[Season Finale] Entrelazados 1x10 – Años Luz
Sharp Stage
QUE FINAL
BONITO! Chegamos ao fim da primeira temporada de “Entrelazados” (eu acreditava que ficaríamos com apenas uma
temporada, e eu acho que a história da Família Sharp foi bem fechadinha, com “Años Luz” sendo um encerramento
praticamente perfeito para a trama, mas daí o episódio vai lá e coloca um cliffhanger imenso, o que quer dizer que
pode haver planos de uma nova temporada), e a série se saiu muito bem – eu não
estava com paciência para mais uma produção da Disney de 60/80 capítulos por
temporada, e o fato de “Entrelazados”
ser lançada em formato série fez com que eu resolvesse dar uma chance: e fico
muito feliz por isso. Tenho minhas críticas, naturalmente, mas é uma história
competente e coesa que chega a um final satisfatório e emocionante nesse décimo
episódio recheado de vários momentos memoráveis.
O episódio
começa no passado, com uma prévia do que veremos dentro de alguns minutos, e
então retornamos para o fim da primeira apresentação de “Freaky Friday” em 1994. Ao fim da apresentação, os dramas
familiares estão a mil… o pai de Marco – eu não sei o nome dele, então é mais
forte do que eu chamá-lo de “Rey” – descobre que o filho estava ensaiando e se
apresentando enquanto mentia que estava na faculdade de economia, que era o que
o pai queria que ele fizesse, e então os dois brigam, com o Marco dizendo que
agora ele mesmo vai decidir o seu futuro e que vai sair de casa… isso explica
por que o Marco voltou ao teatro a tempo de estar presente no incêndio, mesmo
depois de Allegra ter feito de tudo para tirá-lo de lá. Em paralelo, em 2021,
acompanhamos Félix conversando com “Rey” sobre a suposta morte do filho.
Dentro do
teatro, as Sharp estão em pé de guerra… como sempre. Cocó acredita que o fato
de Caterina ter se apresentado em “Fraky
Friday” significa que ela quer fazer parte do musical e da turnê, e
continua não a apoiando e menosprezando o seu desejo de ser escritora – cabe a
Allegra, então, que estava tão convencida
de que tinha conseguido mudar o passado, fazer alguma coisa: e ela tenta
falar com Cocó. Surpreendentemente, Allegra tem algum sucesso, porque Cocó
decide apoiar a filha e não obrigá-la a fazer o que ela não quer, mas quando
conversa sobre isso com Tomás, ele traz à tona o contrato que ela assinou
garantindo que Caterina seria a protagonista ao seu lado… então, as coisas saem
de controle, Cocó resolve falar com outro amigo com quem já tinha feito um
negócio, e alguém coloca fogo no teatro, destruindo-o.
Por muitos
anos, Caterina acreditou que aquilo tinha sido um plano da Cocó, e realmente,
mesmo para nós, parece que foi algo para acabar com Tomás – no fim, foi o
próprio Tomás, desesperado com o prejuízo, tentando conseguir o dinheiro do
seguro e cancelar a turnê. Durante o incêndio, Allegra entra correndo no teatro
para tentar salvar Marco, que está dormindo no porão, de fone de ouvido, e nem
sabe do que está acontecendo, e então os dois estão juntos no palco quando o
bracelete dá sinal de vida, prestes a salvar a vida de Allegra. Ela abraça
Marco e ele começa a flutuar com ela, mas ela sabe que não pode tentar levá-lo
para o futuro, lembrando-se do que Lucía dissera: ninguém que não tem o bracelete pode viajar no tempo. Então,
Allegra o solta quando percebe que ele vai morrer na tentativa, e então salta
sozinha ao futuro.
É uma cena
melancólica. Continuo não gostando do casal ou torcendo por ele, mas foi
melancólico.
O retorno de
Allegra a 2021, depois de sua última viagem, traz alguns entendimentos para a
garota, finalmente. Gosto de como a conversa com Félix a ajuda a entender a
ideia de “passado imutável”, a minha teoria favorita de viagem no tempo (falo
um pouco sobre isso em um texto antigo do blog, lá de 2013, então talvez não
seja tão bom assim, mas é o mais recente que tenho sobre o tema e deixarei o
link aqui de qualquer maneira), porque Allegra se dá conta de
que a sua viagem no tempo não altera a
história, e que tudo acontece como sempre aconteceu: Allegra sempre esteve
presente em 1994 nessa linha temporal, ela ajudou os eventos a serem como
foram. O que o bracelete queria, ao levá-la a 1994, era que ela mudasse – não a história, mas a si
mesma. E quando ela finalmente percebe que a mudança é nela, o bracelete se
abre e a liberta.
