Próximos à conclusão do primeiro ano…
As Partes 2
e 3 de “Exodus” foram exibidas
originalmente no dia 25 de maio de 2005, como um único episódio de 86 minutos,
mas vou comentá-los separadamente, como eles vêm nos DVDs da temporada. “Exodus: Part 2” é, possivelmente, o
episódio mais calmo do Season Finale em três partes. A Parte 1 trouxe uma
introdução perfeita às últimas tramas da temporada e momentos emocionantes que
me marcaram muito, e a Parte 3… bem, é a conclusão desse primeiro ano de “Lost”. Aqui temos o que normalmente eu
chamo de “meio de trilogia”, então é um pouco mais calmo, mas extremamente
importante – a Parte 2 dá continuidade às tramas iniciadas no último episódio,
como a partida da jangada com seus quatro tripulantes ou a tentativa de abrir a
escotilha no meio da floresta, apresenta novas tramas, como a do sequestro de
Aaron, e encaminha tudo para o grande
final.
No último
episódio, vimos um grupo ser liderado por Danielle Rousseau rumo à Black Rock,
que descobrimos ser um navio que transportava escravos e que, de algum modo,
está abandonado no meio da ilha,
a muitos
quilômetros da praia. Toda a sequência das dinamites é de tirar o fôlego, e
a explosão de Arzt é um dos momentos mais chocantes dessa temporada de
“Lost”, o que é bizarro, porque sabemos,
desde o início da cena, que ele vai acabar
explodindo
a qualquer momento… quando finalmente acontece, no entanto, parecia que não
estávamos preparados para aquilo.
E
Hurley chega a se sentir culpado, a achar que isso só aconteceu porque ele foi
junto e ele “leva má sorte”. Depois, com cuidado, Jack e Locke enchem duas
mochilas com 6 dinamites para carregarem com cuidado até a escotilha, para ver
se conseguem abri-la…
ou se morrem no
meio do caminho.
A jangada,
por sua vez, também traz ótimos momentos, em especial para o Sawyer – que
estava particularmente bonito naquela jangada! Não sei se era pelo cabelo
amarrado ou se é por ele bancar o herói pulando no mar para resgatar o leme que
acaba caindo… ou o seu tom canalha ao comentar as mensagens que as pessoas
escreveram e colocaram na garrafa, se perguntando quem é Hugo e por que tem
tanto dinheiro assim, por exemplo. De qualquer maneira, toda a sequência da
jangada traz ótimos momentos tanto para o Sawyer, que se mostra muito útil
quando resgata o leme, quanto para Michael e Walt, que construíram uma relação
de pai e filho nas situações absurdas a que foram submetidos durante essa
primeira temporada de
“Lost”. É
interessante acompanhar onde Michael e
Walt estão agora e lembrar de como eles eram quando isso tudo começou.
Os
flashbacks do episódio seguem o modelo
da Parte 1 e são incríveis… o primeiro
flashback
mostra Jin sendo ameaçado no banheiro por um dos empregados do Sr. Paik,
mostrando que ele não tem chance alguma de fugir com Sun e recomeçar uma vida
em outro lugar depois de “entregar o relógio”, como era o seu plano; talvez ter
caído na ilha tenha sido a única maneira de ambos serem livres. O segundo
flashback é de Charlie, e o vemos na
manhã do voo, ainda tão dependente das drogas, e pensamos no quanto ele evoluiu
–
mas é um flashback doloroso, ainda mais
perto da tentação que ele está prestes a enfrentar na ilha. O terceiro
flashback mostra Michael tentando lidar
com Walt, já no aeroporto, e uma ligação dele para a mãe, dizendo que não sabe
como vai ser cuidar de Walt e perguntando se ela não pode ficar com ele…
não sabemos quanto disso Walt ouviu.
Um novo
problema se apresenta na ilha durante esse episódio – como se não bastasse a
jangada no mar sem sabermos o que vai acontecer com ela, as dinamites que podem
explodir a qualquer momento e os Outros que supostamente estão preparando para
atacar os sobreviventes do Voo 815, ainda temos que lidar com Danielle Rousseau
sequestrando o bebê de Claire – que
agora ganha um nome, Aaron. Rousseau é descontrolada, mas, infelizmente,
Charlie acaba a deixando sozinha com Claire, e a próxima coisa que sabemos é
que o Aaron foi sequestrado e que Claire está
desesperada… naturalmente. Há muitos anos, Danielle Rousseau perdeu
o seu filho, que foi levado pelos Outros, e agora que ela viu a fumaça negra no
céu novamente e sabe onde os Outros estão, ela acha que pode levar um novo bebê
para eles, se é o que eles querem, em troca do seu filho de volta.
Toda a
sequência é
angustiante. Claire está
nervosa, Charlie quer fazer alguma coisa, Sayid é o único que mantém a calma e
pensa racionalmente em como eles podem resgatar Aaron:
indo até a fumaça negra, porque é lá que Rousseau estará com o bebê de
Claire. Uma cena que me marca nessa sequência é a cena da Sun conversando
com a Shannon e perguntando se ela acha que eles estão sendo punidos pelas
coisas que fizeram no passado, pelos segredos que guardaram, pelas mentiras que
contaram, e então Claire, soturna, diz que “ninguém os está testando” e que
“não existe destino”. Sun ficou com isso na cabeça desde a despedida de Jin no
último episódio, quando ele comentou que estava sendo punido por tê-la feito
sofrer, e embora Claire diga que
ninguém
os está testando, Charlie e Sayid acabam chegando justamente no avião cheio
de heroína no qual Boone morreu…
Bem agora
que Charlie estava se recuperando. Bem depois de um flashback nos lembrando de como ele era dependente até subir
naquele avião.
Será?
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