Merlin 1x03 – The Mark of Nimueh
“I am the sorcerer!”
Eu me lembro
que, quando assisti “Merlin” pela
primeira vez (lá por 2008 ou 2009), “The
Mark of Nimueh” era um dos meus episódios favoritos na primeira temporada: e realmente é um episódio muito bom!
Trabalhando bem o suspense e trazendo um problema com magia maior do que
qualquer outro que Camelot tenha enfrentado em anos, a trama exige que Merlin
tome algumas atitudes – se ele vai tomar as decisões certas ou não, isso é
outra história. Gosto de como o Merlin foi construído como um personagem
extremamente humano: ele se importa
com as pessoas, ele se diverte, ele se apaixona… essa é, como já comentei em
outras oportunidades, a grande sacada de “Merlin”,
porque desmistifica aquela imagem do mago poderoso e inalcançável que às vezes
é a visão que temos de Merlin nas célebres histórias protagonizadas pelo Rei
Arthur.
Uma
misteriosa feiticeira está trabalhando no subsolo de Camelot, espalhando uma
praga que começa a tirar vidas –
Merlin e Gaius encontram a primeira vítima nas ruas do reino, mas antes que
Gaius possa começar a fazer estudos e tentar descobrir o que causou a morte
daquele homem, ele é chamado às pressas pelo Rei Uther porque também houve uma morte no Palácio.
Rapidamente, a morte vai se espalhando por todo o reino, e o número de corpos
na frente do castelo cresce de maneira assustadora… Gaius sabe que o que quer que esteja acontecendo tem a ver com magia, e com magia poderosa, mas ele não sabe
exatamente o que é, nem como impedir que a doença continue se espalhando –
embora ele eventualmente deduza que a doença está se espalhando pela água, e
então eles podem começar a tentar conter o rápido avanço.
Uther fica
desesperado e irracional – como sempre acontece quando o problema é relacionado
à magia. Eu até entendo o trauma que ele deve ter vivido no passado por causa
da magia, mas é impossível sentir qualquer tipo de simpatia pelo Uther… ele se torna mais detestável a cada episódio.
Buscando, mais do que um fim para a praga, um culpado que ele possa transformar
em “exemplo”, Uther manda Arthur e os cavaleiros de Camelot vasculharem todas
as casas em busca de qualquer sinal que indique a presença de um feiticeiro… e
é assim que temos uma sequência tensa enquanto Arthur invade a casa de Merlin e
Gaius e começa a vasculhar as coisas, como está fazendo em todas as casas, em busca de alguma coisa que os incrimine – e o
livro de magia que Gaius deu a Merlin está lá, à plena vista no quarto
bagunçado do garoto… mas tudo acaba bem.
Pelo menos
naquela cena…
Merlin
gostaria de poder salvar vidas – ele acha que pode fazê-lo usando magia, mas
Gaius acha que eles podem salvar mais vidas chegando até a fonte da doença e
descobrindo uma cura, além de alertar Merlin sobre os perigos que envolver
magia no salvamento das vidas implicaria: afinal
de contas, se alguém descobre que Merlin é um feiticeiro, ele estaria morto.
Mesmo contrariado, Merlin acaba obedecendo a Gaius – mas só até que a pessoa
que contrai a doença e está prestes a morrer seja o pai de Gwen. Então, porque não consegue ver a amiga
sofrer, Merlin acaba indo contra todos os avisos de Gaius e usando magia para
salvar o aldeão. Eu fiquei com pena do Merlin, de verdade, porque ele
estava tão feliz e satisfeito consigo mesmo por ter salvado a vida do pai de Gwen,
e ela estava, também, trabalhando com tanta alegria no dia seguinte, que nenhum dos dois podia imaginar as
consequências disso…
É claro que
o fato de o pai de Gwen ser a única
pessoa do reino a contrair a doença e se salvar chama a atenção de Arthur,
e Gwen é acusada de bruxaria e presa pelo Rei Uther. A cena é desesperadora!
Vemos Gwen implorar, dizer que não é uma feiticeira, e Minerva parte em sua
defesa desde o primeiro momento, o que eu achei muito legal da parte dela;
eventualmente, até mesmo o Arthur acaba a defendendo, dizendo que não acredita
que ela seja a culpada pela morte de todas aquelas pessoas, mas foi ele quem a
levou ao pai, porque não podia ignorar as
evidências, e agora é tarde demais. A única pessoa que pode fazer alguma
coisa para salvá-la é o Merlin… e ele tenta, inclusive assumindo que é um
feiticeiro (!), mas Arthur não acredita
nele, e acaba o “salvando de sua estupidez”, nas palavras de Gaius. Seria
uma ótima cena dos dois se não estivéssemos tão desesperados por Gwen.
Sem conseguir
salvar a vida de Gwen se entregando em seu lugar, Merlin precisa encontrar
outra maneira de salvá-la antes que ela acabe na fogueira e, para isso, ele e
Gaius investigam de onde vem a água do reino, em busca de algum sinal, e acabam
descobrindo uma criatura que é quem está causando e espalhando a morte por
Camelot – ler todos os livros da biblioteca de Gaius em busca de uma maneira de
matá-lo parece algo trabalhoso e que levará um tempo maior do que o que Gwen
tem, então Merlin resolve buscar a ajuda de um sábio com quem vem se
aconselhando desde que ele chegou a Camelot: o Grande Dragão. E, como sempre, o Grande Dragão fala de maneira
vaga, através de enigmas, sem dar nenhuma resposta direta – apesar de que ele é
bastante claro ao falar a Merlin que ele precisará de Arthur para destruir o
monstro… eles terão que trabalhar juntos.
Assim, um
trio inusitado se forma: Merlin, Arthur e Minerva, os três descendo até o
subterrâneo de Camelot para enfrentar o monstro que estiver lá embaixo e salvar
a vida de Gwen. Eu gosto muito de como “Merlin”
vai apresentando a consolidação dessa amizade de Arthur e Merlin, com os dois
confiando um no outro e contando um com o outro cada vez mais, e esse episódio
é uma grande prova disso – só não sei como o Arthur não desconfia que a maneira
como ele derrotou aquele monstro envolveu
magia. De qualquer maneira, toda a história de Nimueh é maior do que apenas
esse episódio: Gaius consegue a liberdade de Gwen levando a Uther uma prova de
que a feiticeira por trás de tudo é Nimueh, alguém que, aparentemente, faz
parte do passado do rei, e Gaius diz a Merlin que “espera que ele não tenha
chamado a atenção dessa feiticeira”.
Mas chamou…
…e ela está vindo para se vingar.
Para mais
postagens de Merlin, clique aqui.
Comentários
Postar um comentário