Os Feiticeiros de Waverly Place: O Filme (Wizards of Waverly Place: The Movie, 2009)
“I’m your
little sister. I taunt you and I tease you and I make your life miserable, but
you love me anyway”
Esse é
facilmente UM DOS MEUS FILMES FAVORITOS DO DISNEY CHANNEL! “Os Feiticeiros de Waverly Place: O Filme” foi lançado no dia 28 de
agosto de 2009, e trazia os personagens da série de TV na maior aventura que eles já viveram – o filme é divertido,
emocionante, inteligente e desenvolve um pouco mais da relação de irmãos de
Justin e Alex, de uma maneira linda, além de nos dar um gostinho de como seria uma competição pelos poderes da família
– e um possível resultado. Eu gosto muito de filmes baseados em séries, porque
sempre acho curioso observar como os personagens se comportam em um cenário diferente (dessa vez, no
Caribe!), e é interessante notar como o tom da narrativa muda, embora “Os Feiticeiros de Waverly Place” tenha
conseguido manter o bom-humor e ótimas piadas ao mesmo tempo em que contava uma
história mais séria.
De maneiras
distintas, esse filme é tão bom quanto “Hannah
Montana: O Filme”.
O início do
filme é inusitado, no sentido de que ainda estamos tentando nos habituar –
estamos em Waverly Place, estamos no cenário da Estação Waverly, mas o fato de
ele não ser filmado como uma sitcom deixa tudo quase “deslocado”, porque
estamos no cenário da série que, até aquela época, tínhamos acompanhado durante
51 episódios (temporadas 1 e 2), mas vendo esse cenário de outros pontos de
vista e com outros enquadramentos… é
quase estranho. A introdução mostra um pouquinho da Alex mexendo nas coisas
do Justin e da Alex tentando encontrar brechas nas regras estabelecidas pelos
pais, e é uma introdução para entendermos que os Russo estão saindo para férias
no Caribe, férias das quais Alex tinha conseguido se livrar, pelo menos até levar o vagão do restaurante para uma
jornada perigosa com magia não-autorizada e ficar de castigo.
Agora, ela
vai ter que viajar com a família…
Tenho a
sensação de que é ali que o filme começa
de verdade – especialmente para quem não está tão familiarizado com a série de TV. Thereza está querendo aproveitar
as férias em família, Max está encontrando seus próprios meios de se divertir
(bagunçando um show de um mágico de rua, por exemplo), Justin está birrento com
Alex porque, por culpa dele, eles estão proibidos de usar magia e,
consequentemente, de visitar os vários lugares mágicos da ilha, e a Alex está
irritada e reclamando de absolutamente
tudo… como qualquer adolescente rebelde. Essa é uma “segunda introdução” do
filme, que não se preocupa em ficar usando elementos da série, e que serve para
que entendamos um pouco da relação entre os irmãos e da relação de mãe e filha
de Alex e Thereza, porque Alex queria poder ir a uma festa com o tal Javier,
por exemplo, e Thereza não a autoriza…
Como sempre,
Alex tenta se safar usando magia, mas ela está sem sua varinha, o que quer
dizer que não tem poderes o suficiente… pelo menos até descobrir que Justin deu
um jeito de levar a poderosa varinha da família para a viagem! Com a varinha de
Justin e um livro de “feitiços proibidos” que ela roubara mais cedo, ela talvez
possa fazer um feitiço para que os pais permitam
qualquer coisa durante as próximas 6 horas. Parece perfeito, até que
Thereza a encontre fazendo magia e interrompa o feitiço no meio, dando uma
bronca na filha sobre como “ela não desiste”, sobre como “ela está de castigo”
e coisas assim… então, quando a mãe sai, Alex tem um momento de raiva no qual
grita que a odeia e que “queria que ela e o pai nunca tivessem se conhecido” –
o problema, é claro, é que ela ainda está com a poderosa varinha nas mãos ao
dizer isso…
Então, o feitiço se concretiza.
É muito
interessante como Thereza e Jerry supostamente se conheceram naquele mesmo
resort, há 20 anos, quando ela derrubou um suco de mamão (ou goiaba) nele, e
como o desejo/feitiço de Alex faz com que tudo isso seja apagado – a ideia não
é 100% original, mas funciona brilhantemente com o desenvolvimento do filme,
que tem direito a vários momentos cômicos, a uma aventura no melhor estilo
Indiana Jones e, é claro, crescimento pessoal e momentos emocionantes para Alex
e Justin. Agora, Jerry e Thereza nunca se apaixonaram e se casaram, o que quer
dizer que Jerry continua sendo o
feiticeiro da família (é interessante ver um Jerry com poderes, totalmente
diferente do Jerry que conhecemos na série), mas esse não é o problema: o
problema é que, sem que eles tenham ficado juntos, Alex, Justin e Max vão deixar de existir.
E eles têm aproximadamente 48 horas para
consertar isso.
Assim, “Os Feiticeiros de Waverly Place: O Filme”
se torna uma corrida contra o tempo para que eles possam salvar as próprias
vidas, enquanto algumas memórias mais antigas começam a desaparecer, indicando
que “o tempo está os alcançando”, e é interessante como o filme se divide em
dois núcleos com narrativas bem diferentes – de um lado, vemos Max responsável
por “cuidar” de Jerry e Thereza e impedi-los de se apaixonar por outras
pessoas, e ele fica fazendo mais ou menos o trabalho de Marty McFly em 1955,
tentando fazer os pais se apaixonarem; de outro, vemos Justin e Alex saírem
juntos em uma jornada perigosa, mas necessária, tendo em vista que eles não têm
mais poderes mágicos e talvez apenas a “Pedra dos Sonhos”, que realiza um
desejo por feiticeiro, possa reverter o feitiço de Alex e fazer com que “as
coisas voltem ao normal”.
