Color Rush – Episode 2

“Monos são solitários por natureza”

Ainda apaixonado por essa premissa e pelo fato de “Color Rush” ser um BL no qual, de certa maneira, o foco não está necessariamente no romance entre Yeon Woo e Yoo Han. Quer dizer, eu adoro os BLs mais românticos, mas eu também estou fascinado por um plot no qual tantas outras coisas podem acontecer partindo de uma premissa inusitada, e na qual o romance entre os protagonistas é apenas um dos elementos que compõem a série. Yeon Woo é um Mono (alguém que não consegue enxergar as cores) que nunca pensou demais nisso – pelo menos até conhecer Yoo Han, seu Probe (alguém que pode fazer um Mono enxergar todas as cores do mundo), e experimentar o que eles chamam de “explosão de cores” pela primeira vez. Agora, será que ele vai conseguir continuar firme em sua decisão de não se relacionar com o seu Probe? É mais difícil depois de ter provado as cores uma vez…

É interessante que, no universo de “Color Rush”, muitos Monos desenvolvem uma obsessão por seus Probes, porque temem voltar a não ver as cores – Yeon Woo fala sobre isso a Yoo Han para tentar assustá-lo, para tentar mantê-lo longe dele, contando sobre Monos que sequestram, prendem e até matam seus Probes, mas Yoo Han não parece preocupado com nada disso: ele gosta de ver as cores girando nos olhos de Yeon Woo quando ele tem uma explosão de cores e se dispõe a ensiná-los sobre todas as cores do mundo para poder ver os olhos de Yeon Woo brilhar mais uma vez. Yeon Woo se recusa veementemente e vai embora de forma solitária, e eu acho legal essa construção de quem são os Monos: os novos amigos de Yeon Woo são bem acolhedores com ele, mas, ao que tudo indica, Monos são pessoas que sofrem bastante preconceito.

Yeon Woo chega em casa mandando mensagem para a tia dizendo que ele precisa mudar de escola urgentemente, porque o seu Probe está na sua sala – ao mesmo tempo, no entanto, ele não pode negar a si mesmo que gostou de ver as cores, e ele sempre retorna à mãe e às coisas que ela o ensinou: como quando falou sobre a sua explosão de cores no meio da rua ao conhecer o pai de Yeon Woo, e sobre como ela desmaiou, machucou o joelho, mas estava feliz. É interessante ver a postura de Yeon Woo com Yoo Han, mas, para si mesmo, reconhecer que estava, sim, feliz quando viu as cores. E ele olha para um retrato de sua mãe, que foi pintado pelo seu pai antes de ele morrer: um retrato que, segundo o pai dizia, valorizava os lábios vermelhos da mãe, mas ele não sabe o que ele queria dizer com isso… Yeon Woo também não sabe o que é o azul-celeste do vestido ou o marrom dos sapatos.

Ele só conhece dez cores do espectro cinza que a mãe o ensinou.

Com Yeon Woo tendo visto as cores uma vez, estando curioso para vê-las novamente e o Yoo Han decidido a ajudá-lo, não há muito que Yeon Woo possa fazer. Eu entendo ele, e ele está com medo: com medo de um mundo novo e, principalmente, com medo do que ele mesmo pode se tornar, porque não quer ser um daqueles Monos obcecados por seu Probe… mas Yoo Han vai a uma papelaria e compra uma paleta de cores para oferecer a Yeon Woo uma aula sobre cores, e embora Yeon Woo se recusa a aceitá-la, ele está curioso com a paleta de cores, tentando entender a diferença entre elas, quando Yoo Han não está por perto. Assim, quando Yoo Han tira a máscara novamente e Yeon Woo experimenta sua segunda explosão de cores, ele não pode mais voltar atrás, e é interessante como a série mostra um Yeon Woo diferente do que o que vínhamos vendo quando, ansioso, ele pede que Yeon Woo tire a máscara novamente enquanto as cores desaparecem na frente dos seus olhos.

A obsessão não é uma escolha. De fato, é uma realidade perigosa.

Curiosíssimo para ver como “Color Rush” desenvolverá isso tudo!

 

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