“Qual é o seu nome?”
A história
de duas vidas conectadas –
“Your Name”
é uma história lindíssima que conquistou o mundo em seu lançamento, em 2016. Eu
já li ao mangá (que, na verdade, é uma adaptação do filme, ao contrário da
maioria dos casos), e comentei em três textos o que senti durante a leitura… a
maneira como me apaixonei por Mitsuha e por Taki de imediato, ou como me
diverti enquanto eles trocavam de corpo; a emoção, o desespero e as surpresas
que um roteiro bem estruturado proporciona.
“Your
Name” tem uma excelente história que mistura o romance com algo mais
místico que, de certa forma, até se assemelha à ficção científica, e isso me
chamou muito a atenção!
“Your Name” é
muito mais do que você pode esperar ao ler a sinopse do mangá ou ao ver o
trailer do filme… assistir à versão animada da história é uma experiência
incrível e, aqui, destaco a trilha sonora!
Ela certamente intensifica o que sentimos!
O mangá e o
filme são muito próximos, por isso eu assisti despreocupadamente, apenas
curtindo cada momento, fosse ele divertido, emocionante ou triste. Como disse,
gosto muito de toda a concepção de
“Your
Name”, e gosto de como ele parece retratar tão bem a ideia de
sonho… o que está acontecendo entre
Mitsuha e Taki não é um sonho, mas em muitos quesitos parece um, e é assim que
o roteiro consegue fazer com que nos identifiquemos com o que está acontecendo
– infelizmente, nunca tive a oportunidade que os personagens tiveram de trocar
de corpo com alguém e, algumas vezes na semana, viver uma nova vida (“como um
garoto bonito de Tóquio”), mas, ainda assim, a associação ao “sonho” faz com
que entendamos o que eles sentem quando tentam se lembrar do que aconteceu, do
nome do outro…
e quanto mais tentam se
agarrar a isso, mais distante eles ficam.
A animação
começa bem divertida, e eu gosto de como vários elementos são jogados ali para
serem entendidos mais tarde – conhecemos, primeiro, Mitsuha, a filha do
prefeito de uma cidade do interior que já não aguenta mais viver naquele lugar,
e que sonha em
ser um garoto bonito de
Tóquio… em uma manhã, então, ela acorda
realmente
sendo um garoto de Tóquio: seu nome é Taki, e ele mora com o pai, tem
amigos em uma escola grande e até trabalha como garçom! Mitsuha acaba se
envolvendo na vida de Taki, experimentando um dia na vida de um garoto de
Tóquio, e gosta muito de tudo aquilo… para ela, no entanto,
tudo não passa de um sonho. Enquanto
isso, o verdadeiro Taki também passa por uma experiência similar, acordando no
corpo de uma garota do interior…
até que
ambos descubram que, na verdade, eles não estão sonhando.
Eles estão mesmo trocando de corpo!
Acho tudo
muito incrível, e a animação consegue nos divertir enquanto vemos as constantes
trocas que duram algum tempo, e eles “conversam” através das mensagens que
deixam um para o outro… até que eles não possam troquem mais. Assim como
comentei quando li o mangá, eu gosto muito dos rumos que a história toma e de
como é surpreendente, porque nós esperamos algo mais simples e romântico, e que
Taki vai encontrar Mitsuha pessoalmente quando vai para a cidadezinha do
interior, mas ele acaba descobrindo que a cidade em que Mitsuha morava foi
destruída por um meteoro há três anos… assim, ele precisa se perguntar se tudo
é uma alucinação, se são sonhos ou se está acontecendo de verdade – e, se
estiver acontecendo, ele precisa de uma última chance, uma última troca de
corpo com Mitsuha para que possa salvar a sua vida.
O filme é
emocionante, e essa guinada torna tudo ainda muito mais intenso e apaixonante.
Gosto muito da corrida contra o tempo e da maneira como Taki e Mitsuha se
conectam – porque, na verdade, eles estão conectados de algum modo… pode ser
que eles nunca mais se encontrem, pode ser que eles nem se lembrem um do nome
do outro, mas, naquele momento, eles são importantes e ele consegue salvar a
vida dela. O filme tem uma boa discussão, um desenvolvimento impressionante e
conta uma história de amor inusitada porque seus protagonistas não se encontram,
a não ser por um único momento mágico, durante
a hora do crepúsculo… aquele momento em que as barreiras entre os
mundos são menores e no qual eles podem se ver, se tocar, e pedir que o outro
não se esqueça…
é um dos momentos mais
emocionantes do filme.
Por fim, as
coisas parecem ser um sonho para Taki e Mitsuha… um sonho do qual eles não se
lembram em detalhes, mas cujo sentimento permaneceu. Eles podem não se lembrar
exatamente das trocas de corpo, da missão de Taki, da maneira como ele salvou a
vida de Mitsuha, ou mesmo do nome um do outro…
mas eles ainda sentem o que sentiram naquele momento e, assim, é como
se as suas vidas e as suas almas estivessem eternamente conectadas, eternamente
buscando uma pela outra. É um final emocionante quando, alguns anos depois,
os dois estão morando em Tóquio e acabam se encontrando por acaso – eles não
sabem quem o outro é, não sabem o nome um do outro, mas não conseguem negar a
sensação de que
já se conhecem. Eu
acho uma história lindíssima e complexa que nos diverte, emociona e nos faz
pensar.
Lindo! <3
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