Audições.
Parece que
Allegra vai se dividir entre os dois tempos – e quando ela vai ou volta não é
bem sua escolha, o que quer dizer que
isso pode gerar grandes problemas futuros. Gostei bastante do segundo episódio
de “Entrelazados”, talvez mais do que
da estreia, embora eu ainda não esteja pronto para rasgar elogios elaborados à
série. De qualquer maneira, gostei de como uma cena de Cocó e Allegra, em 1994,
escancara os paralelos entre a trama da série e “Sexta-Feira Muito Louca”, o musical que está sendo montado – ah, e
aproveito para compartilhar, com certa vergonha, que só graças a “Entrelazados” é que descobri que “Freaky Friday” é um filme de 1976 e
baseado em um livro de 1972… porque eu só conhecia mesmo a versão de 2003
protagonizada pela Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis – inclusive, é um filme de
que gosto bastante, “Entrelazados” tá
me deixando com vontade de revê-lo.
Allegra
começa o episódio ainda no passado, pouco depois de a mãe cair no palco e ela
tentar abraçá-la, e quando Caterina chama o segurança, Allegra precisa escapar o mais rápido possível, e tem a sorte de
conseguir voltar ao presente. Achei interessante pensar que conseguiremos
acompanhar ambos os tempos em paralelo, porque tem muita coisa acontecendo no presente – toda a trama do acidente,
no entanto, não me parece algo que vai se prolongar, pelo menos não o drama,
tendo em vista que os médicos já falaram claramente que “Caterina vai se
recuperar”. Enquanto isso, Allegra pode interagir com a avó provavelmente mais
do que interagiu durante toda a sua vida, e estou gostando das cenas das duas –
embora Cocó, assim como Caterina durante toda a vida, não queira falar sobre o
que aconteceu entre ela e a filha, “porque é muito complicado”.
De qualquer
maneira, Allegra vai descobrir isso tudo por conta própria… e Cocó vai ajudá-la
no futuro como pode. Quando Allegra é chamada de volta para as audições de “Freaky Friday”, ela acaba não chegando
a tempo por causa de toda a confusão de viagem no tempo e acidente da mãe, mas
Cocó a incentiva a correr até a Eleven O’Clock, porque é uma chance que ela não pode perder – e quando ela é impedida de
fazer a audição porque os jurados já
estão indo embora, ela acaba improvisando uma audição ali no meio da rua
mesmo, com a ajuda do fofo do Félix (!), e isso chama a atenção dos jurados…
quer dizer, não da Greta, que transfere toda a rivalidade que sempre teve com
Caterina e Cocó a Allegra, mas Allegra arrasa e ganha a sua chance – e se Greta
quer se apoiar a todo custo no fato de que “ela não tem a autorização da mãe
para fazer parte do musical”, Cocó arrebenta e aparece dizendo que ela assina a
sua autorização…
Afinal de contas, enquanto Caterina estiver
no hospital, ela é a responsável legal por Allegra!
Com isso
“acertado” no presente, Allegra começa a fazer de tudo para retornar ao
passado: afinal de contas, ela descobriu uma capa de revista de 1994 na qual
Caterina aparece como “a herdeira do legado de Cocó” ou qualquer coisa assim,
mas ela descobre que foi Greta quem fez o papel protagônico em “Freaky Friday”, o que quer dizer que,
de alguma maneira, Greta conseguiu sabotar Caterina como estava planejando, e
Allegra é a única que sabe disso e, consequentemente, a única que pode impedir…
para isso, ela precisa retornar ao passado e se tornar parte da Eleven O’Clock
– não que será fácil, nem voltar ao passado, nem entrar na companhia de teatro.
As tentativas de retorno ao passado com Félix são uma ótima sequência do
episódio, e então Allegra acaba conseguindo retornar quando não estava nem tentando – e acaba na sua própria casa, só
que em 1994…
E em cima das flores da bisavó!
Então,
Allegra corre… o episódio traz algumas sequências musicais interessantes, mas
eu continuo não conseguindo me envolver com o romance que está nascendo entre
ela e Marco – para mim, isso é muito segundo
plano em relação à história principal, e Allegra tem outros objetivos: ela precisa conseguir uma audição e um papel
no musical! Naturalmente, o elenco já está formado e não sabemos como
Allegra vai convencer Cocó a deixar que ela ao menos tente, mas Allegra joga
bem e fala sobre como é importante para ela fazer parte daquele musical, e diz
que não pode explicar o quanto porque “é como dançar… se ela tiver que explicar
como se sente, não é o mesmo” – algo que Cocó lhe dissera recentemente em 2021.
Isso parece ser o suficiente para, no
mínimo, chamar a atenção de Cocó, então ela resolve dar uma chance a Allegra e
vai ouvi-la.
Adoro como
Cocó coloca Greta no seu lugar quando a garota protesta, alegando que não tem
mais lugar no elenco, e Cocó responde que “alguém sempre pode sair”. Cocó é uma
personagem interessante e, até agora, minha favorita em “Entrelazados”. Deve ter sido impossível
ser sua filha, mas sua força e determinação me fascinam, e eu gosto da trama de
ela cobrar demais a filha e os impactos que isso tem na vida de Caterina –
começo a pensar que o fato de Caterina não ter estreado como a protagonista de “Freaky Friday” foi uma escolha pessoal
por causa da cobrança opressora de Cocó mais do que por causa de algum plano de
Greta, mas isso é algo que ainda descobriremos nas viagens no tempo seguintes…
de qualquer maneira, o episódio termina com Allegra fazendo uma espécie de
audição, mas ela é humilhada por
Cocó, que diz que ela não pode fazer parte da companhia…
Ela nunca será tão boa quanto Caterina. Que
irônico, não?
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