American Horror Story: Death Valley 10x07 – Take Me to Your Leader

“It means all four of us are pregnant”

Estou feliz, receoso e desapontado… tudo ao mesmo tempo. Estou feliz porque eu adoro história de alienígenas e “American Horror Story” está finalmente contando uma história sobre isso, o que eu acho que já devia ter acontecido há muito tempo, porque é um ótimo tema para a série; estou receoso porque eu gostei desse episódio, mas a primeira parte de “Double Feature” começou muito bem e teve um final horrendo e frustrante, então talvez eu não deva ter esperanças de que “Death Valley” vai ser muito diferente no fim; e estou desapontado em pensar que essa segunda parte, com um tema pelo qual esperávamos há muito tempo, vai ter apenas quatro episódios que podem muito bem acabar ficando corridos e não desenvolver a trama como gostaríamos – alienígenas mereciam uma temporada completa em “American Horror Story”.

E ainda acho que se “Red Tide” e “Death Valley” forem completamente independentes uma da outra, o conceito de “Double Feature” é pobríssimo e preguiçoso.

Mas eu adorei “Take Me to Your Leader”, a estreia de “Death Valley”, e passei o episódio todo comentando COMO EU ADORO HISTÓRIAS DE ALIENÍGENAS. E, assim como a temporada é dividida em duas partes, o episódio também foi dividido em duas partes, uma se passando em 1954 e outra em 2021 – e foram estilos completamente diferentes, embora conectadas ao mesmo tema. De um lado, em 1954, temos uma história em preto-e-branco e com todo um tom macabro, curioso e instigante; de outro, em 2021, temos uma história mais escrachada, protagonizada por jovens. Essa visão do episódio me deixou pensando que eles podiam ter feito uma temporada inteira chamada “Death Valley” e dividi-la em “duas” narrativas paralelas e interconectadas, cada uma com seu estilo, e talvez isso atendesse à ideia de “Double Feature” melhor do que o escolhido.

Todo o trecho de 1954 me fez pensar demais, é claro, em no famoso caso de Roswell. Estamos em Albuquerque, Novo México (!), quando os alienígenas fazem sua primeira visita à casa de uma família, e tudo aqui funciona perfeitamente, talvez até levemente inspirado em “WandaVision” – o episódio consegue emular o estilo de produções da década de 1950, não apenas na cor da imagem, mas no tipo de contar a história, e o visual estava incrível! Pouco depois, estamos no deserto em algum lugar próximo, ainda em 1954, quando um disco voador caiu. Eu sempre me interesso muito por histórias de alienígenas, até porque ver toda aquela parte dos cientistas abrindo e estudando um alienígena me faz pensar nas convicções que tenho de que o governo dos Estados Unidos já teve contato com vida de outros planetas, mas eles fazem de tudo para manter isso escondido de todos.

Acredito que os últimos três episódios ainda nos levarão de volta a 1954, porque temos muito a explorar: a personagem de Sarah Paulson aparece apenas brevemente, por exemplo, e Lily Rabe retorna interpretando a sua segunda mulher grávida na temporada – dessa vez, Amelia Earhart, uma mulher encontrada no deserto, atordoada e perdida, com marcas no corpo e que relata algo que parece uma abdução… para intensificar o mistério, descobrimos que Amelia Earhart desapareceu em 1937, quase 20 anos antes, e deveria estar com quase 60 anos agora – e não está. Por fim, terminamos o trecho de 1954, a princípio, com o alienígena aparentemente oco na mesa de operações liberando, depois de ser aberto, algo gosmento que ataca as pessoas e faz cabeças explodirem, e a chegada daquela mulher de vestido branco possuída e flutuando, para enfrentar o Presidente dos Estados Unidos…

O tom macabro é de causar calafrios, e eu ADOREI. Tudo a ver com o tema, a época e o estilo!

A trama toda do presente tem um tom completamente diferente – eu gostei mais da primeira parte do episódio, em preto-e-branco e mais séria/sombria, mas talvez esse grupo de jovens tenha boas histórias para contar, e acho que vai ser legal ver o paralelo de ambas as histórias. No presente, conhecemos Kendall, Cal, Troy e Jamie, jovens que se encontram nas férias de verão da faculdade e resolvem fazer alguma coisa diferente, uma espécie de “desintoxicação” de tecnologia, e partem em uma viagem e um acampamento no deserto… o diálogo é zoado, quase vulgar em alguns momentos, mas traz boas reflexões, eventualmente, como quando Kendall fala sobre como a humanidade avançou tecnologicamente nos últimos 50 anos mais do que em 2.000 anos – gostei, também, daquela fala de que alguém do Século II se adaptaria depressa ao Século XIV, mas alguém dos anos 1970 não saberia lidar com 2021.

Wow, é verdade, não?

A sequência do acampamento traz bons momentos com elementos típicos de histórias de alienígenas, como aquelas vacas misteriosamente cortadas ao meio, sem sangue, e ainda mugindo, ou a cena da abdução durante a noite, quando o carro desliga, eles apagam e retornam em lugares trocados do carro, sem entender o que aconteceu. No dia seguinte, todos acordam se sentindo mal, vomitando, e as garotas percebem que esses são possíveis sintomas de gravidez – o problema, é claro, é que os garotos também estão tendo os mesmos sintomas. Kendall é quem primeiro fala sobre abduções alienígenas, dizendo que isso explicaria o tempo sobre o qual não se lembram, por exemplo, e algo ainda mais inusitado: o fato de que não apenas ela e Jamie, mas também Cal e Troy, ESTÃO GRÁVIDOS. O final foi divertido e bizarro, mas estou curioso para saber como isso vai se desenrolar.

Ainda acho que essa devia ter sido uma temporada completa.

Cara, SÃO ALIENÍGENAS!!!

 

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