Entrelazados 1x06 – Rewind
O aniversário de Caterina.
“Entrelazados” consegue se sair muito
bem como série porque tem alguns personagens que adoramos acompanhar, como a
Caterina de 1994 e mesmo a Cocó, que é cheia de defeitos, mas é uma personagem
rica e interessante. Allegra, por sua vez, está se mostrando uma protagonista
que deixa a desejar, porque eu não consigo me simpatizar com ela, nem mesmo
quando ela “percebe” que foi egoísta e arruinou a vida da mãe em 1994 e começa
a fazer de tudo para consertar o seu erro… além disso, seu pretenso romance com
Marco é um dos romances mais chatos e
sem sal que eu já vi em uma série
adolescente! Em paralelo, devo elogiar o Félix, que é divertido, carismático e
uma das poucas pessoas sensatas dessa
história toda: amo como ele fala a Allegra, por exemplo, que ele precisa focar
no presente e “consertar” a relação de Cocó e Caterina ALI.
No último
episódio, Allegra contou a Cocó Sharp sobre uma entrevista importante que
Caterina tinha com Oliverio, algo que poderia mudar a sua vida e ajudá-la a
realizar o seu sonho de se tornar uma escritora, e então Cocó pôde, com uma
ligação, impedir que a filha realizasse seu sonho – e a culpa era toda de
Allegra! Por isso, por mais que fosse uma coisa de “vou consertar o erro que eu
cometi”, eu não consegui sentir nada pela Allegra tentando falar com Caterina,
pedindo desculpas ou tentando conseguir uma nova chance para a mãe… cara, ela pisou na bola feio e falhou
miseravelmente em perceber que ela estava fazendo com a mãe a mesma coisa que a
mãe fazia com ela ao não respeitar suas decisões e não entender/reconhecer seus
sonhos. Seguindo conselhos de Félix, o melhor amigo, e de Lucía, a bisavó, além
de refletir sobre as próprias ações, Allegra quer mudar.
Talvez, no
entanto, seja tarde para isso… Caterina já foi dispensada! Com toda a razão,
Caterina não quer saber nada sobre “Laura”, o nome que Allegra usa no passado,
mas isso não impede Allegra de tentar – ela fala com Oliverio depois de ter
estudado sua biografia no futuro (inteligente!), conseguindo uma nova chance
para Caterina, e também resolve “desafiar” Cocó… o que, é claro, nunca é muito
inteligente. De qualquer maneira, isso é importante para que Allegra comece a
entender que talvez mais do que mudar o
passado a seu favor, ela tem que entender
o que aconteceu entre a mãe e a avó – e, pela primeira vez, Allegra começa
a cogitar a possibilidade de que o problema não é Caterina, como ela sempre
pensara, porque “Cocó não é a pessoa que ela idealizou”. E Cocó realmente toma
algumas decisões horríveis nesse episódio que impactarão o futuro.
Dentre elas,
Cocó assina um contrato garantindo que Caterina interpretará, sim, a
protagonista de “Sexta-Feira Muito Louca”
– no lugar de Caterina, eu resolveria isso mantendo-me firme em minha decisão:
ela já renunciou à companhia, ela já disse que não interpretará a Ellie, e se
Cocó assinou um contrato dizendo o contrário, foi uma escolha própria e ela que
lide com qualquer consequência e prejuízo da quebra de contrato… talvez seja o
que Caterina fará afinal; ou talvez Cocó a obrigue a participar do musical. De qualquer maneira, a relação das duas está
por um fio e, como sabemos, não vai se sustentar. Cocó é uma péssima mãe,
autoritária e intolerante, e não tem a menor capacidade de ouvir a filha e, depois de ter esquecido seu aniversário e acabar
com uma festa surpresa que fizeram para ela, ela quer bancar a boazinha “dando
um presente” para a filha…
E novamente fala sobre como ela será uma
ótima “Ellie” ou qualquer coisa assim.
Caterina
precisa continuar se impondo – até
porque recuperou sua chance como escritora!
Uma trama
paralela e sempre chata de se acompanhar é o de Allegra e Marco – no último
episódio, em uma visita ao túmulo de Lucía, Allegra descobriu que Marco morrera
em 1994, e agora ela está o acompanhando a todos os lugares e tentando
impedi-lo de correr qualquer tipo de perigo… é tudo muito vago, forçado e sem
graça, se você me perguntar. De qualquer maneira, fiquei feliz por perceber que
o episódio conseguiu não girar em torno
disso e da sugestão de que a morte de Marco (se é que ele morre mesmo,
estou com umas teorias aí, mas não vale a pena comentar agora) vai ter alguma
relação com a noite de estreia de “Sexta-Feira
Muito Louca”, o que quer dizer que tudo convergirá na mesma trama e não
teremos que acompanhar uma história paralela inteiramente dedicada à Allegra
salvando a vida de Marco… embora, no
presente, ela esteja em busca de respostas.
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