The High School Heroes – Final Chapter

Last Battle. 6 Colors of Friendship and Unity.

ESSA SÉRIE MERECE MUITO UMA SEGUNDA TEMPORADA. “The High School Heroes” conquistou um grupo de fãs que se apaixonou pela sua forma de contar história, pelos temas abordados, pelo visual e pela ação – “The High School Heroes” foi uma série que conseguiu juntar o tokusatsu e o dorama de maneira perfeita e poderia facilmente ser uma temporada de aniversária do Super Sentai, porque a maneira como homenageou e honrou o legado de “Gorenger”, o primeiro Sentai, foi impressionante, respeitoso, sensível e atual. Foram 8 incríveis episódios, mas a fascinante química desses personagens nos deixa com a certeza de que eles podem voltar a qualquer momento e haverá ótimas histórias que eles ainda podem contar e, se isso acontecer, eu estarei aqui, feliz curtindo cada novo episódio de “The High School Heroes”. Que tal fazer mais umas cinco temporadas e finalizar com o aniversário de 50 anos do Super Sentai?!

Joguei a ideia e saí correndo.

O episódio começa depois de a memória de Taisei ter sido apagada durante a batalha do episódio anterior… ele enfrentou sozinho o Black Cross Majin depois de descobrir que Amari, o mentor do Clube de Defesa da escola, fora colega de seu pai na época de escola e fora quem desenvolvera o aplicativo para os Majins, e agora trabalhava para o diretor… com toda essa questão de “modificação de memória”, no entanto, fica difícil saber o que é realmente verdade em relação ao passado e o que não é. De qualquer maneira, Taisei parece ter se esquecido de tudo o que envolve os Heróis e os Majins – não apenas a sua batalha contra Amari e as recentes descobertas, mas tudo: como ele se tornou o Akahero e como recrutou pessoas para o Clube de Defesa para que a escola pudesse estar protegida contra as ameaças. É tão triste vê-lo dedicado aos exames e distante disso tudo.

Mas, narrativamente falando, é um máximo, porque podemos ver uma situação em que os papeis se invertem. Quando a série começou, ninguém além do próprio Taisei levava muito a sério a história de “heróis”, e agora os amigos precisam fazer o que ele fazia e recrutá-lo de volta até que ele se lembre. Enquanto isso, eles mesmos precisam enfrentar o Black Cross Majin, quando chegam à descoberta feita por Taisei no episódio anterior: que Amari é o Majin mais poderoso, o “chefe final” que eles precisam derrotar. É interessante que uma das grandes batalhas finais do episódio aconteça dentro da escola, no Clube de Defesa, um cenário até então seguro em que já encontramos com esses personagens tantas vezes… é um estrago a batalha acontecer ali, o que também meio que parte o nosso coração, e dá aquela sensação de despedida.

Durante a batalha dos demais heróis, Taisei está envolvido em um dos seus exames, mas escuta o grito de Hana e alguma coisa dentro dele ainda se lembra, então ele sai correndo para ajudar. E é um momento lindo, porque evidencia algo que sua mãe falara: que com ou sem memória, ele continua sendo ele mesmo. Ele pode não se lembra do aplicativo, dos Majins e de suas lutas como o Akahero, mas ele continua sendo o Taisei e continua sendo um herói. Ele está ali para defender os amigos. É ali, na sede do Clube de Defesa, onde Taisei volta a ver o Akarenger (!), o aplicativo volta para o seu celular (!), e os amigos seguram o Black Cross Majin enquanto tentam fazê-lo se lembrar de tudo… é uma sequência tensa que trabalha bem o suspense e nos deixa apreensivos, até o momento em que Taisei finalmente aperta aquele botão e está convencido o suficiente para que se transforme…

É tão bom vê-lo de volta ao seu uniforme de Akahero.

Como o Vermelho dessa equipe, Taisei merecia uma sequência impactante nesse episódio final, e ele ganha um pouquinho de tudo. Ele tem uma sequência de ação impressionante e eu ADOREI ver Akahero e Akarenger lutando lado a lado até se tornarem um só – porque o Akarenger que vemos é, na verdade, parte do Taisei –, mas ele também tem uma cena mais emotiva e bem de líder quando ele confronta Amari depois da batalha, percebendo que Amari também teve sua memória alterada, porque ele não se lembra da cicatriz que deixou nas costas de Taisei no suposto ataque de 10 anos atrás. Taisei de fato foi atacado pelo Black Cross Majin quando era criança, mas se Amari não se lembra de nada disso, talvez ele não tenha sido o Black Cross Majin durante todo esse tempo, como ele acredita… talvez seja mesmo o diretor o grande vilão dessa história.

Gostei muito de revisitar o passado e conhecer a verdade, vendo que até a morte do pai de Taisei não foi causada pela transformação de Amari em Majin, conforme tínhamos pensado no episódio anterior, e visualmente as cenas são incríveis, com todo o grupo de heróis sendo levado de lugar a lugar para assistir às cenas que preenchem o quebra-cabeças, sem poderem interferir em nada porque são apenas memórias. Agora, eles terão que enfrentar o verdadeiro “chefe final” da história: O DIRETOR. Para isso, quando ele tenta mexer com a memória deles assim como está fazendo com toda a escola e pretende fazer com todo o país, Amari se transforma no Black Cross Majin uma última vez, dessa vez não para fazer o mal, mas para proteger os seus alunos. É um arco de redenção bem interessante e inesperado para o personagem… gostei bastante.

Para a batalha final contra o Diretor, ganhamos uma série de momentos icônicos, a começar pela maneira como eles chegam até o local da batalha, que é nas bicicletas, recriando a cena que víamos semanalmente na abertura – só que, agora, eles não estão morfados. A batalha também é linda de se assistir, porque eu comento nas minhas reviews de “Power Rangers” sobre como gosto de ver os heróis lutando sem estarem morfados ou como gosto das cenas em que eles estão morfados, mas sem os capacetes, e é o que “The High School Heroes” nos entrega nessa sequência perfeita. Adorei ver a transformação deles sem os capacetes, adorei vê-los se apresentarem uma última vez podendo ver a expressão dos atores, e adorei acompanhá-los enquanto eles lutavam sendo eles mesmos. É, provavelmente, a minha batalha favorita na série toda.

No fim, os heróis conseguem salvar a escola, se livrar do diretor, que se arrepende de seus atos nos últimos minutos, e acabar com a lavagem cerebral que estava tomando conta do país – com uma ajudinha de Amari, que faz algumas alterações no aplicativo original que transforma as pessoas em heróis. “The High School Heroes” é uma história fechada e muito bem-contada, mas que nos deixa com um gostinho de “quero mais” e que pode, tranquilamente, ganhar uma sequência sem comprometer a sua ideia original. Adorei acompanhar esses personagens durante esses oito episódios, e adorei essa conclusão com o Clube de Defesa bem e “tranquilo”, o Hyuma se aceitando 100% como “parte da equipe”, e aquela visita deles à praia, pensando em tudo o que viveram e se reunindo para tirar uma “foto de herói” da equipe toda reunida. Sensacional!

Já estou com saudades.

 

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