Um parto complicado.
Quando
Marichuy desiste de contar a Juan Miguel que está esperando um filho seu, porque acabou de descobrir que Viviana está
de volta (vilãzinha ruim e inútil, devo dizer!), ela vai embora com Candelaria
para um lugar distante, onde poderá viver e esconder de Juan Miguel que ficou
grávida – e assim um novo personagem entra na equação: Omar Contreras, ou, como
o conhecemos, “Leopardo”. Marichuy não sabe bem o que será dela e de seu bebê
quando chega em suas terras, e Leopardo a encontra exigindo saber quem ela é, e a proíbe de perambular por
ali, porque “o dono das terras não gosta da visita de estranhos”, mas Marichuy
está destinada a ficar por ali, do mesmo jeito… embora Leopardo não a queira por
ali, Micaela, que é como uma mãe para ele, é irmã do Padre Anselmo, e foi ele
quem a pediu que acolhesse a garota e Candelaria.
Portanto, elas ficam.
Micaela
garante que elas são pessoas trabalhadoras e que
não vão incomodá-lo, e Omar permite que elas fiquem na fazenda,
desde que ele não seja incomodado e tampouco tenha que vê-las! Mas como o
destino
vive pregando peças, ainda
mais em novelas como
“Cuidado com o Anjo”,
Omar Leopardo não é apenas um médico que pode ajudá-la no complicado parto
vindouro, mas também é um antigo colega e grande amigo de Juan Miguel,
que não vê há anos. Juan Miguel, por sua
vez, já admitiu a si mesmo que AMA Marichuy, mas toda a situação é bastante
complicada, ainda mais com o retorno de Viviana, aparentemente
sem memória. Marichuy, também, já
admitiu a si mesma que o ama e não pode deixar de amá-lo, e se pergunta
por que tinha que ser ele a figura no seu
passado. As coisas teriam sido muito mais simples se não fosse.
Adoro ver
Marichuy EMPOLGADA com a gravidez, e ela fica linda grávida, como sempre.
Conversa com o bebê, cita o pai, se pergunta se um dia eles vão se conhecer, e
enquanto ela pensa nisso tudo e conversa com o filho, na barriga, Juan Miguel
pensa sem parar nela, e nomeia o desejo de ter tido um filho com ela… no entanto,
ele acha que isso não é possível, pois “seu matrimônio durou apenas uma noite,
e ele a perdeu pela manhã”. É doloroso como diz que a ama e sempre a amará,
enquanto ela pensa em coisas similares, nesse doloroso amor que só a faz
sofrer… mas as coisas estão mudando para ela e para a fazenda, e Omar
eventualmente acaba
se afeiçoando a
ela, se tornando mais ameno, simpático…
porque
ele é um homem bom, na verdade, embora amargurado e solitário. Quando ele
conversa com Marichuy e pergunta o seu nome, ela diz que se chama “Lírio”.
O que é o terceiro nome que assume na trama!
“Lírio” é
mesmo encantadora, não podemos culpar Omar Leopardo por se apaixonar por ela, e
esse fascínio e proteção dele em relação a ela me faz pensar muito na maneira
como o Santiago del Olmo se apaixonou por Maria Mercedes, deixando-lhe toda a
sua fortuna e dando início à “Trilogia das Marias” que eu tanto amo e seguem
sendo, até hoje, algumas das MELHORES NOVELAS que eu já pude assistir!
Marichuy, no entanto, não pode retribuir esse amor com sinceridade, uma vez que
segue apaixonada por Juan Miguel, e nesse momento ela está preocupada com a sua
delicada gravidez, e as dores antes do parto que a levam às lágrimas e a um
receio que
o bebê não nasça com vida.
No meio de uma tempestade e sem ter como levar “Lírio” de lá ou chamar outro
médico, o próprio Leopardo terá que conduzir o parto, mesmo com todos os seus
traumas.
Omar teme
“falhar outra vez”, dizendo a si mesmo que “o caso é muito parecido com o
outro”, alguma coisa dolorosa em seu passado – mesmo assim, ele precisa fazer o
que puder, ainda mais quando Marichuy, fraca, segura a sua mão e pede que ele
salve o seu filho. A cena do parto é forte, dramática e muito bem dirigida, até
que o bebê nasça bem e Marichuy desmaie, ao que se segue uma série de gritos e
lágrimas de Candelaria, que acredita que
Marichuy
está morta. É claro que Marichuy não está morta, e quando Omar a desperta
novamente, é um momento lindo quando ela conhece o seu bebê, em uma cena
repleta de alegria e amor sincero, que nos emociona. A felicidade de Marichuy é
pura e verdadeira, um presente de Deus depois de todo o sofrimento pelo qual
ela já teve que passar até chegar a esse momento…
e tudo que ainda passará.
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Questões de inutilidade à parte, já cheguei a imaginar se não seria melhor se a Viviana tivesse morrido de verdade alguns anos antes da história começar, a Ofélia perseguindo o Juan Miguel desde sempre e ela vivesse aquele plot com a Mayita no porão como uma presença mais espiritual, benéfica, mas daí ia virar mais cópia de "Carita de Angel" do que já estava sendo! 😂
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