Lost in Space 3x02 – Contact
“Find Will Robinson”
Uma coisa
que eu elogiei na minha última review
de “Lost in Space” e que eu quero
trazer de volta nesse episódio é o coração imenso dessa série: começamos essa
jornada com a história da Família Robinson, e não importa o quanto a série
tenha crescido desde então, ela continua sendo sobre os personagens, mais do que qualquer outra coisa, o que quer
dizer que seu roteiro é primordialmente baseado na emoção e na relação entre as
pessoas, o que eu acho incrível: é isso o que faz com que o espectador se
envolva de verdade com uma série. “Contact”,
o segundo episódio dessa temporada, traz momentos bastante emocionantes,
inclusive com um personagem que não conhecíamos até então, o que só prova a
maneira como “Lost in Space” é
eficiente em construir emoção no meio
de tantas missões por cenários belíssimos e ótimos efeitos.
Esse segundo
episódio é mais calmo e lento que o primeiro episódio – poucas
sequências de ação, embora tenhamos um pouquinho de Maureen, John e Don West em
uma missão em busca de peças de um robô para poderem consertar o motor da nave
e sair do planeta onde estão… eles estão em uma situação complicada e perigosa
na qual parecem depender de um robô, ao mesmo tempo em que precisam se esconder
deles porque eles querem matá-los e
encontrar Will Robinson. Gosto bastante da dinâmica de Maureen e John, mas
eu preciso dizer que EU SOU APAIXONADO POR DON WEST! Ele é, certamente, um dos
meus personagens favoritos em “Lost in
Space”, e espero que ainda tenhamos a chance de vê-lo em destaque durante
os episódios restantes dessa temporada, já que é a última temporada da série e ele
vai deixar bastante saudade.
Judy, por
sua vez, está em uma missão isolada – continuando a escalada iniciada no
episódio anterior enquanto Penny e Will descem com o titânio necessário para o
conserto da nave, ela chega até a Fortuna, onde ela pode procurar, na
tripulação congelada, Grant Kelly e despertá-lo… ela treina o que dizer ao
acordá-lo, mas, ao fazê-lo, acaba não tendo coragem e diz que “é uma astronauta
em uma missão de resgate” ou algo assim. Foi lindo, na verdade, porque o
episódio todo serviu para construir a relação entre eles, que não é de pai e
filha (até porque, como ela diz, “esse cargo já foi ocupado”), mas que pode ser
significativa de qualquer maneira. A dinâmica dos dois é boa, vemos a
construção de uma admiração mútua, e o momento em que Judy conta para ele quem
é, antes da descida de 2 milhas até o acampamento, temos um momento
perfeitamente emocionante.
Não sabia
que aquela cena de Judy e Grant seria tão
emocionante. Lindíssimo!
Por fim,
temos o aparente desaparecimento do Robô – no episódio passado, Will descobriu
que fora ele quem se livrara do titânio que eles tinham porque queria impedir
Will de sair daquele planeta, sabendo que ele estava sendo procurado e sair
dali o colocaria em perigo. Will se preocupa com ele, enquanto Penny faz uma
descoberta interessante de um lugar no meio da floresta no planeta
desconhecido, mesmo que eles estejam ali há quase um ano, que parece esconder tecnologia alienígena. Eventualmente,
Penny, Will e a Dra. Smith (tudo bem eu ainda não confiar nela? É estranho
vê-la tão prestativa e com a fala tão mansa… estou sempre esperando pela sua
traição) se aventuram em uma missão túnel adentro e descobrem que é ali que o
Robô está e por isso estava desaparecido: ele
encontrou algo que tem a ver com a sua origem.
Enquanto
esperamos o desenrolar de toda a trama que envolve a criação dos robôs no
planeta em que a colônia de crianças se instalou há 350 dias, também ganhamos
um momento tocante no qual o Robô consegue abrir um canal de comunicação com o
Espantalho, que ele enviou atrás de Maureen e John Robinson, muito longe dali. É um momento
emocionante quando os Robinsons, separados por um espaço tão grande, conseguem
conversar e saber que todos estão bem.
Adorei ver o alívio tomar conta de Maureen, adorei ver o Will dando notícias
para os pais, e Penny é quem protagoniza um dos melhores momentos com a mãe,
quando a mãe diz que leu seu livro e o achou genial e quer dizer isso a ela há
um ano, e a Penny abraça o Robô enquanto Maureen abraça o Espantalho, e é como se
as duas estivessem se abraçando… como eu
sempre digo: “Lost in Space” é sobre isso, sobre essa relação entre esses
personagens.
E é belíssimo!
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