Lost 1x21 – The Greater Good
“There’s always a choice”
Já estamos
sentindo “Lost” entrar em ritmo de fim de temporada, e o que eu preciso
dizer enquanto reassisto: QUE TEMPORADA INCRÍVEL! Não é à toa que “Lost” é uma das minhas séries favoritas
de todos os tempos, e eu nem lembrava que a primeira temporada era tão perto de perfeita assim. “The Greater Good”, exibido em 04 de
maio de 2005, continua os acontecimentos do doloroso episódio anterior: a morte
de Boone e o nascimento do bebê de Claire, ainda sem nome. O episódio é
intenso, traz um ótimo flashback para
Sayid que mostra o motivo pelo qual ele estava na Austrália para pegar o Voo
815, e ainda consegue colocar, no meio de tanta dor, mistérios e mentiras, um
delicioso alívio cômico protagonizado por Sawyer – quem diria, não é? Além
disso, Locke não vai conseguir continuar guardando para si o segredo da
escotilha.
O episódio
começa no funeral de Boone, encerrando essa trama e sendo profundamente
doloroso – mas não podia ser diferente. Vemos o sofrimento de todos os
personagens, porque eles sabem que podia
ser qualquer um deles, vemos a Shannon ainda em estado de choque, falando
pouquíssimo e não querendo “dizer umas palavras” quando Jack a convida, e temos
o Sayid surpreendentemente dizendo umas palavras emocionantes, relembrando a
coragem de Boone e a maneira como ele tentou salvar aquela mulher que morreu
afogada no sexto dia deles na ilha… eu
estava emotivo, e a fala de Sayid me fez chorar. Mas é claro que Locke
tinha que aparecer para estragar tudo
– ele pinta o Boone de herói, mas ele traz tantas mentiras e esconde tantas
coisas que o seu discurso soa falso… há
quanto tempo ele estava escondido ensaiando isso?
Locke é
ardiloso, manipulador… não se pode confiar
nele.
Jack é o
primeiro a se voltar contra Locke na praia, gritando com ele por causa de suas
mentiras, e aquilo parece ecoar dentro da mente de Shannon – por isso, ela
conversa com Sayid e diz que Locke matou
seu irmão e pergunta se ele pode fazer algo a respeito disso. Assim, Sayid
sai para andar com Locke, faz perguntas, consegue perceber quando ele está
mentindo e quando não está, e é uma sequência interessante… Sayid sempre foi o
mais capaz de talvez conseguir fazer com que eles se comunicassem com alguém
fora da ilha, por isso ele tem a desculpa perfeita para se aproximar de Locke,
dizendo que quer saber mais sobre o tal rádio que ele e Boone encontraram no
avião que estava no meio da floresta… mas é claro que Sayid está captando outras informações. Quando ele retorna,
no entanto, ele diz a Shannon que acredita que a morte de Boone foi um
acidente.
Em paralelo,
o flashback de Sayid nos leva para um
momento sete anos depois de quando
ele deixou Nora escapar, no Iraque, e ele é recrutado pela CIA para se
aproximar de um ex-colega de faculdade que supostamente é um terrorista e que
está prestes a explodir um monte de vidas
inocentes. A verdade, por fim, é que a informação da CIA era apenas parcialmente correta, e Essam não era um
“terrorista”, como eles disseram, e todo o desenvolvimento dessa trama foi
forte, angustiante e triste… ver Sayid se dispondo a convencer Essam a seguir com a ideia de ser um homem-bomba depois
de ele ter decidido que não ia fazer isso, porque a CIA tinha dito a Sayid que
podia lhe dizer onde Nora estava… brutal.
No fim, Sayid se arrepende tarde demais,
e Essam se mata na sua frente ao saber a verdade, ao saber que ele está apenas sendo usado pelo “amigo”.
Foi bem
interessante entender o que colocou Sayid no 815 – e como tudo na vida são escolhas.
O episódio
ainda traz uma trama leve que é a do bebê de Claire, o que nos proporciona
ótimos momentos e algumas risadas gostosas. Inicialmente, Claire está com medo
de soltar o seu filho e de dormir, mas Charlie pede que ela descanse, e promete
que não vai deixar ninguém tirar o seu
filho dela – então, ele passa o dia todo andando com o bebê por todos os
lados, mas as coisas ficam muito interessantes quando o bebê começa a chorar e
Charlie não parece saber o que fazer para que ele pare… a cena do Hurley
tentando diverti-lo com uma música enquanto Charlie o balança nos momentos
certos é uma das melhores cenas de “Lost”.
E a maneira como a voz do Sawyer, que já estava irritado com o bebê chorando,
ironicamente acalma o bebê é DEMAIS. O Sawyer lendo aquele manual para o bebê
parar de chorar e o Charlie não deixando ele parar foi a coisa mais fofa e
divertida do episódio!
Depois que
Shannon percebe que Sayid não vai fazer nada contra Locke porque acredita que ele realmente não foi o responsável pela
morte de Boone intencionalmente, ela decide fazer algo ela mesma, então ela
rouba a chave que Jack vem carregando no pescoço, abre a maleta de Kate com as
pistolas e, surpreendentemente, ela sabe
como usar uma arma – ela teria matado o Locke, em busca de vingança, se
Sayid não tivesse pulado em cima da arma no momento certo e desviado aquele
tiro. E parte de mim não achou que ela
conseguiria, na verdade. Mas acho que essa intensidade toda de Shannon foi
importante porque parece ter motivado o Sayid a não abrir mão e fazer uma escolha: ele quer que Locke o
leve até a escotilha que Boone mencionou antes de morrer. Locke até tenta continuar mentindo (!), mas Sayid não é
burro: chega de mentiras.
E VAMOS
ABRIR ESSA TRAMA DA ESCOTILHA PARA MAIS PERSONAGENS!
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