A Kate exposta… que cena!!!
Passei
raiva? Sim. Mas ao menos o episódio me recompensou com uma das minhas cenas
favoritas do Sawyer nessa temporada, expondo a Kate na frente de todo mundo –
já tinha passado da hora de alguém fazer isso, e foi uma delícia de assistir!
Temos que aguentar a insuportável
hipocrisia
do Jack (sério, o ranço já se instalou, agora entendo porque eu o detestava
tanto da primeira vez que vi
“Lost”)
e a Kate se fazendo de boazinha enquanto manipula as pessoas (todo mundo parece
ver o Locke manipulando as pessoas, mas a Kate faz exatamente a mesma coisa,
mas com outras armas), mas o episódio é recompensador.
“Born to Run” foi exibido em 11 de maio de 2005 e é o último
episódio antes do
Season Finale em 3
partes – o que quer dizer que esse
flashback
de como “a Kate matou um homem” é o último individual da temporada.
O
flashback mostra um pouquinho mais do
passado de Kate, responde algumas perguntas, mas também joga novos mistérios
sobre a personagem… estamos em algum momento
depois de ela ter se tornado uma foragida, e podemos a ver se
escondendo atrás de flores quando passa por um policial lendo o jornal no
hospital, e também a vemos tentar se aproximar da mãe, que, apavorada, grita
por socorro quando a vê em seu quarto de hospital – o que quer que Kate tenha
feito, parece assombroso, mas ainda não sabemos o que foi. O que assistimos
nesses
flashbacks é a Kate
novamente manipulando alguém para
conseguir o que quer: dessa vez, ela usa o seu amor de infância/adolescência,
Tom Brennan (o dono do aviãozinho do último
flashback
de Kate), para entrar no hospital, mesmo sem autorização, para tentar conversar
com a mãe uma última vez.
Eventualmente,
as coisas
dão muito errado. Quando a
mãe de Kate grita por socorro ao vê-la, ela acaba ficando muito exposta e não
demora muito para que ela seja reconhecida – e rapidamente vários carros de
polícia estão cercando o hospital.
Então,
Kate tem que fugir. Ela usa o carro de Tom Brennan para escapar, mas ele
acaba entrando no carro também – as pessoas que gostam de Kate vão defendê-la
dizendo que “ela mandou Tom sair do carro antes de sair daquele
estacionamento”, mas a verdade é que isso não a inibe da culpa de sua morte…
Kate arrastou Tom para essa história toda, e se ela não o tivesse usado (como
ela aparentemente usa
todo mundo),
ele não estaria naquele carro, não levaria aquele tiro, e não teria morrido.
Ela não “matou” um homem, como suspeitamos, mas ela foi, sim, parcialmente
culpada de sua morte.
Não precisa
vir defender a Kate não. Por favor.
Na ilha,
Kate percebe que ela precisa conseguir uma vaga na balsa que Michael está
construindo: é a sua única chance de assumir uma nova identidade e escapar onde
quer que eles atraquem, antes que uma equipe de resgate apareça na ilha e a
leve presa.
E ela parece capaz de fazer
qualquer coisa para conseguir uma vaga na balsa, que já está cheia – Kate
tenta conversar com Michael e, depois, diz a Sawyer que
quer sua vaga na balsa e que
vai
consegui-la, o que parece bastante convincente e, quem sabe, um pouco
ameaçador. Não muito tempo depois, Michael começa a passar mal e Jack descobre
que é porque
alguém colocou alguma coisa
na sua água, e como todos apontam dedos para o Sawyer toda vez que
qualquer coisa dá errado nessa ilha, é
claro que ele é o primeiro suspeito, e Michael faz o que Kate queria:
expulsa o Sawyer da balsa e a coloca no
lugar.
Sinceramente,
eu não julgo o Sawyer por EXPOR A KATE daquela maneira – acho que ele estava
corretíssimo… ele ia o quê? Levar a culpa por algo que não fez, deixar que Kate
saísse como vítima e ainda
roubasse a
sua vaga na balsa? Então, ele acaba tendo uma cena
perfeita na qual expõe a Kate na frente de todo mundo (e é o
suficiente para que o Michael lhe devolva a sua vaga na balsa), esvaziando a
mochila dela na frente de todo mundo e mostrando que ela adulterou o passaporte
de Joana, a mulher que se afogou lá nos primeiros dias deles na ilha, para
colocar uma foto dela e assumir a sua identidade… ele também aproveita para
expor o fato de que a Kate estava no avião acompanhada de um oficial de
justiça, e que ela era a prisioneira, uma informação que muita gente ainda
desconhecia…
mas já era hora de todo
mundo ficar sabendo disso!
No fim,
descobrimos que também não foi a Kate que envenenou a água de Michael, e que
foi a Sun, que colocou algo o suficiente na água apenas para fazer com que
alguém passasse mal, mas não que morresse – foi intensa a sua cena breve com
Jack na qual ele percebe que foi ela, tentando fazer com que o Jin não embarcasse,
porque
ela não quer que ele vá embora.
Não gostei de o episódio estar tentando
aliviar
a barra de Kate, mas eu adoro as reviravoltas que
“Lost” dá, e o episódio termina nos mostrando que a ideia de tudo
foi, sim, de Kate, e a verdade é que
a
Sun foi apenas mais uma pessoa que ela manipulou e que ela usou para conseguir
o que queria… como ela faz com todo mundo. Kate é ardilosa, e faz tudo de
caso pensado, o que a torna muito perigosa. Em paralelo, vemos Walt confessar
ao pai que foi ele quem colocou fogo na primeira balsa.
Outra
história que passa a envolver mais pessoas nesse episódio é a história da
escotilha – Sayid fez Locke lhe mostrar a escotilha da qual Boone falara no
último episódio, e agora ele leva Jack para lá… sinceramente, eu fiquei
muito irritado com o Jack cobrando o
Locke, dizendo que ele sabia daquilo há semanas e “não tinha contado para ele”.
Sério, o Jack se acha mesmo o líder de
todos, o dono da razão, né? Que cara irritante! E eu posso ter minhas
reservas com o Locke (eventualmente isso se transforma em algo mais intenso e
negativo, por enquanto chamo de “reservas”), mas eu ADOREI vê-lo jogando umas
coisas na cara de Jack:
ele sabia sobre a
maleta cheia de armas e também não contou para ninguém por muito tempo; ele
sabia que a Kate era uma prisioneira, e não pensou em compartilhar isso com
ninguém… Sawyer expondo o teatro de Kate e Locke a hipocrisia de Jack num
mesmo episódio?
Adorei!
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