Adoro
acompanhar Alex e Justin, e sinto poderia continuar os acompanhando por horas
durante toda a aventura… Alex e Justin começam o filme se provocando, como
sempre fazem, mas até o fim eles são constantemente lembrados do quanto se
amam, do quanto se admiram mutuamente e do quanto precisam um do outro – também como sempre acontece na série, e como
vimos acontecer várias vezes durante
a segunda temporada. Então, temos momentos divertidos e típicos de irmãos, como
a Alex deixando o Justin afundar cada vez mais na areia movediça antes de
ajudá-lo, apenas sob a promessa de que ela
poderia liderar a “expedição” dali em diante, e outros momentos como a
intensa travessia do penhasco sobre pedras flutuantes, nas quais eles têm,
talvez, uma das conversas mais
importantes que já tiveram em “Os
Feiticeiros de Waverly Place”.
Ali, o
personagem de Justin ganha uma profundidade interessante, porque ele fala
abertamente sobre como se sente em relação a Alex e em como ela usa a magia:
não é apenas o Justin sabichão que acha que “é melhor do que todo mundo”, é o
Justin que expressa alguma insegurança porque ele estuda o tempo todo para “ser o melhor”, enquanto Alex simplesmente
“aparece e faz as coisas naturalmente”: como está fazendo ali encontrando uma
maneira de eles poderem atravessar o penhasco. Eu gosto de ver os personagens
“vulneráveis”, de algum modo, porque isso os torna mais humanos e, para mim,
aquilo torna a relação de Justin e Alex ainda
mais bonita. Também gosto de ver como, quando Justin demonstra insegurança
falando que “os pais o amam por ele ser tão ‘perfeito’”, Alex não o deixa
pensar assim e diz que eles o amariam de
todo modo.
Toda a busca
pela Pedra dos Sonhos é, na verdade, uma oportunidade de crescimento lindíssima
para Alex e Justin, que, além da travessia do penhasco, também compartilham
momentos como a conversa em volta da fogueira e o momento dentro da caverna no qual eles precisam alcançar a Pedra
finalmente, e aqui Justin arrisca a própria vida, enquanto Alex se preocupa por
ele e, no fim, a Alex precisa arriscar a vida dela, e Justin está ali para
segurar a sua mão antes que ela caia – um sempre ali para cuidar do outro.
Pegar a Pedra dos Sonhos, no entanto, não resolve, ainda, o problema da Família
Russo, porque a Pedra acaba sendo roubada por uma arara traiçoeira que era, na
verdade, uma feiticeira que foi transformada em arara há muito tempo, e que os
acompanhara durante todo esse tempo… agora,
eles precisam encontrar uma nova maneira de salvar a família.
E rápido.
Então, o
filme ainda consegue nos entregar um momento totalmente diferente do que vimos
até ali, que é A COMPETIÇÃO PELOS PODERES DA FAMÍLIA. Max, o mais novo dos
irmãos, é o primeiro a ser “levado” pelo tempo, então apenas Justin e Alex
competem pelos poderes de feiticeiro da Família Russo: apenas um deles pode desfazer o feitiço lançado por Alex, e apenas se
for um “feiticeiro completo”. Assim, Justin e Alex se enfrentam naquela icônica arena, com os uniformes roxos, usando
feitiços baseados nos quatro elementos, e é toda uma sequência muito bacana que
é apenas uma possibilidade de como
poderia ser a competição pelos poderes. Acho interessante porque sempre nos
pareceu muito óbvio que Justin
ganharia a competição por ser o mais inteligente e talentoso da família, mas
também sempre acreditamos que seria Alex quem ganharia, por ser a protagonista…
Nessa competição, entendemos perfeitamente
como isso aconteceria.
Alex acaba
ganhando a competição, se tornando uma FEITICEIRA COMPLETA, e eu fiquei triste
por Justin, de verdade – acho que eu ficaria triste por qualquer um deles,
gostaria que os três pudessem manter seus poderes para sempre. Quando Alex
vence, no entanto, ela não sabe o que fazer, que feitiço usar, porque ela
sempre recorre ao Justin quando precisa de algo, e talvez ele não possa ajudar…
porque ele já está se esquecendo de quem
é. Aqui, no momento mais emocionante do filme, Alex pede que Justin se lembre
dela, diz que ela é sua irmã mais nova, que o inferniza, mas que ele ama de
qualquer maneira, e fala que ele é a pessoa que ela sempre quis ser, que “tem
ciúmes dele” porque ele é inteligente, gentil e legal, e Selena Gomez ARRASOU
nessa cena, e fez com que Justin acreditasse
nela, mesmo que não se lembrasse mais dela.
Mas antes
que ele possa ajudá-la, ele também é levado, como o Max. E Alex está sozinha e
desesperada e quase parece que ela não
vai conseguir. Gosto de como, no fim, é a Thereza quem salva a família,
vendo a Pedra dos Sonhos no pescoço da feiticeira que era a arara e a levando
para os feiticeiros – ali, Alex tem a oportunidade de fazer um pedido, e Jerry
diz que, se ela pensar bem, ela ainda pode manter seus poderes completos, mas
não é isso o que Alex quer: ela só quer
que as coisas voltem a ser exatamente como elas eram antes. E é o que ela
pede, e o seu feitiço é revertido. O retorno à normalidade é uma sequência
linda, com destaque à Alex abraçando a mãe e falando que a ama e, é claro, aos
abraços trocados entre os irmãos, que são os únicos que se lembram de tudo o
que aconteceu. É um filme MARAVILHOSO, como “Os
Feiticeiros de Waverly Place” merecia.
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