Agora,
entendendo o que aconteceu no passado, Allegra pode tentar consertar o presente
– os anos passados continuam todos do mesmo jeito… a diferença é agora, e ela
já começou a fazê-la, aos poucos. Ela já falou com Cocó sobre a mãe e já
entregou o livro de Caterina para que ela o lesse, por exemplo. Caterina, por
sua vez, também teve a oportunidade de pensar em algumas coisas e a visita de
Diego, entre o episódio passado e esse, a levou a mais reflexões. Assim, quando
Allegra retorna à Eleven O’Clock para a sua audição (de quebra ajudando a
relação de Sofía com a mãe, Greta), ela arrasa, colocando toda a emoção do que
viveu em sua dança ao som de uma música de Marco (presente de “Rey” a Félix), e
é muito bom ver não apenas a Cocó na plateia, assistindo, mas também a
Caterina, que se emociona e que se levanta para aplaudi-la, orgulhosa.
No fim… as coisas mudaram. Mas não em 1994.
Em 2021. A mudança é agora!
Achei
bastante emocionante a conclusão da história das Sharp. Allegra traz mais
algumas coisas à tona, como as gravações que encontraram das câmeras de
segurança do teatro em 1994 (conveniente? Sim, mas vamos seguir…), em que Cocó
discute com Tomás porque diz que “vai apoiar a sua filha e não vai obrigá-la a
fazer algo que ela não queira”, e então Cocó e Caterina podem, com mais de 20
anos de atraso, finalmente pedir desculpas uma à outra e arrumar a relação
delas… e Allegra nos surpreende dizendo que, apesar de ter sido aprovada na
audição, não quer ser parte da Eleven O’Clock – nas palavras dela, Cocó sempre
se dedicou ao teatro, deixando sua família em segundo plano, e Caterina sempre
a colocou em primeiro lugar, e agora ela quer continuar no teatro, mas sem se
afastar da família… é por isso que ela tem uma proposta.
Assim, as
três Sharp se reúnem para revitalizar e reabrir o teatro destruído desde 1994,
e a peça que abre é “Años Luz”, uma
adaptação musical do livro que Caterina escreveu em 1994, que vai ser
protagonizada por Cocó e Allegra Sharp – uma produção inteiramente delas. Como
comentei no início do texto, “Entrelazados”
entregou um final praticamente perfeito, encerrando com maestria a história da
Família Sharp, amarrando todas as pontas e tendo uma bela mensagem, e eu acho
que poderíamos ter terminado a série com a apresentação de “Años Luz” emocionando a plateia e recebendo aqueles abraços
calorosos, mas “Entrelazados” quer
deixar uma promessa de segunda temporada com um retorno “inesperado”: Marco
Resco está no futuro… ele entra pela porta do teatro, chamando atenção, com o
bracelete (com algumas voltas faltando) no braço.
Como ele o conseguiu?
Quero ver como a segunda temporada vai
explicar isso…
Eu esperava
o retorno de Marco Resco, mas não dessa maneira. Eu realmente achei que “Entrelazados” teria uma história mais
fechada e que, se fosse para continuar no tema, teríamos a história de Lucía em
detalhes. Por isso, achei que descobriríamos que Marco, por fim, sobreviveu ao
incêndio e estava vivo em 2021, e que ele apareceria na plateia de “Años Luz” no final, tendo indo ver a
Cocó ou, quem sabe, reconhecendo Allegra e tendo ido ver especialmente a ela,
ou ainda que ele seria um dos jurados da faculdade que deu uma bolsa a Félix,
porque Félix foi elogiado “pelos efeitos especiais”, que eram, na verdade, a
Allegra flutuando antes de viajar no tempo, algo que o Marco vira acontecer
quando ela desapareceu durante o incêndio… seria um final bonito e fechado, mas
“Entrelazados” optou pela dúvida.
Vamos teorizar e torcer para que, caso role uma segunda temporada, a história
não seja forçada, mas bem amarrada como essa.
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