[Season Finale] Doctor Who 13x06 – Flux, Final Chapter: The Vanquishers
“Your time
is heading to its end”
Chegamos ao
fim de “Flux”, a trama que conduziu a
13ª temporada de “Doctor Who”, e
embora tenha sido a melhor história contada por Chris Chibnall, ainda não foi o
que esperávamos de “Doctor Who”.
Tivemos ótimos momentos durante essa temporada, como o excelente episódio com
os Weeping Angels, mas é difícil não ficar com a sensação, ao fim de “The Vanquishers”, de que o final foi
meio anticlimático – pelo menos eu estava
esperando algo mais grandioso e épico… a história, no entanto, ainda não
chegou ao fim totalmente. Quer dizer, nos livramos dos vilões principais da
temporada e o Flux passa, mas ainda não vemos a Doctor recuperar todas suas
memórias (deve ser o tema de algum especial de 2022, ainda antes de Jodie
Whittaker deixar o papel), e não chegamos a nenhuma revelação surpreendente
sobre o filho de Bel e Vinder.
Talvez
essa parte tenha sido apenas especulação nossa, e esperamos demais.
O episódio
começa acelerado, com Kate Stewart se encontrando com Yaz, Dan e Jericho em
1904, além de Joseph Williamson, que criou os túneis sob Liverpool, conectando
diferentes pontos do universo – e agora chegou a hora de a Doctor voltar a ser
parte dessa narrativa ao lado de seus companions
e amigos. A Doctor, no entanto, acaba sendo “dividida” em três partes, e
co-existe em todos eles, de maneira instável, sem saber por quanto tempo poderá
continuar fazendo isso: uma delas está na nave Lupari com Karvanista e Bel;
outra está em 1904, com os companions;
e a última versão da Doctor continua fora
desse universo, acompanhada de um Ood, e sendo ameaçada por Swarm e Azura.
A divisão da Doctor rende algumas cenas divertidas (a Doctor flertando com ela
mesma, por exemplo!), mas acaba não sendo um evento assim tão grande.
A sequência
com Swarm e Azura é importante por causa das memórias da Doctor, que ainda não
chegamos a ver – inocentemente, achei que o episódio traria mais luz sobre essa
parte da trama, mas Chibnall deve querer dedicar um dos especiais do próximo
ano à história da Timeless Child. Azura e Swarm provocam Doctor com a
possibilidade de ver tudo e com o maior medo dela, que não se refere a ela
mesma, mas ao medo de ver tudo ao seu redor se destruir – e é exatamente o que
eles planejam fazer. Agora, no comando da Division, eles pretendem dar
sequência à onda final do Flux, que se aproxima, para que destrua todo o
universo… no fim, eles vão parar a destruição, fazê-la retroceder e deixar
acontecer de novo e de novo e de novo, e vão assistir enquanto o universo
sucumbe a um doloroso e eterno loop destrutivo. A não ser que a Doctor os impeça.
Enquanto
isso, a Doctor tem uma interação bacana com o Karvanista que veio salvar Dan no
início dessa temporada, e descobrimos um pouco sobre eles e como ele já foi um companion da Doctor, mas
ele não pode falar sobre isso – e, de qualquer maneira, as coisas são rápidas e
a Doctor não tem tanto tempo para conversas. Ela acaba presa por Sontarans e
pelo Grand Serpent, e só consegue se salvar porque não está inteiramente ali, já que está dividida em três, e é
literalmente resgatada por si mesma, na melhor sequência de interação entre
duas Doctors interpretadas por Jodie Whittaker – “I’ve got such a crush on her”. O episódio parece acelerado e
querendo mostrar uma série de coisas ao mesmo tempo, como o Jericho e a Claire
com os Sontarans ou Di e Vinder presos por um Passenger, e a sensação final é
de que tudo é bastante superficial…
Como se a trama fosse grandiosa e pudesse
chegar a algo imenso, mas nunca chega… fica aquém do prometido. De qualquer
maneira, eu gostei de ver a Doctor resgatando Vinder e Di daquela série de
cenários dos quais eles tentam escapar, e os reencontros que acontecem dentro
da TARDIS. O reencontro de Di e Dan é menos emocionante do que esperávamos,
porque ela o acusa de “ter se atrasado”, embora não tenha sido culpa dele, mas
o reencontro de Vinder e Bel é lindo… já começo a me emocionar com a felicidade
de Bel ao ouvir a Doctor conversando com Vinder e percebendo que ele está vivo,
e o abraço deles é fofo quando Vinder embarca na TARDIS. No entanto, os
personagens tampouco tiveram o momento grandioso esperado: “Flux” nos provocou e nos fez acreditar em uma série de coisas a
respeito deles e, no fim, eles parecem bastante coadjuvantes.
Espero que os personagens retornem… afinal
de contas, eles podem ser os pais da Doctor, não?
O episódio
se encerra ainda com o Flux acontecendo e pouca coisa sendo, de fato, alterada
– não sei se os especiais do ano que vem (o primeiro deles a ser lançado no dia
01 de janeiro de 2022) se dedicarão ainda ao Flux ou às consequências desse
evento, mas espero que sim, para que não fique simplesmente algo esquecido… é
meio assustador como grande parte do universo parece ser destruído… os Sontarans
oferecem uma “trégua” aos Daleks e aos Cybermen, mas, no fim, descobrimos que
era apenas um plano para destruí-los, e assistimos ao Jericho morrendo sem que
a Doctor possa fazer nada para salvá-lo, e nos perguntamos quanto do Flux é de
fato detido antes que o plano da
Doctor de combater antimatéria com matéria funcione. Afinal de contas, se o número de mortes foi muito alto, a Doctor
deveria estar muito brava, furiosa… não? É o que ela sempre faz! Se revolta com
a destruição!
De todo
modo, muito aqui parece ser sobre a
Doctor. Quando o Tempo incorporado (?) destrói Swarm e Azura os acusando de
terem falhado, a Doctor tem uma conversa rápida com ele, na qual o Tempo lhe
diz que “o seu tempo está acabando” – e então o Tempo a libera e a reunifica,
pelo menos por enquanto, o deixando ir embora levando consigo as memórias em um
relógio que a Doctor ainda não abriu… e que prefere não abrir, pelo menos por
enquanto. Ela pede que a TARDIS a esconda
em um lugar onde ela não possa encontrar… a não ser que peça muito. Para
mim, as melhores cenas do final desse episódio foram com o Dan, porque, como eu
já disse mais de uma vez, ele é o meu companion
favorito da era de Chris Chibnall, embora eu finalmente tenha desenvolvido um
carinho especial por Yaz. Foi muito bom ver a Yaz e a Doc buscando o Dan, e o
sorrisinho melancólico dele (triste porque Di está chateada com ele) ao entrar
na TARDIS, rumo não sabe aonde, mas a uma aventura…
Sério… eu não vou sentir falta do Chris
Chibnall, não vejo a hora de ele deixar “Doctor Who”…
Mas eu vou sentir falta do Dan. Adoraria
poder mantê-lo na TARDIS por mais tempo!
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