Foundation 1x03 – The Mathematician’s Ghost
“Salvor Hardin, Guardiã de Terminus”
AMEI ESSE
EPISÓDIO COM TODA AS MINHAS FORÇAS! Eu adorei a estreia dupla de “Foundation”, mas “The Mathematician’s Ghost” é o meu episódio favorito até aqui, e
eu estou adorando as escolhas da série! Além de ter um visual de tirar o
fôlego, digno de uma produção cinematográfica, “Foundation” trouxe um episódio bastante íntimo e filosófico que
mexeu bastante comigo. Achei belo em vários sentidos! Também adorei que, apesar
do medo de alguns fãs da obra original, a série está conseguindo refletir a
obra de Isaac Asimov com novidades, mas se preocupando, principalmente, em
contar a história da Fundação – é quase inusitado
ver uma série que não acompanha um ou dois protagonistas por um longo período,
mas “Foundation” vai contar a
história da Fundação ao longo de muitos anos, e a passagem de tempo é
simplesmente incrível.
Por isso, “Foundation” não é a série para você se
afeiçoar a rostos – não é para você se perguntar onde está Hari Seldon ou Gaal
Dornick, porque talvez eles nunca mais voltem a aparecer, tendo em vista que
sua participação na criação da Fundação já chegou ao fim… e por mais que eu
tenha AMADO conhecer Salvor Hardin, a guardiã de Terminus que chamou a atenção
em cenas breves do primeiro episódio, eu também não acho que a acompanharemos
por tanto tempo assim. “The
Mathematician’s Ghost” tem duas histórias principais: primeiro,
acompanhamos um pouco mais do Império de um período que vai de 400 anos no
passado, com Cleon I, até 36 anos depois do ataque à Ponte Estelar, quando
conhecemos Cleon XIV na adolescência; depois, temos a história da colonização
de Terminus, o mistério acerca do Cofre e mais da construção da Fundação.
O episódio
começa no Palácio do Império, 400 anos no passado, mostrando uma conversa de
Cleon I com Demerzel, e novamente eu preciso dizer que é fascinante, embora
preocupante, toda essa ideia dos clones se sucedendo no que foi chamado de
Dinastia Genética. É problemático em vários sentidos, naturalmente, mas é
brilhante no quesito ficção científica,
e isso me chama muito a atenção. Da aproximação de Cleon I da morte, partimos
para 19 anos depois do ataque à Ponte Estelar, quando encontramos um Brother Dawn
adulto, um Brother Day velho e um Brother Dusk, Cleon XI, próximo da morte, e
todo o episódio ganha um tom estranhamente melancólico com um tom de despedida
enquanto Cleon XI sabe que está chegando
a sua hora de morrer e de ele ser substituído por um novo Cleon, que se
prepara para nascer.
“Strange… watching yourself being born”
Eu digo que
é “estranhamente melancólico” porque, racionalmente, eu não quero sentir nada
pelos Imperadores – eles são brutais, insensíveis e o lance da clonagem é
politicamente absurdo, mas o episódio consegue dar um tom de melancolia
brilhante à despedida, e ainda mostra Cleon XI dizendo que, mesmo que Seldon
esteja errado, há algo não-natural no que
eles fazem… o que não muda em nada, porque, quando chega sua hora de
partir, ele é substituído pelos irmãos que seguem os mesmos planos e modos de
agir de sempre – de Cleon I. A cena da despedida final é muito bem-feita,
mostra Cleon XI mudando o nome dos seus irmãos para que eles assumam suas novas
posições, agora que um novo Brother Dawn nasceu, e o mais novo dos Imperadores,
Cleon XIV, é brevemente visto 17 anos
depois, apagando o mural do qual o Império sempre se orgulhou tanto.
Será o primeiro Cleon a pensar por si mesmo?
A segunda
parte do episódio nos leva a Terminus e tudo o que os colonizadores encontraram
quando chegaram lá, e eu amo todo o mistério que circunda o “Cofre”, como
chamam a estrutura que já estava lá
quando eles chegaram, e que não deixa ninguém se aproximar… ao longo do
tempo, sem que ninguém pudesse se aproximar do Cofre e o entender de fato,
mitos foram criados ao seu redor, mas, eventualmente, as pessoas simplesmente
pararam de pensar sobre ele – e, como eu comentei, eu estou adorando a passagem
de tempo em “Foundation”, e eu adorei
como os anos se passam em Terminus transformando o que era “misterioso” em algo
“mundano” em uma cena. A única pessoa que não parece ser afetada pelo campo
nulo ao redor do Cofre é Salvor Hardin, uma mulher fascinada pelo mistério do
Cofre e seu chamado desde pequena.
Continuamos sem
saber de onde o Cofre veio, o que é e o que guarda dentro, mas Salvor Hardin
percebe algo possivelmente perigoso: o
fato de que o campo ao seu redor está se expandindo e, se isso seguir
acontecendo, talvez eles tenham que evacuar a cidade. Então, ela decide
avisar a mãe (a líder das enciclopedistas que estão construindo a Fundação,
fazendo escolhas e tomando decisões), dizendo que talvez eles estejam esse
tempo todo se preparando para uma crise distante, mas talvez a crise seja aqui e agora – o Cofre está despertando! No
dia seguinte ao que Salvor percebe a expansão do campo nulo, uma nave
anacreoniana começa a rondar o planeta, e eles deviam estar muito longe e
proibidos de ir a Terminus… seja lá o que os anacreonianos queiram, talvez uma
guerra esteja prestes a começar em Terminus – especialmente porque eles não conseguem avisar o Império sobre a
visita.
Eles terão que lidar com isso eles mesmos…
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