“It’s a
leap of faith, Jack”
BEM-VINDOS À
ESTAÇÃO CISNE! POR FAVOR, APERTE O BOTÃO A CADA 108 MINUTOS. A segunda
temporada de “Lost”, uma das melhores
temporadas da série, na minha opinião, introduz a Iniciativa Dharma através da
Estação Cisne, a terceira de seis estações, e o primeiro vídeo de orientação de
que temos notícia. “Orientation”,
exibido em 05 de outubro de 2005, finalmente traz um pouquinho mais do que
aconteceu dentro da Estação Cisne depois de Kate, Locke e Jack descerem. É
muito legal explorar novos cenários e novidades que vão além da aparição de
Desmond, um personagem que eu adoro, e chega, por exemplo, a novos mistérios e
possíveis indícios de respostas quando vemos, por exemplo, ursos polares sendo usados no vídeo de orientação. Uhm, talvez haja um motivo pelo qual vimos
um urso polar na floresta na primeira temporada.
Gosto muito
de “Lost”, da maneira como a história
é construída e conduzida, e de como vários detalhes são cuidadosamente pensados
e tornam a experiência quase imersiva – reassistir agora não é exatamente a
mesma coisa de viver a série em 2005, quando passávamos a semana reunindo as
perguntas e conversando com outros fãs para levantar teorias (sempre digo que “Lost” foi uma série VIVIDA intensamente
por todos os fãs na época, é isso o que a torna tão grandiosa e tão
importante!), mas é muito bom ver algumas peças se encaixando enquanto
perguntas continuam se acumulando. Nunca reclamei, como algumas pessoas fazem,
das “perguntas sem respostas” de “Lost”,
até porque eu acho que a série responde os maiores mistérios, sim, mas não de
uma maneira mastigada – somos nós que
temos que reunir tudo o que vemos e sabemos e construir respostas.
Além da
Estação Cisne, “Orientation” também
começa nos apresentar outros personagens
em outra parte da ilha: Sawyer e Michael retornaram à ilha no fim do episódio
passado, e foram “recebidos” por Jin, que estava fugindo de um grupo agressivo
que ele acredita ser os famigerados “Outros”. Toda a sequência é misteriosa e
interessante, e acompanhamos os supostos “Outros” prenderem o trio em uma
armadilha no chão, onde depois mais uma prisioneira é jogada: Ana Lucia. Ana Lucia se apresenta como
uma das passageiras do fundo do Voo 815 e consegue arrancar de Sawyer, Michel e
Jin algumas informações, antes de ser retirada por quem quer que os tenha
prendido ali dentro, levando consigo a arma de Sawyer – ela está com eles, afinal. De qualquer maneira, o que ela disse não
pode ser mentira… afinal de contas, a vimos brevemente conversar com Jack no
aeroporto antes do voo.
Então ela é mesmo uma das sobreviventes… o
que quer dizer que eles não são os Outros.
Não ainda.
Os flashbacks do episódio acompanham John
Locke – o que faz muito sentido, já que a escotilha foi descoberta por ele (e
Boone… saudades do Boone) e ele acredita no que Desmond lhes diz. Durante o flashback de Locke, que acontece alguns
anos depois de o pai ter se aproximado dele apenas para “roubar” seu rim, vemos
Locke procurando ajuda para tratar o trauma de ter sido enganado e usado
daquela maneira, mas ele não parece estar realmente muito perto de superar todo esse problema, já que ele
vive dirigindo até a casa do seu pai para ficar estacionado lá na frente. A cena do pai saindo para falar com ele e
dizendo que não se importa, que ele não é bem-vindo e que ele precisa “seguir
em frente” é dolorosa, mas nem isso é o suficiente para afastar o John.
Helen até tenta fazê-lo, com uma paciência admirável, mas John ainda está muito
preso a essa história e a essa dor.
Mas falemos
da Estação Cisne… é uma das minhas partes
favoritas da série. Depois daquele momento tenso em que Desmond aponta uma
arma para Locke e Jack aponta uma arma para Desmond, Kate aparece para tentar
acabar com toda a situação, mas, quando atinge Desmond, ele acaba disparando
contra o computador no qual, a cada 108 minutos, ele digita um código e aperta
“executar” – supostamente para “salvar o
mundo”. Agora, desesperado, Desmond tem pouco mais de 90 minutos para
consertar o computador. Jack não acredita que aquilo possa realmente estar “salvando o mundo” ou que “todos vão morrer se ele
não apertar o botão até o relógio chegar a 0”, mas a verdade é que muita coisa estranha aconteceu a eles desde
que eles caíram nessa ilha… e eles estão mesmo dispostos a testar a sorte?
Então, Kate corre para pedir a ajuda de Sayid.
Enquanto
Kate busca Sayid e Desmond faz de tudo para tentar consertar o computador, Jack
e Locke são convidados a assistir um vídeo de orientação da Estação Cisne e,
quem sabe, entender por que o que Desmond
está fazendo ali há 3 anos é tão importante. O vídeo de orientação, como é
chamado, é um dos melhores momentos do episódio, porque consegue dar
informações cruciais sobre a Iniciativa Dharma, um projeto criado nos anos 1970
e que pretendia reunir cientistas de todo o mundo para estudar coisas como
eletromagnetismo, zoologia e uma série de outras coisas… e eu adoro como o
vídeo dá dicas do que vimos ou do que veremos na série nessa e nas próximas
temporadas – eu sinto uma emoção em
ver o uniforme da Dharma, para dizer a verdade! Em algum momento do passado, um
“incidente” (!) aconteceu e, para que ele não volte a acontecer, o botão precisa ser apertado a cada 108
minutos.
Não é muita
informação… mas é tudo o que eles têm.
“Welcome. I'm Dr Marvin Candle, and this is the
orientation film for Station Three
of the Dharma Initiative. […] The Dharma
Initiative was created in 1970 and is the brainchild of Gerald and Karen DeGroot, two doctoral candidates at the University of Michigan. Following in the footsteps of visionaries such as BF Skinner, imagined
a large-scale communal research
compound where scientists and
free-thinkers from around the globe
could pursue research in meteorology,
psychology, parapsychology, zoology,
electromagnetism, and utopian social […] Station Three was
originally constructed as a
laboratory where scientists could work to understand the unique electromagnetic fluctuations emanating from this sector of the island. […] Congratulations! Until your replacements arrive, the future of the project is in your hands. On behalf of the DeGroots, Alvar Hanso, and all of us at the Dharma Initiative,
thank you, namaste, and good luck”
O embate
entre Jack e Locke está cada vez mais intenso, e Jack acaba indo embora da
Estação, revoltado, enquanto Kate consegue levar Sayid até lá – e Sayid não tem
perguntas a fazer sobre o computador: ele
sabe que tem pouco tempo para consertá-lo e, depois, eles podem explicar o que
está acontecendo. Desmond, quando falha em consertar o computador, acaba
fugindo para a floresta, o mais longe que puder da Estação, e tem uma cena
interessante com o Jack, quando finalmente o reconhece do estádio, e aqui
percebemos um Jack irritante, sim, mas que está cético e irritado justamente
porque está com medo que Desmond esteja
dizendo a verdade, no fim das contas. Eventualmente, ele acaba retornando à
Estação e, com o computador arrumado, ele e Locke parecem assumir a função de
Desmond, a função dada a eles no vídeo de
orientação…
Agora, é sua
vez de apertar o botão e salvar o mundo.
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