Star Trek: Discovery 4x01 – Kobayashi Maru
Recomeço da
Federação.
“Star Trek: Discovery” é, e sempre foi,
um espetáculo para os olhos. Com a mesma produção impecável de sempre, “Kobayashi Maru” é a estreia da quarta
temporada enquanto o universo de “Star
Trek” tenta um recomeço e a Federação está voltando a ganhar força depois
da Combustão, trama principal da temporada anterior, que causou uma série de
problemas e diminuiu a credibilidade da Federação. Agora, a Frota Estelar está
viajando mundos, “indo a lugares onde ninguém foi antes”, enquanto a Federação
volta a crescer e ganhar a confiança e o apoio de civilizações que a tinham
deixado há muito tempo. É nesse contexto que nos reencontramos com a USS
Discovery e a tripulação que amamos, agora oficialmente comandada por Michael
Burnham, que está na cadeira de Capitã, mas talvez ainda precise aprender
algumas coisas.
Particularmente,
o que eu acho mais fascinante em “Star
Trek” é justamente a exploração de novos mundos e civilizações, e eu
adoraria que “Star Trek: Discovery”
se baseasse mais nisso – é por isso que eu estou tão animado para a estreia de “Strange New Worlds” no ano que vem;
acredito que a nova série talvez vá explorar sequências mais parecidas com os
10 minutos de abertura de “Kobayashi Maru”,
que foi minha parte favorita no episódio todo: aqui, Burnham está visitando um
planeta para oferecer dilithium para sua civilização, numa tentativa de mostrar
que a Federação é confiável novamente. A sequência é impressionante, e além de
ser uma sequência de ação eletrizante, também traz os Aishains, um
“povo-borboleta”, como alguns personagens os chamam, que são de tirar o fôlego. A beleza dessa
construção toda é de se aplaudir!
Depois da
introdução brilhante, “Discovery”
retorna a algo que tem mais a sua cara, o que não é uma crítica de fato, porque
eu gostei do episódio. O episódio trabalha com uma história principal que tem
muito a cara de “história da semana”, ao mesmo tempo em que introduz uma trama
que deve ser o centro da quarta temporada e brinca com “teasers” de histórias
para as quais ainda precisaremos nos voltar em algum momento…é o caso de Booker
em Kwejian, por exemplo, e toda aquela destruição no fim do episódio que deve
crescer para ser a principal trama da temporada, em algum momento; e as ótimas
cenas de Saru com Su’Kal em Kalvinar – além de ser, novamente, um espetáculo
para os olhos, as cenas de Kalvinar têm muito potencial de desenvolvimento, e
eu estou feliz por acompanharmos Saru: seja de volta na USS Discovery ou não.
Em grande parte,
parece que a quarta temporada vai ser essa retomada da Federação, tentando
voltar a ser o que fora um dia, enquanto a Presidente Laira Rillak toma algumas
decisões sobre como quer manejar as coisas. Quando o Comandante Nalas entra em
contato com a Federação pedindo ajuda por causa de alguma emergência e a USS
Discovery se prepara para saltar em seu auxílio, Laira Rillak anuncia que “ela
também vai”, e percebemos que haverá um embate contínuo entre a Capitã Burnham
e a nova Presidente, porque as duas encaram
as situações de maneiras muito distintas… desde um primeiro momento Burnham
não gosta da ideia de levar a Presidente consigo, porque acredita que a) ela só
está fazendo isso para poder dizer que “teve experiência de campo”, e b) ter a
Presidente na USS Discovery pode colocar em risco a sua tripulação.
De qualquer
maneira, a Presidente não precisa de autorização para embarcar (!), então ela
acaba estando presente na missão, dando os seus pitacos, especialmente quando
as coisas parecem prestes a dar muito
errado e Michael Burnham toma decisões com as quais ela não concorda – eu
acho que ambas tinham certa razão, no fim das contas, mas eu ADOREI a Burnham
lidando com ela perguntando se ela vai tirá-la da cadeira de Capitã… porque, se não for esse o caso, “ela tem um
trabalho a fazer”. No fim a Presidente Laira Rillak questiona a capacidade
de liderar de Michael Burnham e, embora eu não tenha gostado muito da maneira como ela disse as coisas que
disse, ela tem certa razão ao falar que Burnham precisa aprender a respeito de
equilíbrio e decisões difíceis porque, no fim das contas, talvez ela não possa salvar todo mundo sempre.
Talvez
Michael tenha que aprender isso da maneira difícil nessa temporada!
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