chato
como a Angelina. É diferente do Eagan, por exemplo, que também é um personagem
chato, que também tem várias atitudes extremamente questionáveis e erradas, mas
que tem certo apelo com o público.
De todo
modo, Angelina invade a casa dos Stone para sequestrar Eden, seu “anjo da
guarda”, e é desesperador. Eu já estava angustiado com as falas de Angelina,
com aqueles “rituais” dela e com o fato de ela estar correndo embora com a Eden
nos braços, mas é ainda mais desesperador quando descobrimos
o que ela fez para conseguir sequestrar
a bebê:
ela deu uma facada em Grace.
Eu não acredito que a Grace vai morrer por causa da filha da p*ta da Angelina!
E então, no melhor estilo
“Dark”,
temos uma pequena surpresa no fim do episódio: Cal reaparece para segurar a mãe
à beira da morte em seus braços e para dizer que “sabe o que eles têm que fazer
agora”, mas não é qualquer Cal, não é o Cal que acabou de desaparecer…
é um Cal alguns anos mais velhos.
Respostas? Talvez na próxima temporada. Se essa cena nos lembra
“Dark”, temos uma no melhor estilo
“Lost”, com o piloto desaparecido na
primeira temporada reaparecendo brevemente…
…e
desaparecendo novamente. Levando os
restos do 828 com ele.
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