Um jogo de mistério.
O
ANIVERSÁRIO DE CARMEM EM UM IATE. Gostei bastante de
“O Mistério do Farol”: um pouquinho de aventura, mistério, terror…
não é nenhuma
Supersaga do Fim do Mundo
nem nada, mas é interessante e um avanço em relação a algumas edições que lemos
durante a 2ª Série da
“Turma da Mônica
Jovem”. A edição começa com Mônica, Cebola, Cascão e Magali em um iate com
Carmem (o que não faz sentido é que ela não tenha convidado outros personagens
como o Quinzinho ou a Maria Cascuda, já que Magali e Cascão estão lá… pelo
menos a ausência da Denise, melhor amiga de Carmem, é explicada com um suposto
“medo de barco” da Denise), para uma megafesta de aniversário que promete ser
“o evento do ano”, mas que
não conta com
nenhum convidado além deles… segundo a Denise, eles estão esperando os
“convidados mais importantes” chegarem de helicóptero.
Entre eles o
“iútuber” “Felipe Beto”.
A turma está
no lago de uma represa próximo ao Limoeiro, mas uma névoa muito baixa impede o
pouso do helicóptero, por isso os personagens acabam se distraindo com outras coisas… principalmente com um farol que
veem por perto e uma ilha misteriosa que eles não sabiam que existia ali – e
que, é claro, eles não podem deixar de investigar. Cebola é o único ressabiado,
porque leu na internet sobre a ilha ser
assombrada (adoro a alfinetada que vai muito além da história presente
quando Magali chama a atenção de Cebola dizendo “Cebola! Não pode acreditar em tudo que vê na internet! Tem muita fake
news!” e o Cascão comenta “Mentira
mudou de nome?”), mas ninguém lhe dá atenção, e eles acabam se empolgando
cada vez mais com o lugar… e quanto mais assustador tudo fica, mais eles querem
continuar explorando para ver o que descobrem!
Claro que
isso tudo também se deve ao fato de o lugar já ter sido, em algum momento do
passado,
um parque temático – assim,
a turminha (menos o Cebola) acredita que eles estão ali prontos para
resolver um mistério que ninguém resolveu
antes, mas tudo parte de um grande jogo e tudo o mais… eu adoro o cenário!
O lance de “parque temático abandonado e assombrado” me interessa demais, e eu
realmente não posso julgar a Mônica e os demais por quererem explorar o lugar –
eu provavelmente estaria
morrendo de medo,
mas querendo fazer o mesmo que eles estavam fazendo! A história da edição
caminha com Mônica, Magali e Cascão encontrando pistas do antigo parque
abandonado, enquanto o Cebola, exasperado, tenta tirar todo mundo dali e
levá-los de volta para o iate de Carmem, falando sobre o quanto aquilo é real e
perigoso…
Uma das
coisas que sempre me encantou na “Turma
da Mônica” são as referências com nomes trocados, e essa edição traz alguns
bem divertidos, como o próprio “Felipe Beto”, mas destaco, também, a aparição
em flashback de “uma equipe que foi
chamada para testar o mistério da ilha”, cujos desenhos eram claramente uma
referência a “Scooby-Doo” – bem, eu
ADORO “Scooby-Doo”, e é impossível
não pensar nos personagens no filme de 2002… afinal de contas, no filme, eles
também acabam em uma ilha misteriosa e assombrada, com um parque temático
assustador, com a única diferença de que ele não foi abandonado. Entre piadas
bem colocadas, mistério bem conduzido e um toque macabro, “O Mistério do Farol” é a melhor das últimas edições que li da “Turma da Mônica Jovem”, mostrando que a
publicação ainda tem boas histórias a oferecer.
Eventualmente,
o resto da turma também percebe que
aquilo
tudo não é apenas um jogo, mas então eles já estão envolvidos demais com o
mistério, com a garotinha Samantha e com um dos fundadores do parque que eles
encontram lá para ir embora… a edição tem todo um tom místico quando o Cebola
sobe o farol sozinho e acende velas que iniciam uma espécie de ritual, enquanto
o fundador do parque conta para Magali, Cascão e Mônica sua versão da história
e de como a inauguração do parque nem aconteceu e foi um fiasco, e como eles
invocaram fantasmas de verdade para dar
um toque “mais real” ao parque. No fim, a turminha consegue libertar os
fantasmas que estavam presos naquele lugar, com o Cebola servindo como um
mediador entre os fantasmas, que têm uma mensagem da filha do fundador, e
Antônio, o cara que está “preso” naquela ilha há tantos anos…
Edição bem
interessante!
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