American Horror Story: Red Tide 10x06 – Winter Kills
Decepcionante.
Ah, não… é
sério? Eu comecei essa temporada de “American
Horror Story” com bastante expectativa, e agora não sobrou nenhuma. Eu
realmente acho que a 10ª temporada teve uma apresentação muito boa, iniciou
bem, lembro-me de fazer reviews
elogiando a proposta e o visual, mas esse final deixou muito a desejar,
especialmente para uma história que eu acredito ter começado bem. “Winter Kills”, que encerra “Red Tide”, a primeira parte da
temporada, é desorganizado, exagerado e sem final, e eu não sei o que vem pela
frente. Estou animado com a ideia de aliens em “Death Valley”, mas, sinceramente, eu já abandonei qualquer
esperança de que “Double Feature” se
salve como temporada: achei que a segunda parte de algum modo teria qualquer ligação com a primeira, e agora
já começo a duvidar disso e se as duas histórias forem completamente independentes uma da outra, qual foi o
conceito buscado de fato para a temporada?
Estou bem
desanimado.
Felizmente,
esse último episódio não chega a ter nem 37 minutos, então passa depressa – o
que não quer dizer que eu não tenha pausado para revirar os olhos ou reclamar.
Seguindo a tradição de “American Horror
Story” que anualmente temos a inocência de esperar que mude, a série se
apressa no seu final e tenta colocar um monte de informação, junto com um monte
de matança, e no fim não sei nem bem onde chegamos. Fala-se sobre a cidade,
sobre a matança que sempre acontece no inverno e que as autoridades
deliberadamente ignoram, e vemos os moradores mais antigos se voltarem contra
os Gardner, porque foi “o pessoal de Hollywood” que passou dos limites. E de fato foi. Então, Belle Noir
sequestra o Gardner recém-nascido para atrair Harry e Alma para uma “armadilha”,
mas eles vão para lá já com um plano armado, graças, é claro, à Ursula.
Devo dizer
que a Ursula foi, possivelmente, a personagem mais inteligente dessa primeira
parte da temporada, mesmo sem pílula – foi ela que enganou os pálidos e fez com
que eles se voltassem contra os talentosos, por exemplo, levando um exército
que mata Belle Noir e Austin antes que eles possam matar os Gardner – o que não
quer dizer que todos os Gardner sobrevivam, de qualquer maneira, porque vemos
Alma matar o próprio pai porque ele estava disposto a parar de tomar as pílulas, e ela “não podia permitir que ele a
atrasasse desse modo” ou qualquer coisa assim. Então, Alma vai embora da cidade
com o irmão, Ursula e a Química, e eles se mudam para Hollywood. Três meses
depois, estamos na cidade, com alguns casos estranhos acontecendo, mas que, em
pequena escala, ainda não alertam para todo o plot comandado pela Química.
Sinceramente,
não consegui me conectar com a história contada, em parte porque eu detesto a
Alma – e embora eu saiba que ela tenha sido escrita para ser daquela maneira e
o fato de a odiar quer dizer que a atriz a interpretou bem, mas eu realmente não a suporto, todas as cenas dela me
irritam, e eu não queria vê-la se dar bem no final… estava adorando, por sinal,
vê-la em uma audição para tocar em uma orquestra quando ela não é a escolha
óbvia e fica entre ela e um outro garoto, um que se formou com 16 anos em
Julliard e que esfrega na sua cara que ele também é um prodígio e “você percebe
que não é nada demais quando conhece outros como você”. Alma acaba o matando
porque, no fim, se convence de que perderia para ele, o que, para mim, só
mostra a sua inferioridade – quer dizer, o tal garoto era tão talentoso quanto
ela sem precisar de pílula.
De todo
modo… o fim do episódio é uma sequência caótica proporcionada por Ursula, que
aparece ao fim de um curso para futuros roteiristas oferecendo a cada um deles
uma pílula preta, e como todos eles tomam a pílula, vários deles, que
naturalmente não são talentosos o
suficiente, se tornam pálidos e as ruas de Hollywood se tornam vermelhas de
sangue. Não sei se isso foi de fato um “final”, e eu esperava mais dessa
conclusão. O que me deixa triste, em parte, é pensar em por quantos anos alguns
fãs de “American Horror Story”
pediram uma história que se passasse em Hollywood (felizmente eu não era um
desses que fazia tanta questão, porque eu estaria muito frustrado), e eu acho
que tudo o que Ryan Murphy vai entregar são esses 12 minutos de “epílogo” de
uma mini-temporada que nem foi tão boa assim… será que “Death Valley” consegue salvara 10ª temporada?
Duvido
muito… mas vamos conferir.
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