Merlin 1x04 – The Poisoned Chalice

A jornada de Arthur!

No último episódio, Camelot enfrentou a ameaça de uma feiticeira poderosa que foi responsável pelo que quer que tenha feito com que Uther banisse a magia há 20 anos, e novamente é a causa da morte de muitas pessoas – quando o seu plano é interrompido por Merlin, Nimueh jura vingança… e não é uma trama a ser guardada: Nimueh já está de volta para se vingar de Merlin, matar Arthur e, quem sabe, acabar com Camelot. “The Poisoned Chalice” é o melhor episódio de “Merlin” até aqui, trazendo toda a tensão necessária enquanto a vida de Merlin corre risco, e traz essa amizade/paixão/devoção que Merlin e Arthur têm um pelo outro, em cenas convincentes de deliciosas de se assistir – já vimos o Merlin arriscar a vida para salvar a de Arthur, e agora é hora de vermos o Arthur arriscar a própria vida para salvar a de Merlin, mesmo que o pai se oponha.

O episódio começa com o Rei Uther selando um acordo com Bayard, depois de os reinos estarem em guerra há anos, e Bayard dá a Uther, de presente, dois cálices que ele não sabe que foram adulterados pela feiticeira – Nimueh está em Camelot, disfarçada como uma das servas do reino vizinho. Se passando por “Kara”, a feiticeira faz de tudo para chamar a atenção de Merlin e consegue atraí-lo para uma perigosa armadilha, na qual conta a ele que “viu Bayard enfeitiçar o cálice” e, para salvar a vida de Arthur, Merlin vem à frente e o impede de beber o vinho do cálice envenenado. A sequência é um suspense interessante enquanto nos perguntamos o que vai acontecer – afinal de contas, a acusação é grave e o Rei Uther faz de tudo para não acreditar em Merlin… inclusive, o faz beber do suposto cálice envenenado e, para salvar Arthur, Merlin o bebe.

E quase morre.

“The Poisoned Chalice” traz Merlin lutando pela própria vida, com apenas alguns dias até que o veneno o consuma por completo, enquanto Arthur se preocupa com ele e planeja fazer alguma coisa, e Uther o proíbe, porque “Merlin é apenas um servo” – estou reassistindo a “Merlin” e lembrando do quanto eu SEMPRE DETESTEI o Uther, e o quanto eu esperei ansioso pelo momento em que ele morreria para que Arthur assumisse o trono! Merlin à beira da morte, Gwen e Arthur preocupados, Gaius tentando conseguir um antídoto… quando ele descobre qual foi o tipo de veneno utilizado, ele sabe do que precisa para fazer o antídoto: uma Flor Mortaeus. A flor, no entanto, só pode ser encontrada em uma caverna distante e ela é protegida por uma criatura perigosa e venenosa… Arthur, no entanto, não se importa com nada disso e vai fazer de tudo para salvar Merlin.

Gosto dessa conexão tão clara entre Arthur e Merlin – e gosto de como Morgana dá o empurrãozinho necessário para que Arthur desobedeça o pai e faça o que é certo: afinal de contas, se ele não fizer nada, Merlin vai morrer. Podemos acompanhar essa relação de Arthur e Merlin de dois lados – de um, vemos Arthur arriscando a própria vida sozinho só pensando na segurança de Merlin; de outro, vemos um Merlin que está à beira da morte, com febre e delirando, mas chamando pelo nome de Arthur (!) e, mesmo à distância, fazendo de tudo para garantir sua segurança… mesmo à beira da morte e desacordado, Merlin consegue recitar feitiços que são essenciais para salvar a vida de Arthur – até porque ele está caminhando diretamente para uma armadilha preparada pela própria Nimueh, que o espera na entrada da caverna.

Arthur precisa arriscar a vida mais de uma vez, e ele percebe tarde demais que está caindo em uma armadilha de uma feiticeira ardilosa, mas sejamos francos: Arthur teria caído naquela armadilha conscientemente com a garantia de que conseguiria a flor para salvar a vida de Merlin no fim da jornada. Nimueh conta com a morte de Arthur, embora diga que “não é seu destino morrer nas suas mãos”, mas a Flor Mortaeus realmente está ali na caverna, e ele consegue se esticar para pegá-la enquanto Merlin, distante, chama o seu nome e envia uma luz para guiá-lo para fora da caverna, enquanto pede que ele vá mais rápido (!). É muito bom ver o Arthur conseguindo cumprir a missão e termos a certeza de que o Merlin sairá vivo dessa e que será só por causa de Arthur e toda a sua coragem e devoção – que ele não gosta de admitir, verdade, mas que está ali.

Infelizmente, o nojento do Uther manda prender o Arthur assim que ele retorna a Camelot, e Arthur não tem a chance de levar a Flor Mortaeus a Gaius, mesmo sabendo que Merlin pode ter poucas horas de vida – acho que esse é um dos momentos em que mais desprezamos o Rei Uther nesse início de série (mas não se preocupe, teremos muitos mais motivos para detestá-lo ao longo dos episódios vindouros!), porque a maneira como ele ignora o filho e despreza a vida de Merlin é nojenta, mas ele passa de todos os limites quando Arthur pede, preocupado, que ele entregue aquela flor a Gaius, dizendo que pode mantê-lo preso por quanto tempo quiser, só precisa se certificar de que a flor chegue a Gaius para salvar a vida de Merlin… então, Uther amaça a flor na mão e a joga no chão… SÉRIO, TEM COMO NÃO DETESTAR UM REI DESSES?! Que nervoso que eu passei!

Merlin, no entanto, tem pessoas que se importam com ele… sabendo que Arthur está de volta, ainda que preso, Gwen decide dar um jeito de visitá-lo para que possa ver se ele conseguiu a flor, e é uma sequência muito boa na qual Arthur entende o que está acontecendo e finge uma cena para devolver a comida que ela levou para ele, colocando a Flor Mortaeus em cima da bandeja. E é só assim e graças ao trabalho de Arthur, Gwen e Gaius, que Merlin consegue ser salvo. Sabíamos que Merlin seria salvo, é claro, mas o episódio ainda assim conseguiu gerar suspense e momentos muito bonitos para a dupla Arthur e Merlin, mesmo sendo, talvez, o episódio em que eles menos contracenam… é um episódio importantíssimo para o desenvolvimento da relação entre esses dois, e o próximo episódio também é um episódio de que gosto bastante.

Pode entrar, Lancelot!

 

Para mais postagens de Merlin, clique aqui.

 

Comentários