Lost 2x09 – What Kate Did
“Dad?”
Facilmente
um dos melhores episódios dessa temporada de “Lost” – no entanto, eu tenho a sensação de que venho dizendo isso
com frequência desde que comecei a assistir novamente a série. Acontece que, a
cada episódio, “Lost” me surpreende
pela maneira intensa e inteligente de contar sua história, e cada vez eu
entendo mais porque vivemos “Lost” tão intensamente na época em que
ela esteve no ar e podíamos comentar e teorizar com outros fãs durante uma
semana inteira antes do lançamento do próximo episódio… esse lance todo do resto da fita da Estação Cisne deve ter dado o que
falar na época! “What Kate Did”,
exibido em 30 de novembro de 2005, é um episódio com um flashback importante para uma personagem que sentíamos que já
conhecíamos razoavelmente bem, mas um episódio que também conta com um bom
desenvolvimento na ilha.
Kate está na
Estação Cisne, fazendo questão de cuidar de Sawyer exaustivamente – o que, é
claro, incomoda o Jack, mas eu adoro ver o Jack incomodado. Depois de ela
passar 24 horas inteiras se recusando a sair do lado de Sawyer, Jack só
consegue fazê-la sair um pouco quando pede que ela busque comida para ele, e é
quando Kate começa a ver coisas que a fazem questionar sua sanidade mental… coisas como um cavalo no meio da floresta.
Bem, um cavalo um deveria estar ali, mas para uma ilha em que eles já viram um
monstro de fumaça e um urso polar, eu não acho que o cavalo seja o maior dos
problemas deles… é claro, no entanto, que o cavalo parece significar algo para
Kate. E, mais tarde, Kate acaba ouvindo o Sawyer perguntar “por que ela o
matou” e, naquele momento, não é como se fosse o Sawyer falando… é como se fosse Wayne.
O episódio
nos leva a um flashback
aguardadíssimo que entrega exatamente o que o título do episódio promete: O QUE
KATE FEZ. E preciso dizer que saber o que
a Kate fez não nos permite julgá-la, como talvez achássemos que
aconteceria… voltamos a um momento antes de ela se tornar uma fugitiva da
polícia, e a vemos em casa, esperando a chegada de um homem que é o homem que ela mata. Wayne, o
homem asqueroso e bêbado que chega e a assedia enquanto ela o coloca para
dormir, morre em uma explosão por causa de “um vazamento de gás”. Depois, vemos
Kate ir até uma lanchonete onde sua mãe
trabalha, e então entendemos o que a levou a fazer o que fez: Wayne é o
homem com quem sua mãe está casada, e ele realmente
não presta… além de bater na esposa. Kate fez o que fez para proteger a
mãe, para “cuidar” dela, e ainda a deixa com o seguro da casa.
Sinceramente?
Kate pode não ter feito as coisas do
jeito mais correto, mas eu não a julgo pelo que ela fez… não com um cara
como Wayne morando na sua casa, maltratando sua mãe e com a sua mãe submissa a
isso sem querer denunciá-lo. E confesso que chamei a mãe dela de ingrata quando ela a denunciou à
polícia! Ali, Kate começa a fugir da polícia, chega a ser pega e volta a
escapar, e temos mais uma cena surpreendente que é quando ela vai a uma
delegacia para falar com um policial… que
é seu pai. Ou que, durante toda a vida, ela acreditou ser. A história de
Kate se complica quando descobrimos que o homem que a criou e a amou como sua
filha não era seu pai biológico, e
que ela era filha de Wayne, na verdade, e eu acho que aquilo foi a gota d’água
para ela fazer o que fez. A despedida de Kate com o pai na delegacia é uma cena
surpreendentemente tocante.
Isso tudo
parece estar voltando com tudo a Kate na ilha, e ela tem muito bons momentos.
Um deles é com o Sayid, quando ela está chorando no túmulo recente de Shannon e
se perguntando se está maluca, então, quando ela pergunta a Sayid se ele
acredita em fantasmas, ele conta que viu
Walt na floresta antes da morte de Shannon. Depois, ela retorna para a
Estação Cisne em uma cena forte na qual fala com o Sawyer desacordado como se
ele fosse o Wayne, falando sobre o motivo pelo qual fez o que fez, e é bizarro e triste que ela o associe a Sawyer e,
por isso, deteste sentir algo por ele…
mas não pode evitar. E o episódio prova novamente que Kate tem com Sawyer
uma química que ela nunca apresentou com Jack – mesmo que esse episódio tenha
contado com um deslocado beijo deles. Foi um alívio ver o Sawyer acordado… estava sentindo falta dele.
E doeu
ouvi-lo perguntar se eles tinham sido
resgatados quando vê que está em um beliche!
Outro desenvolvimento
muito bacana do episódio é em relação à própria Estação Cisne e ao botão que
precisa ser apertado a cada 108 minutos – é legal voltarmos a essa trama, legal
relembrar o nome de Desmond (volta, Desmond!), e mais pessoas podem estar se
juntando ao grupo que “aperta o botão”. Locke tem uma cena interessante
mostrando o vídeo de orientação a Michael e ao Sr. Eko, e o Sr. Eko, com o seu
jeito misterioso, tem uma grande contribuição a fazer, com um livro que eles
encontraram do outro lado da ilha, na
Estação Flecha: um livro que trazia os
pedaços do vídeo de orientação que tinham sido claramente cortados. Um
vídeo que, visto completo, parece não adicionar lá tanta informação, mas que
nos deixa ainda mais intrigados, porque o Dr. Marvin fala mais de uma vez sobre o tal “incidente” que não pode se repetir.
Eu acho
fascinante todo o mistério em torno da Dharma na segunda temporada!
E, é claro,
o episódio termina com um dos melhores cliffhangers
da história de “Lost”, que é quando
Michael está examinando o computador e todos os equipamentos da Estação Cisne.
Oficialmente, Locke disse que os números não podem ser digitados no computador
a não ser quando o alarme começa a tocar, nos últimos 4 minutos, e chega a
apertar umas teclas sem sucesso para provar o que está dizendo… quando Michael
está sozinho examinando tudo e ainda faltam 51 minutos para o relógio zerar, no
entanto, ele vê alguma coisa escrita no computador: alguém dizendo “Hello?” Então, curioso (e bem enquanto Locke e Eko
ouvem o Dr. Marvin falando sobre não
tentar usar o computador para outros propósitos porque isso pode gerar um novo
incidente), Michael se senta e responde com outro “Hello?” Depois, o computador pergunta quem é, ele responde e
devolve a pergunta…
E recebe um “Dad?” em resposta.
SERÁ O WALT MESMO QUE ESTÁ DO OUTRO LADO
DESSA CONVERSA?!
Que final!
Que final!
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P.S.: A perfeição do começo desse
episódio: eu SEMPRE achei o Jin LINDO, mas o que é ele saindo sem camisa de dentro da barraca, exibindo aquele corpo
maravilhoso e todo definido? Quer dizer, o que foi aquilo? Que visão do
paraíso! Fiquei até sem fôlego. Tudo o que eu conseguia pensar, quando Sun sai
em seguida e o abraça, era no quanto ela
é uma mulher de sorte. Sério.
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