American Horror Story: Death Valley 10x08 – Inside
Acordo.
Por mim, a
gente tinha separado “Red Tide” e “Death Valley” em duas temporadas
independentes, e não porque eu queria ver mais de “Red Tide” nem nada, mas porque eu QUERIA MUITO que a história dos
alienígenas, pela qual eu esperei por anos em “American Horror Story”, fosse uma temporada completa – assistindo
ao episódio, me parece evidente que eles têm bastante coisa para contar, mas
pouco tempo para fazê-lo, já que ficou apenas quatro episódios para “Death Valley”. Tenho a sensação de que
vai acabar meio abruptamente e eu vou ficar querendo mais… e, como comentei no
episódio passado, embora eu esteja gostando mais da história contada em preto-e-branco
no passado, eu acho que essa divisão da história em presente e passado já
atendia à ideia de “duas histórias” que “Double
Feature” tanto buscou, e elas estariam conectadas.
O episódio
começa em 1963 e, novamente, a parte do passado está IMPECÁVEL. Dos 40 minutos,
25 se passam no passado, em preto-e-branco, e toda a construção da narrativa
aqui é linda de se acompanhar. Adoro o estilo que nos lembra filmes antigos, a
trilha sonora é perfeita, e a maneira como eles encaixaram alguns eventos
conhecidos à história de “Death Valley”
foi ótima – enquanto assistia, tudo o que eu conseguia pensar era: “Por que não me deram uma temporada inteira
sobre alienígenas?” Em 1963, nove anos depois da “chegada” dos aliens
conforme vimos no episódio anterior, encontramos o ex-presidente Eisenhower
conversando com o então atual presidente dos Estados Unidos: John F. Kennedy. Ele está contando a
Kennedy algo que todo novo presidente precisa saber: que o governo dos Estados Unidos fez um acordo com os alienígenas…
No acordo
firmado, os alienígenas levam 5 mil americanos por ano em abduções, um
sacrifício que ele julga “necessário” para garantir a segurança de todos os
demais cidadãos dos Estados Unidos. Em troca, os alienígenas entregaram tecnologias que permitiram criar coisas
como o micro-ondas (essa cena é maravilhosa!) e possibilitaram todo o avanço
tecnológico dos últimos 50 anos: muito
mais rápido do que em qualquer outro ponto da história humana. 1963 ainda
traz outros momentos muito interessantes como o Presidente Kennedy horrorizado
com o acordo firmado por Eisenhower, conversando com Marilyn Monroe (!) sobre
isso, se perguntando se ele não tem a
obrigação de dizer a verdade aos seus eleitores… e é exatamente o que ele
planeja fazer. E, justamente por planejar fazer isso, John F. Kennedy acaba
sendo assassinato.
EU ACHEI
INTELIGENTÍSSIMA ESSA JUNÇÃO!
(E faz
sentido, não?)
Depois do
assassinato de John F. Kennedy, o episódio retorna a 1954, onde acompanhamos o
tal acordo sendo proposto e como ele foi, enfim, selado. Eu estou adorando o
ritmo e o clima da história nos anos 1950/1960, tem um tom sombrio e misterioso
de conspirações, e a mulher “ocupada” pelos alienígenas, que entra flutuando,
de olhos brancos e fala no plural, é um toque especial muito macabro e interessante.
É ela quem traz tecnologias para tentar Eisenhower e os demais, e eles sabem
que, se não aceitarem o acordo, os alienígenas irão até os soviéticos e eles
não podem permitir isso – os russos já saíram na frente na corrida espacial.
Ela também explica o motivo das abduções (!), falando sobre como o seu povo
está morrendo e precisa de um novo lugar para viver, mas eles precisam estudar
os humanos, se proteger de doenças e vírus que não têm em seu mundo, e criar uma espécie de híbrido…
Isso explica
os bebês!
O bebê de
Amelia Earhart é um dos primeiros testes dos alienígenas, e ele é bastante perigoso, claramente. O
Presidente Eisenhower sabe que a resposta lógica e estratégica é aceitar o
acordo oferecido pelos alienígenas, antes que eles busquem outro país, mas ele
se pergunta se moralmente ele pode
fazer isso. Por isso, sua esposa, Mamie Eisenhower, vai atrás de uma maneira de
convencer o marido e de mostrar que só existe uma escolha possível, e ela vai
conversar com Dick Nixon, e é muito interessante acompanhar toda a importância
da primeira dama para que o acordo com os alienígenas se estabeleça. Como
Dwight Eisenhower continua duvidando, os alienígenas resolvem que existe uma
maneira bem simples de convencê-lo a fazer o que eles querem: “ocupando” a sua esposa. A sequência no
passado desse episódio termina com essa ameaça.
Os últimos
15 minutos do episódio retornam, então, para o presente, e para os quatro
jovens que foram abduzidos no episódio passado e retornaram grávidos. Agora,
eles estão passando mal e dirigindo depressa até uma obstetra, com barrigões
enormes que surgiram do dia para a noite
– a trama no presente tem a cara de Ryan Murphy, preciso dizer, e claramente se leva menos a sério. Não é tão
incrível quanto a narrativa do passado, é verdade, mas eu estou achando
divertida à sua maneira, e é legal que o episódio não esteja sendo dividido
igualmente e tenhamos mais tempo no
passado do que no presente, onde há mais informações… mesmo assim, também é
bacana acompanhar como tudo o que acontece no presente é uma consequência do
que estamos vendo no passado, como os alienígenas criando híbridos e usando
humanos para pari-los.
Depois de um
ultrassom assustador, a obstetra tenta avisar um colega de trabalho, mas ela
acaba assassinada pelos homens de preto por um grupo responsável por
encobrir todas as histórias alienígenas que surgem, e então Cal, Troy, Jamie e
Kendall são levados para um lugar completamente diferente… eu gostei da criação
do cenário aqui, tudo muito branco e que nos remete às histórias de alienígenas
e abduções que conhecemos: é macabro e alienígena, de um jeito um tanto zoado
que me diverte. Ali, existem muitos humanos grávidos, inclusive uma
interpretada por Leslie Grossman, que estava divertidíssima nesse episódio,
todos prestes a parir o que quer que tenham dentro de si… gostei de 2021 trazer
o avanço nas pesquisas de que se
falavam em 1954 porque, aqui, os híbridos já existem – é só olharmos para
Theta, o híbrido interpretado por Angelica Ross.
Inclusive,
QUE ESTREIA FENOMENAL DA PERSONAGEM. Ansioso para ver onde isso vai chegar!
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